quarta-feira, 30 de março de 2016

Os caminhos para o grande varejo de moda manter a lucratividade

Num ano desafiador, empresários de todos os setores da economia questionam de que forma manter a lucratividade dos seus negócios. No caso do varejo de vestuário, que depende basicamente do poder de compra do consumidor, afetado pela queda do nível de confiança no País, manter margens requer estratégias bem diferenciadas.

Edmundo Lima, da ABVTEX
Para Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil, que reúne as principais empresas do varejo de vestuário do País, oferecer um mix de produto que atraia o consumidor é uma ação imprescindível. Além disso, uma boa política de construção de preços dos produtos em que o consumidor perceba claramente o valor agregado do produto ajuda a alavancar a lucratividade.

Outro ponto: “Colocar o produto certo, no lugar certo e no momento certo, capturando todas as oportunidades de vendas e evitando rupturas, principalmente nos produtos básicos, é um desafio que a grandes redes associadas da ABVTEX tem buscado constantemente”, afirma ele.

Outra solução é preparar adequadamente a exposição do produto no ponto de venda para surpreender o consumidor. “É o que chamamos de visual merchandising. Num momento de crise e baixa confiança do consumidor é preciso elevar sua autoestima e despertar o interesse para adquirir um produto novo. Uma vez despertado este interesse, cabe uma atenção especial ao provador, que deve ser de fácil acesso e confortável para a prova de roupas”, ressalta.

Na realidade, há que se evitar longa espera no provador e no caixa a fim de não desencorajar o consumidor a comprar o produto. Associado a isto, a oferta de crédito - num momento de aperto no orçamento doméstico - é fundamental para a decisão de compra do consumidor. “O alto grau de profissionalização do grande varejo têxtil leva a uma constante revisão de processos internos buscando simplificar a operação, com maior eficiência e produtividade”.

As empresas de varejo de vestuário associadas à ABVTEX vem fazendo a sua parte: foco na operação com gestão de estoques, oferta de crédito, promoções e desenvolvimento de coleções bem atraentes ao consumidor brasileiro, porém o Governo também deve focar na redução da informalidade, nos investimentos em infraestrutura e logística, redução da carga tributária, e políticas de apoio ao desenvolvimento da cadeia fornecedora nacional, com incentivo aos investimentos em inovação, crédito para capital de giro, capacitação e modernização do parque industrial, conclui Lima.

Sobre a ABVTEX

A ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil reúne 22 associados que são as principais redes varejistas nacionais e internacionais de vestuário, responsáveis por cerca de 40 marcas importantes do País, e que respondem por cerca de 22% da participação na venda do varejo de moda brasileiro.