sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Empresários da capital mineira se unem contra as medidas econômicas do governo federal

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), representante do comércio varejista da capital mineira, atenta às medidas de ajuste fiscal anunciadas pela equipe econômica do governo federal se reuniu ontem em Brasília com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) onde foram discutidas as providências que serão tomadas pelo empresariado nacional.

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aliviam as contas do governo, mas afetam diretamente o setor produtivo, sobrecarregando e onerando empresas e consumidores, ao passo que os esforços deveriam ser concentrados na redução dos custos e no aumento da eficiência da máquina pública. “O governo está tomando as medidas certas, mas transferindo a conta para os empresários, consumidores e cidadãos”, disse. “Como manteve o cofre escancarado durante muito tempo, a nova equipe econômica quer botar as finanças em ordem à custa dos brasileiros. O governo precisa dar o exemplo e fazer cortes públicos”, completou.

Diante da atual situação econômica que afeta todo o setor produtivo do país, a CNDL se reúne no próximo dia 29, quinta-feira, com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, onde serão debatidos os impactos das medidas no dia a dia do empresariado. Participam da audiência entidades de classe de diversos setores produtivos do Brasil.

Impacto – Dentre as medidas anunciadas, as que impactam diretamente nas contas das empresas são: alterações das regras para benefícios sociais e previdenciários, aumento do IOF para operações de crédito, fim das desonerações do IPI, aumento dos juros do BNDES para o setor produtivo, aumento da taxa de importação, aumento dos tributos federais sobre os combustíveis, veto da presidente da República ao reajuste da tabela do imposto de renda em 6,5%.

“Todas essas medidas têm impacto direto na vida das empresas, do empresário e dos consumidores”, afirmou Falci. “Convivemos durante todo o ano de 2014 com inflação em alta e juros em patamares elevados. E a consequência foi um ano ruim para o setor varejista”, acrescentou.