sexta-feira, 17 de junho de 2016

70% vão ao shopping para compra em loja específica, aponta estudo da Abrasce e GFK

Levantamento bianual da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em parceria com a empresa de pesquisa Gfk, traz novos dados sobre o perfil do frequentador dos shoppings no Brasil. 


Entre os principais destaques, o recente levantamento apontou para uma maior presença de jovens nos empreendimentos, confirmou que a maioria das pessoas prefere ir aos shoppings acompanhada e que os homens têm uma frequência de visita maior do que as mulheres. O estudo, que tem como objetivo traçar uma análise demográfica e conhecer características de hábitos e atitudes de quem visita os shoppings, foi realizado nas cidades de Brasília, Belém, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e São Paulo.

Segundo a pesquisa, houve um crescimento no número de jovens circulando nos centros de compras. A presença de frequentadores com idade abaixo de 19 anos saltou de 10%, em 2012, para 18%, em 2016. Em sua maioria, esse público vai ao shopping acompanhado (76%) e costuma permanecer mais tempo no local do que visitantes de outras faixas etárias (81 minutos, em média). Os solteiros também estão ainda mais presentes nos shopping e já representam 63% dos frequentadores, contra 49% registrado em 2012.

O estudo revelou, também, que o shopping continua sendo opção para famílias, amigos e casais, uma vez que 60% dos visitantes vão aos centros de compras acompanhados.

– Tal comportamento está alinhado à tendência dos malls serem vistos, cada vez mais, como espaços de lazer, núcleos de convivência aonde as pessoas vão para passear e se divertir, não só para fazer compras – explica Adriana Colloca, superintendente da Abrasce.

Assim como apontado na última pesquisa, as mulheres se mantêm maioria, representando 59% dos frequentadores. Elas também passam mais tempo nos centros de compras, em média 80 minutos, contra os 71 minutos registrados pelos homens. Apesar de consumir menos tempo dentro dos malls, o público masculino tem uma frequência de visita maior: média de oito vezes/mês, contra sete vezes/mês das mulheres. Os visitantes de classe A também apresentam número de visitas e tempo de permanência acima da média, cerca de nove dias/mês e 80 minutos, respectivamente. Em linhas gerais, a pesquisa aponta que mais da metade dos frequentadores (63%) vai ao shopping semanalmente e o tempo de permanência média é de 76 minutos. Mulheres de classe A, com idade entre 16 e 19 anos, são as que passam mais tempo no shopping.

O lazer é um segmento que continua apresentando grande destaque no setor. Prova disso é que o hábito de ir ao cinema vem crescendo ao longo dos anos, com salto de 79%, em 2012, para 88%, em 2016. O percentual de visitantes que tem como principal objetivo a ida ao cinema também quase dobrou em relação a 2012, representando hoje 7% do público, contra 4% em 2012. Esse costume continua muito atrelado à alimentação: o percentual de pessoas que foi ao cinema e também consumiu alimentos no mall apresentou alta de 74%, em 2012, para 86%, em 2016.

O levantamento aponta, também, que a maioria dos frequentadores vai ao shopping com um objetivo em mente. O estudo indicou que 72% das pessoas foram em busca de uma loja específica (sete dos oito estabelecimentos citados eram lojas âncora). Ainda, a maioria dos consumidores (59%) que vai às lojas realiza uma compra.

Segundo 45% dos entrevistados, a principal motivação para a visita continua sendo fazer compras. Na sequência, estão opções como ir a lanchonetes, restaurantes ou cafés (19%), ver vitrines/passear (18%) e utilizar serviços (15%). Entre os serviços mais buscados em shoppings estão os que permitem algum tipo de transação bancária (caixa eletrônico, lotérica, agência bancária).

A pesquisa encomendada pela Abrasce permite constatar, ainda, que os consumidores estão gastando mais. Entre 2012 e 2016, o tíquete médio apresentou elevação de 24%, correspondendo hoje a R$ 243,82.

– Dados como esse atestam a força dos centros de compras, mesmo em momentos desafiadores. Resilientes, os shoppings são modelos de negócios que se destacam pelo diversificado mix de lojas e oferta variada de serviços, conveniência, lazer e entretenimento – destaca Adriana.

Fonte: Monitor Digital