quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Atividade econômica recua 0,4% em agosto e recessão se prolonga, diz Serasa Experian

Investimentos caem mais de 10,0% no ano até agosto

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), houve retração de 0,4% em agosto/15 na atividade produtiva do país, já descontados os efeitos sazonais, repetindo a mesma queda que já havia ocorrido em julho/15. Em relação ao mesmo mês do ano passado (agosto/14), houve recuo de 3,7% na atividade econômica. Com este resultado, a retração acumulada na economia brasileira de janeiro a agosto de 2015 atingiu 2,4% perante idêntico período de 2014.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retração da atividade econômica em agosto/15, seguida da de julho/14, praticamente elimina qualquer possibilidade do terceiro trimestre de 2015 fechar com uma variação do PIB que não seja negativa, prolongando a recessão brasileira por mais um trimestre. Deterioração dos níveis de confiança de consumidores e empresários, crédito escasso e caro, fragilidade fiscal, turbulências políticas e depreciação cambial são elementos que explicam o atual cenário de retração da atividade econômica.

Pelo lado da oferta agregada, o setor agropecuário registrou queda de 0,8% em sua atividade produtiva em agosto/15, porém ainda acumula alta de 2,4% no ano até agosto/15. Já a indústria aprofundou sua queda, retraindo-se 0,4% em agosto/15 e ampliando sua queda acumulada no ano para 5,2%. O setor de serviços também se retraiu 0,2% em agosto/15, acumulando baixa de 1,3% no ano até agosto/15.

Do ponto de vista da demanda agregada, com exceção do consumo do governo que se manteve estável em agosto/15, todos os demais componentes acusaram quedas: consumo das famílias (-0,9%); investimentos (-3,8%); exportações (-7,8%) e importações (-8,2%). No acumulado do ano até agosto/15, com exceção das exportações que, beneficiadas pelo câmbio mais depreciado, estão crescendo 3,4%, todos os demais componentes da demanda agregada estão em queda: consumo das famílias (-2,4%); consumo do governo (-1,3%); investimentos (-11,3%) e importações (-10,8%).