A expansão se dará principalmente com a abertura de quiosques. As vendas da marca somam R$ 50 milhões no Brasil e, com o sistema de franquias, o objetivo é atingir R$ 200 milhões em 2018.
A Havanna tem lojas em São Paulo, Campinas (SP), São José dos Campos (SP) e Curitiba. Segundo a diretora da marca no país, Conceição Cunha, as primeiras franquias serão abertas no Rio e no interior de São Paulo, em cidades como Santos, Ribeirão Preto e Sorocaba. Até o fim de 2015, o plano também é abrir pontos em Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. Só depois a marca pretende ir ao Nordeste.
Os produtos tradicionais da Havanna, como alfajores e potes de doces de leite, são importados e distribuídos a partir do armazém de uma empresa terceirizada, em São Paulo. Itens sazonais, como ovos de páscoa e panetones, são desenvolvidos no país e fabricados por parceiros locais. Mas o doce de leite que recheia os doces é sempre o argentino. "Queremos ter a personalidade da Argentina, mas com a cara do Brasil", diz Conceição.
O capital para abrir uma franquia varia de R$ 90 mil a R$ 270 mil. O formato de menor investimento é um quiosque para venda de produtos Havanna. Há também um quiosque com café, modelo criado no Brasil. A franquia mais cara é uma cafeteria completa, que além dos itens da marca, vende café, sanduíches e tortas servidos na mesa.
A Havanna foi criada há 66 anos, em Mar del Plata, na costa argentina. No mercado doméstico, aproximadamente metade das 200 lojas da marca é operada por franqueados. A marca iniciou sua expansão internacional em 2005 e abriu lojas no Chile, Paraguai, Venezuela, Costa Rica, Colômbia, Bolívia, Peru, México e Espanha, além do Brasil. Seus produtos também são vendidos no varejo na Alemanha, França, Itália, Países Nórdicos, Inglaterra e Estados Unidos.
Conceição espera atingir a marca de mais de 1 milhão de alfajores vendidos no Brasil em 2015. Na Argentina, são comercializados mais de 100 milhões de unidades ao ano, nas lojas e em outros pontos de distribuição.
Para o Natal, a expectativa é de um aumento de 27% nas vendas de panetone em relação ao ano passado. No último ano, a Bright Star encomendou 15% a mais do produto em relação ao ano anterior, e o produto acabou antes do Natal, segundo Conceição.
As lojas da Havanna no país são todas em shoppings de classe alta e classe média alta, mas a marca também pretende ter alguns pontos na rua. A marca chegou a operar em shoppings mais populares, mas acabou fechando as portas, segundo Conceição. "As pessoas tem que conhecer e dar valor à marca para comprar. Não é barato, um alfajor custa R$ 7", disse.
Fonte: Valor