quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cheques sem fundos crescem 8,33% em 2011

Pesquisa da TeleCheque aponta aumento de 6,06% da inadimplência com relação a 2010


A inadimplência dos brasileiros cresceu 6,06% em 2011, em relação ao ano anterior, de acordo com a última pesquisa realizada pela TeleCheque, empresa especializada em análise de crédito para pagamentos com cheques. Em 2010, a mesma pesquisa havia registrado 2,64% de inadimplência e, em 2011, esse percentual subiu para 2,8%. Em cheques honrados, o estudo da TeleCheque revelou que 97,20% dos cheques foram pagos em 2011 – no ano anterior, 97,36% foram honrados.

No comparativo mensal, a inadimplência aumentou de 2,36%, em dezembro de 2010, para 2,67%, em dezembro passado. Já no índice de cheques honrados, o estudo revelou que 97,33% dos cheques foram pagos no mês – uma queda em relação aos 97,64% de dezembro de 2010.

De acordo com José Antônio Praxedes, presidente da TeleCheque, o aumento da inadimplência mostra o novo perfil de consumo no País. “Tivemos aumento nos prazos dos financiamentos e nos valores nos tipos de financiamento. Tudo isso implica no crescimento do prazo médio e dos valores de compras, o que aumenta a exposição ao risco de inadimplência”.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), prevê que para 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) seja de 3,4% contra 3,6% de 2011. “Apesar das previsões estarem indicando uma desaceleração do mercado brasileiro, nossas perspectivas para 2012 são positivas. A perspectiva de crescimento de massa salarial da população estará contribuindo para o crescimento do consumo”, explica Praxedes, que completa: “Porém, para esse cenário se manter positivo, os consumidores precisam se conscientizar de que é preciso planejar os gastos extras afim de manter suas contas em dia”.

No ranking por estado, a liderança da inadimplência em 2011 ficou com o Amazonas, com 4,45%. Em segundo lugar vem o estado da Paraíba, com 4,28%, seguido por Rio Grande do Norte (4,17%) e Pará (4,11%). Já os segmentos com maior índice de inadimplência foram os de Eletrônicos (4,64%) e Magazines e Lojas de Departamentos (4,04%).

Vale ressaltar que os critérios de pesquisa da TeleCheque levam em conta os valores em reais das transações com cheques - e não a quantidade de folhas de cheques emitidas -, metodologia considerada mais adequada à realidade e às necessidades do varejo.