segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Lojas investem nas vitrines de fim de ano

Dados apontam que as vendas de um estabelecimento crescem até 40% influenciadas por uma boa decoração


Os meses de novembro e dezembro é o período em que as empresas mais se preocupam com as vendas, já que o Natal é considerado a época mais comercial do ano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC) o crescimento para o setor em 2013 é de 3,8%, de acordo com o economista da instituição Fábio Bentes. Ele ainda considera as datas comemorativas como um bom termômetro das vendas do setor. Os lojistas mostram grande preocupação com a atratividade de seus estabelecimentos. “Em função da decoração de Natal, o investimento acaba sendo maior e as clientes já esperam esse clima festivo refletido nas vitrines das nossas lojas”, afirma Beatriz Lopes, proprietária da marca de moda feminina Santa Rainha.



O mercado de varejo nacional tem passado por diversas mudanças e adaptações. As marcas de moda feminina, masculina e infantil brasileiras competem com a chegada de grandes nomes do setor. Topshop, Lavin, Gucci, Vans, GAP foram algumas marcas que chegaram ao país, além da Forever 21 e da Desigual, ainda por vir.

Desta forma, uma das maneiras que as marcas encontraram de se destacar entre tantos foi investir nas vitrines. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae-SP, a percepção visual é o alicerce de qualquer esforço para atrair clientes. Assim, todo negócio que busca se diferenciar da concorrência deve cuidar para que esse primeiro impacto seja eficaz. Além disso, os dados ainda apontam que um estabelecimento pode ampliar as vendas de 12% até 40%.

Segundo Caique Foltran, especialista em Visual Merchandising e responsável pela organização das vitrines de marcas como Lacoste afirma que a vitrine deve conter as melhores peças da loja, em cores que atraiam o público. “A vitrine desperta o desejo do consumidor, pois se as melhores peças não estão na vitrine, o cliente não saberá que aquelas peças existem na loja”, explica.

Caique ainda ressalta que para o fim de ano, além do padrão de decorações festivas, os lojistas também podem escolher um tema que remeta à data. “Não é necessário um investimento muito alto, basta usar a criatividade”. Ele ainda ressalta a importância da escolha do manequim na hora de montar a vitrine. “Quanto maior a variedade de manequins, em diferentes posições, diferentes cenas podem ser criadas”, conclui.

A Expor Manequins, empresa líder no mercado latino americano do segmento, investe cada vez mais em modelos diferenciados. Ela produz, por ano, cerca de 60 a 70 mil corpos, bustos, braços e pernas em diferentes medidas, tamanhos e posições. Desse total, 30% são exportados para clientes da América Latina e dos EUA, como Aeropostale e Tommy Hilfiger. A Expor possui 10 mil clientes que compram produtos das 1.200 linhas já criadas, sendo 70% femininas, 20% masculinas e 10% infantil.

"A procura de manequins para o fim de ano surge da necessidade do varejista em ter sua loja atraente e competitiva frente aos cuidados que os outros também terão em recepcionar este cliente, tão ávido por consumir nesta época", afirma Marcos Andrade, diretor da empresa.

Ele ainda ressalta que normalmente as vendas no segundo semestre variam de 60 a 70% do volume do ano. “Se o mercado varejista está vendendo manequins, quer dizer que as lojas estão investindo, seja em novas unidades ou na melhoria das existentes”, conclui.