sexta-feira, 30 de junho de 2017

Quem compra bem, vende bem

por Bruno Giembinsky*

O processo de compras está ganhando cada vez mais destaque nos resultados financeiros das pequenas empresas. É através dele que os empresários negociam a melhor relação entre qualidade, preços, prazos de entregas e condições de pagamento de matérias-primas e produtos, para produção e vendas, com os fornecedores. Mas engana-se quem acha que o processo para por aí.

Outro procedimento inerente ao processo de compras que é imprescindível para os negócios, é o recebimento de mercadorias. Os recebimentos precisam ser meticulosamente monitorados, conferidos e contados, pois muitas vezes a empresa pode estar pagando mais do que foi acordado com o fornecedor.

Isso porque, em geral, as pequenas empresas não registram devidamente os pedidos de compra com os produtos adquiridos, quantidades, promoções, descontos e até os prazos, duramente negociados, e que, consequentemente, acabam não sendo considerados no momento do recebimento das mercadorias e pagamento. Ou seja, toda a ‘briga’ que os compradores tiveram para conseguir melhores condições, acaba sendo perdida ao longo dos procedimentos.

Em alguns casos, até mesmo a quantidade de cada produto comprado deixa de ser registrada, o que pode acarretar no descontrole do estoque e até em perdas financeiras, já que o que foi faturado pode não corresponder ao que foi realmente recebido. A empresa ainda poderá sofrer com a falta de insumos para produção e itens para venda, acarretando na perda de faturamento, além de não deixar outra escolha ao consumidor, a não ser procurar a concorrência.

E apesar de parecer um contrassenso, justamente o processo de compras, pode ser responsável pelo aumento do faturamento dos negócios, sem que isso signifique intensificar ou aumentar os esforços do time de vendas. Mas como isso é possível?

Através de uma gestão que permita visualizar o cenário da companhia como um todo, por exemplo, o time de compras pode usar as informações do corte dos pedidos de venda por não ter a mercadoria em estoque, do giro das mercadorias, do prazo de entrega dos fornecedores para otimizar o estoque, descobrir a mercadoria mais procurada pelos consumidores, e chegar no estoque mínimo ideal. Dessa forma, a empresa sempre tem produtos disponíveis para viabilizar o fluxo contínuo, deixando de perder faturamento por falta de produtos em estoque para vendas.

Com esses dados descritos acima, a empresa já pode negociar melhores preços com os fornecedores, com base no volume de compras e no tipo dos produtos requeridos, sem o risco de sofrer prejuízo, com recebimentos mal conferidos, além de alavancar as vendas, ao fidelizar os consumidores por sempre ter os produtos certos à disposição.

Por isso, quem compra bem, vende bem, evita prejuízos, fideliza os clientes, e se destaca no mercado em que atua. Portanto, contar com uma equipe de compras bem treinada, ágil e proativa, somada as metodologias e ferramentas de gestão capazes de acompanhar todo o processo interno do negócio, da cotação com o fornecedor à retirada dos produtos das prateleiras, pode colocar sua empresa no caminho certo!

Bruno Giembinsky é Coordenador Nacional de Projetos e Serviços da Jiva (http://jiva.com.br)