sábado, 17 de outubro de 2015

Seja alguém na empresa (e não alguém da empresa).


Vamos falar um pouco sobre sua carreira.

Em tempos de mercado desaquecido e aumento das taxas de desemprego, vejo uma série de bons profissionais à disposição no mercado, todo obviamente procurando novas oportunidades. Para muitos que estão hoje fora do mercado, o grande objetivo é sem dúvida encontrar uma nova empresa para vestir a camisa. Podemos até mesmo comparar esse momento com a antiga brincadeira de “dança das cadeiras”. Com o mesmo objetivo, todos estão procurando rapidamente uma nova cadeira para continuar “no jogo”.

No jogo do mercado de trabalho, também é possível observar uma grande quantidade de profissionais, boa parte com bons cargos em ótimas empresas, que assim quer perdem seus cargos, perderm completamente sua direção.

Quem de fato é você? Você é o super profissional da empresa X, ou você é o super profissional que está na empresa X?

Se num cenário de crise, não há nada mais normal ou fácil de se compreender do que a perda de um cargo, o que um profissional não pode perder é de fato sua função no mercado de trabalho.
Em grande parte das situações, principalmente naquelas em que se passaram anos dedicados à uma mesma empresa ou um mesmo cargo, alguns meses fora do mercado nos levam à questionamentos sobre nossa verdadeira função e capacidade, e se ainda há para que nosso trabalho possa ser exercido ou apresentado. Na minha opinião, sempre há oportunidade, dependendo apenas da forma como você encara sua carreira.

Como contornar essa situação?

Você pode utilizar vários nomes para designar a questão a seguir. Eu acredito que a solução ainda em sua capacidade de networking e de desenvolvimento de um verdadeiro plano de marketing pessoal. Eu gosto do termo branding pessoal. Pensar em você como uma marca no mercado, assim como você pensa em sua empresa, ou na empresa na qual você hoje trabalha.

Eu acredito que em tempos de crise esse texto poderá ajudar algumas pessoas a encontrar novas oportunidades ou quem sabe novas funções em suas carreiras. E branding pessoal ou marketing pessoal, é para todos, independentes de seu cargo ou função. A única distinção é quem hoje se repensa dessa forma ou não, deixando sua vida profissional ser guiada à maneira que as oportunidades aparecem.

Assim como as marcas fazem, temos que a todo momento buscar novas oportunidades de mercado, novos posicionamentos, novas maneiras de nos guiar até o sucesso.

Boa parte dos profissionais de mercado ainda passaram por aquele período de vida na qual de uma hora para outra tivemos que decidir o nosso futuro para o resto da vida: qual seria nossa carreira. E se pensarmos num passado nem tão distantes, até alguns poucos anos atrás, as oportunidades de uma carreira de sucesso se resumiam a escolher uma carreira que pudesse ser desenvolvida em uma multinacional ou no setor público, ou em um cenário um pouco mais desafiador, embora muito interessante, buscar alguma carreira de profissional liberal, principalmente em áreas como direito, engenharia ou medicina.

Não que as demais carreiras não fossem interessantes ou atraíssem poucos interessados, mas certamente os desafios para se conseguir maiores salários ou uma maior estabilidade eram ou pareciam maiores para quem “partia do zero” em busca do sucesso.

O que eu recomendo a todos meus amigos hoje é que pensem em suas carreiras como seu CPF fosse uma empresa. Você tem boas ideias e opiniões sobre seu mercado? Que tal buscar seu espaço nas redes sociais? Por que não montar um blog com suas ideias, nem que sejam apenas rascunhos em sua opinião, para compartilhar com outras pessoas?

Participe de eventos de seu mercado, leia sobre tudo e todos que nele hoje operam. Deixe de ser ouvido e passe a ser também boca: Crie opinião.

Sua carreira e seus feitos são espelhos de seus atributos como uma marca.

Se repense como um atleta ou como um apresentador de televisão. Jogadores como Neymar, Messi ou Cristiano Ronaldo são reconhecidos por serem bons jogadores, independente do time que joguem, e não há time que hoje não queira contar com qualque um desses em seu elenco. Da mesma maneira, grandes apresentadores como Faustão, Xuxa, Gugu entre outros são grandes cativadores de audiência, não importando a emissora que trabalhem.

Hora de pensar um pouco sobre você: O que falta para que você vire o Neymar de seu mercado? Seja menos você da empresa e mais você NA EMPRESA.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
Editor
@falandodevarejo