quinta-feira, 31 de julho de 2008

Comunicação Visual: Como criar um bom projeto

Ola a todos!

Muito se fala sobre comunicação visual, e sobre como esta pode criar um melhor efeito no ponto de venda.
Para falar de comunicação visual de lojas, ou seja, toda a parte de sinalização da loja, ou sinalética como alguns chamam, vamos comentar sobre como compor um projeto de comunicação visual.

Existem três maneiras:

- Placas contendo apenas textos
- Placas contendo pictogramas
- Placas contendo imagens

PLACAS CONTENDO APENAS TEXTOS







É uma das maneiras mais simples de se criar uma comunicação efetiva na loja.
Definindo apenas materiais, cores e tipo de fontes (letras) a serem utilizadas, as mesmas possuem a função básica de orientar seus clientes pelos corredores da loja.

PLACAS CONTENDO PICTOGRAMAS





Primeiramente, o que é um pictograma ? São símbolos que em imagens simples, representam palavras, ou departamentos, no caso de uma loja. Sabe aquele "bonequinho(a)", desenhado na porta do banheiro ? Aquilo é um pictograma.

A vantagem em relação ao modelo anterior, é que os pictogramas auxiliam a leitura das placas. Em alguns casos facilitam a localização dos departamentos por pessoas com problemas de visão ou com dificuldade de leitura.

Outra vantagem, em relação ao modelo de imagens, que explicaremos à seguir, é que ao possuir um projeto próprio de pictogramas, você fortalece sua marca, com uma comunicação única. Dependendo combinado o projeto de comunicação com a empresa responsável pelo design, você é detentor dos desenhos e pode usá-lo de forma indefinida quanto à tempo ou utilização.

PLACAS CONTENDO IMAGENS



Principalmente quando encontramos imagens humanizadas, com pessoas felizes, em situações correlatas ao departamento onde a mesma será aplicada, a imagem auxilia à "vender o sonho" ao cliente.

Imagens passam conceitos de felicidade, satisfação, a verdadeira sensação de "quero comprar para estar bem assim também".

Entretanto alguns cuidados devem ser tomados ao utilizarmos imagens. Existem três maneiras de obtermos imagens:


a.) Serviços de banco de imagens

São serviços pagos como o popular IMAGE BANK (http://www.imagebank.com/). Nesse caso, voce paga para utilizar uma foto já pronta. A licença dessas fotos costuma a ter renovação anual, ou por um período pré-determinado. Utilizar imagens sem pagar as devidas licenças pode gerar multas e processos ao varejista.

b.) Recursos próprios.

Alguns podem achar desvantagem comprar uma foto pronta, e optam pelo caminho das "fotos próprias". É um caminho interessante, onde pode ser criado um melhor foco sobre os produtos vendidos ou o perfil de público que se quer atingir, por exemplo. Entretanto, caso a fotografia se utilize de modelos, sejam estes profissionais ou mesmo funcionários da loja, é necessário pagar à estes o uso de "direito de imagem". O uso dessas imagens podem ser negociados de diversas maneiras, mas em geral é renovado de tempos em tempos.

c.) Fotos provenientes de parceiros ou empresas

Um recurso à varejistas principalmente pequenos, é o de solicitar e utilizar imagens de empresas fornecedoras ou parceiras da empresa. Nesse caso, por exemplo, na hora de criar uma placa de um departamento de tintas, pode solicitar à algum fornecedor alguma imagem de trabalho deste.

Apesar de gratuito ao lojista, a desvantagem é que ao longo do tempo, pode ser que algum produto ou marca em questão necessite ser trocada. Outro fator negativo é que utilizar a imagem de um fornecedor auxilia a venda deste, mas não auxilia na construção de SUA marca.

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O importante na hora de montar a sinalização é que o que mais importa é que sua loja nao precisa de muita informação. O excesso, a poluição visual é prejudicial à loja. Muita informação torna-se informação nenhuma.

Nao importa o material ou o método que voce use, o importante é saber dosar bem na hora de compor o projeto.

Quer saber mais sobre cores corretas para a loja, e também para a comunicação visual? Clique aqui.

Um grande abraço e boas vendas.
(Tentarei amanha colocar imagens dos modelos listados, para melhor compreensão)

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Caos no atendimento ?


Nesse artigo fica uma pergunta para pensar:

Será que estaremos à beira de um colapso de atendimento ?

Temos uma expansão constante do formato varejo. Nunca o varejo precisou absorver tanta mão-de-obra como nos dias de hoje.

Por consequência, falta mão-de-obra qualificada no mercado.

E se falta mão-de-obra, a alternativa dos varejistas é deixar algumas exigências de lado na hora de contratar, de modo a preencher as lacunas e vagas não preenchidas.

E se treinamento ainda para muitos ainda não é visto como investimento, e sim como custo, temos por consequência dessas ações, a entrada no mercado de trabalho de pessoas completamente despreparadas.

Pessoas despreparadas, de pouca visão de negócios, e que por consequência, nao vêem oportunidades, apenas encaram os trabalhos como "empregos", sem nenhuma pretensão ou objetivos.

Obviamente, sempre encontramos pessoas esforçadas, mas essas são cada vez mais raras, em virtude da educação de baixa qualidade, onde mesmo no nível universitário, nao prepara pessoas para o mercado de trabalho atual.

