segunda-feira, 19 de junho de 2017

Moda íntima sinaliza leve retomada, afirma IEMI

Salão Moda Brasil que abre neste domingo (18), em São Paulo, trará as novidades do setor

Maior evento de lingerie, moda praia e fitness da América Latina, o “Salão Moda Brasil 2017” (SMB) será realizado entre os dias 18 e 20 de junho, das 13 às 20 horas, no São Paulo Expo. O evento apresenta os lançamentos de algumas das marcas posicionadas entre as de maior prestígio do país e lançadoras de tendências do segmento.



Especialista em estudos de mercado de moda, o IEMI Inteligência de Mercado informa que, de 2014 para cá, os setores de moda íntima, praia e fitness no Brasil, em termos agregados, têm sofrido com a crise interna, tanto quanto os demais. Em melhor situação, porém, se mostra a linha íntima, que em 2017 já deve retomar os níveis de produção pré-crise. “O segmento acompanhou a tendência de todo o setor do vestuário no Brasil, que sentiu os efeitos da queda no consumo interno. Porém, em 2017 já há sinais consistentes da retomada na produção, em especial para o segmento de moda íntima, que deve atingir o maior nível de produção dos últimos quatro anos”, diz Marcelo Prado, diretor do IEMI.

O universo de empresas que participam da produção dos segmentos de moda íntima, praia e fitness, em 2016, somavam 6.937 empresas, cerca de -10,8% abaixo do que o observado em 2014, antes de o setor sentir os efeitos da crise econômica que se instalava no país à época, com o fechamento de mais de 800 unidades de produção, a maioria delas de pequeno porte.

A seguir os grandes números dos segmentos da indústria brasileira de moda, que estarão presentes no evento:

Produção de moda íntima

De acordo com o mais recente estudo elaborado pelo IEMI sobre o mercado de moda íntima, em 2016 foram produzidas 778,9 milhões de peças no Brasil, 0,13% superior a 2015 e foram exportadas 7,6 milhões de peças, com um crescimento de 7,6% em relação às exportações registradas no ano anterior. Do lado das importações, por conta do câmbio e do enfraquecimento do consumo interno, observou-se um grande recuo nos volumes importados, alcançando 48,3 milhões de peças, -43,4% em relação ao volume registrado em 2015. Assim, o consumo aparente brasileiro de moda íntima foi de 819,7 milhões de peças, -4,3% menor em relação a 2015.

Para 2017, as estimativas do IEMI são de que a produção se eleve 3,1% (para 803,1 milhões de peças) e a exportação avance 5,1% (7,96 milhões de peças); a importação deve cair ainda mais, -14,4% (41,3 milhões de peças).