sábado, 3 de setembro de 2016

É o atendimento, estúpido


Olá amigos do varejo

Tem quem acredita que o varejo para vender bem precisa de muita tecnologia. Tem gente que pensa que tecnologia é algo caro, restrito e de pouco retorno.

O varejo para vender precisa de algo básico e que infelizmente, mesmo em momento de crise, não vem sendo bem feito: atendimento.

Parafraseando a frase que ficou famosa na campanha eleitoral americana de 1992, onde James Carville criou o famoso bordão “É a economia, estúpido”, que definiu o que decidiria os rumos da eleição naquele ano, em minha opinião, nada é mais definitivo para uma boa venda do que um bom atendimento.

E atendimento é algo que muita gente diz que tem e se foca, mas poucos o fazem de fato. Tenho certeza que mesmo nesse período de crise, você que está lendo esse texto tenha uma história de mau atendimento para contar, ou ainda, alguma história de ter entrado em algum local e nem ao menos ter tido atendimento.

A história a seguir é real, e exemplifica como é preciso algo simples, possível e facilmente disponível a todos para um bom atendimento

Em uma sexta-feira à noite, fui comprar um par de calças para um evento que precisaria no final de semana. A semana havia sido corrida, ficou tudo para a última hora, e ainda por cima, precisei levar meu filho pequeno comigo, o que todo mundo sabe, que muda totalmente a dinâmica na hora da compra.

Fui bem atendido, de maneira simpática e cordial. Até aí é o mínimo que se espera de um atendimento de loja. Porém, foi no momento do caixa que fui surpreendido e não se preocupe, não foi o preço.

Perguntei à vendedora:

- Será que a loja do shopping que faz barra na hora ainda está aberta?

E a simpática vendedora me respondeu:

- Mas eu faço a barra para você

Sempre que usei os serviços das lojas de vestuário masculino, sempre demorou alguns dias, até porque na maioria das vezes é um serviço terceirizado, feito até mesmo em outro local.

E a vendedora complementou:

- Imagine! Eu faço as barras para você já! Vou conversar com nossa costureira e já volto.

Ao retornar, mediu as barras e pediu o número de meu telefone celular. Prometeu que em cerca de uma hora eu poderia retornar e pegar a calça.

Concordei e fui dar uma volta com meu filho.

Para minha surpresa, passados pouco mais de 30 minutos, recebi uma mensagem via WhatsApp da vendedora avisando que as calças estavam prontas.

Retornei à loja, e ao pegar as calças e a vendedora perguntou:

- Não quer experimentar e ver se está tudo ok?

Com um filho pequeno, todo mundo sabe, a rotina de compra é diferente, e meu filho já apresentava cansaço. Disse a ela:

- Antes de mais nada, muito obrigado pelo excelente atendimento, mas não se preocupe. Pelo que vi, tenho certeza que tudo está certo.

E retornei à minha casa.

A grande surpresa estava no dia seguinte, com uma simples e cordial mensagem da mesma vendedora:

- Bom dia Sr. Caio, tudo bem com você? Gostaria de saber se as calças ficaram boas.

Bom atendimento e inovação é isso. Usar coisas simples e disponíveis que estão à mão, como uma mensagem via WhatsApp para surpreender e encantar os clientes, além de um bom serviço.

Parabéns Maria!

Abaixo, as mensagens da Maria.
Pelo atendimento, tá valendo citar a marca e o local.


Um grande abraço e boas vendas!

Caio Camargo
Editor
+Falando de Varejo