terça-feira, 1 de novembro de 2011

Varejo prevê que supermercados terão maior crescimento em 2012

Os supermercados serão o setor do varejo que terá maior crescimento em 2012, de acordo com previsão de 312 empresários e executivos ouvidos pela Boa Vista Serviços. O levantamento foi feito entre os participantes do 12º Congresso da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), em que estão presentes representantes de mais de 400 dessas entidades paulistas.

O levantamento mostrou que 25,3% dos entrevistados consideram os supermercados como os mais fortes candidatos a ter crescimento em 2012, seguidos pelo segmento de combustíveis e lubrificantes, com 18,6%. Computando-se todos os setores da economia, o setor que mais deve crescer, segundo a pesquisa, é o de construção civil, com 25,4%.

O estudo revelou também que, apesar do recente aumento da inadimplência, a maioria dos representantes do setor (50,6%) estimam que os atrasos no pagamento de compromissos terão crescimento moderado no ano que vem.

Em relação ao Cadastro Positivo, 45,5% disseram que a inovação, aprovada no final do primeiro semestre, vai trazer crescimento moderado ao varejo, enquanto 20,8% acham que o novo cadastro trará crescimento acentuado para o setor.

Apesar das previsões pouco otimistas do governo e do economista em relação ao PIB, 62,5% acreditam que a economia brasileira terá crescimento moderado em 2012 e 17,6¨% preveem que o crescimento será acentuado. Nem as incertezas do cenário externo preocupam o setor varejista -- a pesquisa mostrou que 62,5% deles estimam que o ano que vem será de crescimento moderado do PIB e que 17,6% aguardam um crescimento acentuado.

A taxa básica de juros Selic, deverá ficar entre 10,5% e 11,5% ao ano, na previsão de 26,5% dos entrevistados. Outro contingente expressivo (21,8%) acredita, no entanto, que a taxa ficará acima do nível atual (11,5% ao ano) em 2012. No câmbio, a expectativa é de queda moderada (alternativa escolhida por 35,9%).

Nem a inflação tira o sono dos pesquisados. O levantamento mostrou que 38,1% acreditam em crescimento moderado dos preços no ano que vem e que 31,4% acham que os índices ficarão no mesmo nível deste ano.

Apesar desse otimismo, prevalece entre os entrevistados (39,7% do total) a opinião de que a inflação será a variável econômica de maior impacto na economia em 2012. Em seguida aparece a taxa de juros, com 33%.

Também o crescimento do crédito revela uma perspectiva positiva para o comércio varejista. Os entrevistados disseram em sua maioria que a oferta de empréstimos vai crescer em 2012 (48,7% preveem aumento moderado e 26,3% estimam que o ritmo será acelerado).