sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sebrae-SP orienta pequenos negócios na 11º Beauty Fair

Número de Microempreendedores Individuais (MEIs) do setor de beleza cresceu 700% em cinco anos. Instituição cria estratégia para ajudar empresas a sobreviverem em um mercado altamente competitivo

O Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo) participa da Beauty Fair - Feira Internacional de Beleza e Cosméticos, um dos maiores evento do segmento, de 5 a 8 de setembro, no Expo Center Norte, com três estandes: Beleza de Negócio; Espaço subsidiado para PMEs (pequenas e médias empresas) e Compre do Pequeno Negócio. Segundo a organização, cerca de 150 mil pessoas devem passar por lá nos quatro dias de exposição.

Apesar da crise econômica, o número de pequenos negócios do mercado de beleza aumenta a cada dia. Apenas na categoria microempreendedor individual (MEI), que faturam até 60 mil por ano, o crescimento é de 700% em cinco anos. No estado de São Paulo, entre 2010 e 2015, o número de registros do MEI no segmento de cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza apresentou um incremento de 17.629 para 141.018, segundo dados do Sebrae.

Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP, explica que este é o momento de redobrar a atenção na gestão, a concorrência está cada vez mais acirrada, a inflação em alta e consumidores com menos poder de compra, mais retraídos. Todos esses elementos afetam o faturamento, mas certamente sobrevive quem investe em planejamento.

“Apesar do cenário, é possível ter sucesso com o empreendimento seguindo rigorosamente seis passos: redução de despesas sem comprometer a qualidade; rever relação com parceiros fornecedores a fim de ajustar contratos e valores; fortalecer união entre equipe para motiva-los e alcançar bons resultados; adotar ações criativas e inovadoras; gerenciar sistematicamente o capital de giro e, por fim, investir em comunicação. Sim, aquele velho ditado popular que afirma que quem não é visto não é lembrado se encaixa perfeitamente neste caso. Portanto, é importante que a marca esteja em evidência e para isso o investimento não é alto”, orienta Caetano.” Existem alternativas como a divulgação por meio das redes sociais, criação de grupos pelo whatsapp, parcerias com comércio local, entre outros”, acrescenta.

Estandes na Beauty Fair:

Beleza de Negócio

Neste acontecem palestras, oficinas e debates com fundadores de importantes redes, como Onodera, e representantes do Sindiestética (sindicato da categoria), durante os quatro dias, das 14h às 19h. Dentre as palestras ministradas pelos especialistas do Sebrae estão: mídias sociais, cenário do setor, MEI (microempreendedor individual), normalização de centros de estética (oficina de identificação de demandas para abertura de comissão de estudos para normalização dos procedimentos) e “Venda Mais” (orientações para os estabelecimentos aumentarem o ticket médio).

“Sebrae-SP inicia novo ciclo, desta vez com foco em clínicas de estética. Nos últimos três anos, investimos bastante energia para conhecer o segmento de salões de beleza. Um grupo de profissionais da área foi montado para identificar as principais dificuldades dos empreendedores. Feito isso, inúmeras ferramentas, como cartilhas, consultorias individuais, cursos de ensino à distância, palestras e workshops foram desenvolvidas e disponibilizadas, grande parte gratuitas, para sanar os pontos de carência. Agora, a intenção é fazer o mesmo pelo empreendedor de estética. Queremos reforçar o nosso olhar e dar a mesma atenção”, esclarece Maísa Blumenfeld, consultora do Sebrae-SP e gestora do programa Sebrae Beleza.

Subsídio Sebrae-SP

A área visa fomentar os pequenos negócios ali mesmo, na feira. A entidade subsidiou 50% do custo de estandes para 16 micro e pequenas indústrias e empresas. Os artigos vão desde produtos de higiene pessoal, cremes, loções e géis corporais e faciais que prometem resultado em poucas aplicações (incluindo linha profissional) até software que permitem o agendamento por smartphones e tablets.

A cada ano o Sebrae-SP intensifica ainda mais o apoio as micro e pequenas empresas. Ano passado, 11 companhias participaram e juntas movimentaram cerca de R$ 750 mil (negócios fechado até quatro meses após a feira). Nesta edição o espaço foi ampliado, 144m2, divididos em estantes de 9m2 cada, e a expectativa é superar em pelo menos 10% o montante da edição passada.

Compre do Pequeno

O espaço leva o mesmo nome do movimento lançado em agosto pelo Sebrae. A intenção é estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por micro e pequenas empresas. A ação pretende usar a força dos pequenos negócios – mais de 10 milhões de empresas no Brasil, que faturam no máximo R$ 3,6 milhões por ano – para fortalecer a economia, já que as micro e pequenas empresas são mais de 95% do total de empresas brasileiras, respondem por 27% do PIB no Brasil e por 52% do total de empregos com carteira assinada – mais de 17 milhões de vagas. A ação inclui um hotsite (www.compredopequeno.com.br) que enumera cinco razões para comprar dessas empresas:

  1. É perto da sua casa
  2. É responsável por 52% dos empregos formai
  3. O dinheiro fica no seu bairro
  4. O pequeno negócio desenvolve a comunidade
  5. Comprar do pequeno negócio é um ato transformador

No hotsite, os empreendedores também poderão cadastrar suas empresas para que o consumidor encontre os produtos e serviços que precisa perto de sua casa ou trabalho.

Expectativa

Em 2014 o assédio do público aos estandes do Sebrae foi alto. Especialistas da entidade auxiliaram empreendedores visitantes nas áreas de administração, marketing e jurídica. Ao todo foram mais de 13 mil atendimentos em diversas áreas. 64 caravanas, organizadas pelos escritórios regionais do Sebrae de diferentes cidades de São Paulo. A expectativa para essa edição é ainda maior: 15 mil atendimentos e 64 missões, caravanas.