quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Merchandising no canal farma

Eu hoje gostaria de falar sobre “Merchandising no canal farma”, o novo livro da Regina Blessa, mesma autora do excelente livro “Merchandising no Ponto-de-venda”, que na minha humilde opinião, se trata de uma verdadeira bíblia para todos que se interessam pelo assunto.

É um livro excelente, abordando todos os problemas encontrados dentro do canal farma, que abrange todos os tipos de farmácias e drogarias, apontando soluções e diretrizes para este mercado.

Eu confesso que não havia notado o quanto ainda é possível se avançar neste mercado em termos de merchandising. Acredito que o livro em questão auxiliará, e em muito o desenvolvimento correto deste varejo, de acordo com as necessidades dos consumidores, apontado pelo livro.

Recentemente, tive a oportunidade de conversar com um profissional da Apotheka, uma empresa especializada no desenvolvimento de varejos do canal farma, e pude constatar uma coincidência extraordinária com o varejo no qual sou especializado, o varejo de construção.

Quando falamos nesses dois varejos, falamos em muitos casos de pequenos varejos que se desenvolvem através de administração familiar de pai para filho, onde é muito difícil de se implantar novos conceitos e inovações tecnológicas.

Em um artigo passado, falei um pouco sobre isso, sobre o conflito administrativo entre novas e velhas gerações dentro das empresas familiares.

Especialmente no caso do canal farma, o maior dilema está em que não se faz necessário, para o cliente de hoje, a exposição de produtos vendidos sob receita. O espaço poderia ser bem melhor aproveitado para outros produtos, como os produtos de beleza (uma vertente atual), ao invés de perdermos paredes, ou espaço de merchandising, para gôndolas com medicamentos.

Se a pessoa vai com a receita até o balcão, não é auto-serviço, então, não é necessário estar exposto.

Auto-serviço é somente para a medicação do tipo OTC, ou que são vendidas sem necessidade de receitas, como alguns analgésicos por exemplo.

A venda de OTC é um mercado tão rentável, que os supermercadistas nacionais há pouco tempo tentaram implantar dentro do próprio espaço de venda, à exemplo do que é feito lá fora, a venda deste tipo de produto. Como não foi possível, devido à algumas barreiras criadas pelo ministério da saúde, nossos varejistas seguiram pelo caminho de abrirem farmácias e drogarias com bandeiras dos supermercados, assim como fizeram com os postos de combustíveis.

Um mercado interessante de ser estudado e vale muito a pena a leitura, sem dúvida

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com