segunda-feira, 8 de junho de 2015

Aumenta a procura por franquias que não trabalham nos finais de semana

Nos segmentos de locação de máquinas de bebidas quentes (vending machines) e ensino de inglês para crianças dos dois aos 12 anos, a Amiste Café e o The Kids Club são opções interessantes para quem quer ter os finais de semana livres

Em busca de mais qualidade de vida, momentos de lazer e descanso e contato com as famílias, empreendedores estão buscando conhecer marcas cujo negócio não precise de dedicação nos finais de semana. “Esse não é o nosso maior atrativo, mas muitas pessoas nos procuram justamente por isso”, diz Sylvia de Moraes Barros, franqueadora da marca inglesa The Kids Club no Brasil. Ela sentiu, nos últimos dois anos, um aumento significativo do interesse de novos investidores neste benefício da marca. “As pessoas estão valorizando mais os momentos em família e ficam contentes quando mostramos a elas que o negócio fatura normalmente se m que se trabalhe nos finais de semana”, comenta.

Outro empresário que percebe o crescimento do interesse do investidor em negócios para os quais não se trabalha nos finais de semana é Eduardo Vicente, da Amiste Café. “Nossa marca é B2B, então, necessariamente, os negócios são realizados em dias úteis. E uma das perguntas que mais nos fazem é justamente se abrimos nos finais de semana”, diz ele.

Não são muitas marcas que oferecem tal benefício. Qualquer negócio instalado em shoppings, ou mesmo varejo de rua, faturam mais nos finais de semana e têm horários bastante estendidos. Mesmo as escolas de idiomas para adolescentes e adultos abrem aos sábados. Vestuário, calçados e acessórios, lanchonetes, cafeterias, agências de viagens, limpeza automotiva e muitos outros negócios dependem do franqueado nos finais de semana, então, antes de optar por eles, é preciso que os investidores avaliem se realmente desejam abrir mão desses dias em prol do negócio.

Conheça um pouco dessas marcas que não exigem dedicação nos finais de semana:

The Kids Club – A marca inglesa está no Brasil desde 1994 e contabiliza 110 franquias. As aulas são realizadas de segunda a sexta-feira, dentro do horário comercial, porque a empresa atende exclusivamente crianças dos dois aos 12 anos. “Sendo assim, à noite também não há atividades, nem nas nossas escolas físicas, nem nas escolas de ensino tradicional das quais so mos parceiros”, explica Sylvia.

Há duas opções de formatação para o franqueado: a micro franquia, na qual se investem apenas R$ 22,5 mil e não há necessidade de ponto comercial (o franqueado leciona em escolas tradicionais, terceirizando o ensino do idioma) ou cerca de R$ 67 mil, fora custos com o ponto, se quiser ter uma unidade física. “O baixo investimento é mais um dos nossos atrativos, muitos empreendedores querem ter uma franquia investindo pouco. E o que temos a oferecer &eacut e; um negócio com mais de 20 anos de mercado e uma metodologia de qualidade, lúdica e dinâmica, que faz com que a criança aprenda inglês de forma natural e espontânea, como se estivesse aprendendo sua primeira língua”, explica a franqueadora.

Sobre o perfil do franqueado, além de ter inglês fluente, é desejável ter afinidade com a área de educação, disposição para aprender, organização e muita vontade de trabalhar. “A receita tem dado certo: há 11 anos consecutivos recebemos o Selo de Excelência da ABF, um atestado de que praticamos o franchising respeitando a lei e a nossa rede”, finaliza Sylvia.

Amiste Café – São vários os diferencias da rede Amiste Café, começando pelo setor de atuação: trata-se da locação de máquinas automáticas de café e b ebidas quentes – chamadas vending machines – para o mercado corporativo. Nas quatro unidades próprias da rede e na primeira franquia, trabalha-se de segunda a sexta-feira, em horário comercial. “Nosso franqueado alugará as máquinas para diferentes estabelecimentos comerciais, como restaurantes, escritórios, salões de beleza, clínicas médicas e estéticas, postos de combustíveis etc., sendo uma das poucas redes de franquias voltadas para o segmento B2B associadas à ABF .”, diz Eduardo Vicente, diretor de expansão da rede.

Segundo a Associação Brasileira de Vendas Automáticas (ABVA), entende-se por ‘vending machines’ máquinas automáticas que disponibilizam produtos ou serviços, sem a presença de atendentes, mediante alguma forma de pagamento – fichas, moedas ou cédulas, normalmente. A Amiste Café atua num segmento conhecido por Office Coffee Services (OCS), uma categoria deste mercado que registrou um crescimento expressivo nos últimos 20 anos. Trata-se de um mercado com baixa concorrência e muito potencial. “Os Estados Unidos e o Japão são os maiores mercados de vending machines do mundo. No primeiro país, há uma máquina para cada 90 habitantes. No segundo, uma máquina para cada 48 pessoas. No Brasil, há uma máquina para cada 4.000 habitantes. Mais de 60% das vending machines são do segmento em que atuamos, o OCS. “O setor movimentou R$ 1 bilhão no ano passado, e a perspectiva para 2015 é que este faturamento seja 12% maior”, contextualiza Vicente.


Além do valor da locação, o franqueado também ganha com a venda de insumos – café, chocolate e outras bebidas – todos de marca própria. Com estas duas opções – locação das máquinas e venda dos insumos –, uma unidade Amiste Café chega a ter margem de lucro de 25%. É necessário construir uma carteira de clientes e prestar suporte técnico caso surja algum problema com as máquinas locadas ou mesmo se surgir a necessidade de regulagem. “A franqueadora treina o franqueado como captar clientes e na parte técnica, além de oferecer um suporte constante”, completa o franqueador. Sendo assim, o que acontece se uma máquina der problema no fin al de semana? “O franqueado apenas acionará o técnico, por telefone, e ele realiza o reparo”, diz Vicente. Segundo o franqueador, em quase 15 anos desde a abertura da primeira unidade própria, foram poucas máquinas que deram problemas justamente no final de semana. “Como fazemos manutenção preventiva e nossas máquinas são novas e de alta qualidade, dificilmente dão problema. E os insumos são entregues aos estabelecimentos durante a semana, evitando a necessidade de abertura da unidade nos finais de semana”.

Para iniciar as atividades, o franqueado da Amiste Café precisa ter um ponto comercial que o permita montar o escritório, a oficina e um show room para receber os clientes que querem ver as máquinas de perto. O investimento inicial é de R$ 120 mil, valor composto por taxa de franquia, capital de giro, adequação do ponto comercial e 15 máquinas para locação. “No entanto, à medida que aumenta o número de clientes, é necessário investir na compra de novas máquinas. É por isto que chamamos o investimento de modular, ou seja, a partir do investimento inicial, é preciso ter um montante disponível para ampliar o negócio por meio da aquisição de mais equipament os e contratação de funcionários”, adianta Vicente.


No ano passado, a rede atingiu um faturamento de R$ 3,4 milhões e a ideia é crescer 30% em 2015. “A expectativa da franqueadora é abrir, até o final do ano, três novas franquias. O foco da expansão está no Paraná, norte de Santa Catarina e as regiões Sudeste e Centro-Oeste”, diz o franqueador, que espera, em cinco anos, ter uma rede com 50 unidades.