A grande consequencia é que temos a queda brusca na qualidade de atendimento. Mesmo em empresas consideradas "padrão" de atendimento, é possível notar a queda na qualidade, e os constantes casos de reclamação.

Vivemos um dilema: Se por um lado a qualidade de atendimento vem caindo, nunca a qualidade de atendimento foi tão importante. Mas se hoje não é possível obter mão-de-obra de qualidade, como criaremos nossa diferenciação no atendimento ? Reduzindo os lucros ? Aumentando os custos com salários, dispostos a "segurar" bons funcionários ?

Vamos conversar a respeito.


Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

O grande concorrente

Em toda minha vivência de varejo, principalmente quando tenho a oportunidade de conversar com proprietários de lojas de pequeno porte, vejo estes apontando como grande responsável pela queda de vendas o varejo de grande porte, no caso, o Home-Center.

O que caracteriza a venda de uma loja de pequeno porte ? No caso do varejo de construção, além da CONVENIÊNCIA, que seria a resposta mais correta, também temos caracterizada a venda de produtos de primeira fase de uma obra (em outro artigo, vamos falar sobre as fases de um cliente de construção, aguardem).

Mas se falamos em conveniência, porque será que os home-center seriam uma ameaça ao negócio ? Os pequenos lojistas tem como imagem que os consumidores teriam por preferência ir à um home-center do que em uma loja de bairro, independente da compra.

O fato é que no caso da conveniência, como o chuveiro que queimou e precisa de uma resistência, a lâmpada que precisa ser trocada ou algumas pilhas, nenhum consumidor costuma a ir à um varejo grande. Sabe que lá irá encontrar grandes filas, demora para estacionar, e uma serie de outros fatores, que nao compensam a ida ao loca. Uma loja de bairro, mais próxima, em muitos casos, é muito mais conveniente.

Entretanto, os grandes formatos de varejo tem se fundido, e por muitas vezes, confundido em algumas características: Lojas de móveis que vendem eletrodomésticos, lojas de home-centers que vendem geladeiras e produtos de pet shop, e supermercadistas que vendem até mesmo produtos de informática.

Quem pensava em comprar computador em um supermercado há uns 10 anos atrás ?

O fato é que muitos clientes estão abandonando à ida às lojas de bairro, principalmente pelo sortimento novo dos varejos. Se a lâmpada queimou, por que eu tenho que ir até o depósito da esquina, se hoje preciso ir ao supermercado ? Pq. nao comprar tudo de uma vez ?

Em hipermercados já é possível encontrar até mesmo tinta com marca própria !
Em um futuro nao tão distante, a unica diferença entre um home-center e um hipermercado, é que um ainda venderá hortaliças, enquanto o outro venderá tijolos.

No meio termo entre essas duas pontas, estará tudo embolado.

Quem ganha com isso ? O consumidor que tem maiores opções e por consequência ofertas e a indústria, que passa a ter mais canais para vender seus produtos.

Por outro lado, os formatos e por consequência, as marcas, perdem força de expressão na mente do consumidor. Abre-se um novo caminho para home-centers e hipermercados aumentarem ainda mais seu mix de produtos.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo

terça-feira, 29 de julho de 2008

O que é melhor expor em um mezanino ?

E vamos falar de mezaninos.
- Minha loja tem um mezanino, como é que eu resolvo isso ? Que produtos eu exponho ?

De modo a explicar essa situação, vamos ilustrar o problema de tres maneiras diferentes:

MEZANINO A - Fundo da Loja
Numa situação dessas, a que eu considero a mais simples quando falamos de mezanino.
O cliente entra em sua loja e consegue visualizar facilmente o mezanino ao fundo da loja. Numa situação como esta, é possível trabalhar praticamente todos os departamentos de uma loja.

Em especial, por se tratar de um outro pavimento, o mais interessante é que fiquem equipamentos e produtos que nao necessitem de muito giro, de modo a facilitar os processos de logística da loja. Departamentos de show-room e que possam ser vendidos por mostruário, são os mais indicados.

MEZANINO B - Frente da Loja


Numa situação dessas, a que eu considero um pouco mais crítica, pois o cliente nao nota o mezanino de imediato. Ele entra pela loja e ao entrar, o mezanino já se encontra nas costas dele.
Nessa situação, o melhor a se fazer é buscar expor produtos de destino ao consumidor, produtos que o consumidor já busca em sua loja sabendo que será facil encontrar.
Sempre lembrando de tentar otimizar ao máximo a logística e o abastecimento de produtos, uma outra idéia, seria a de concentrar no mezanino alguns serviços, principalmente os de atendimento como a financeira, por exemplo.

MEZANINO C - Lateral da Loja

O caso é muito similar à situação de mezanino na frente da loja.
A solução varia dado à relação entre entrada da loja, corredor e posição do mezanino.
Se o mesmo estiver sobre a entrada e o corredor central, o ideal é concentrar ao máximo soluções de destino para exposição.
Caso o mesmo já esteja situado em uma posição mais favorável em relação à entrada, permitindo uma melhor visualização, já é possível utilizar uma solução tal como nos casos de mezanino ao fundo da loja.

CASO EXPECIONAL: Loja com diversos pavimentos.

Se ao invés de mezanino, voce trabalha com pavimentos, a situação também é similar.

Concentre no térreo produtos e soluções de rápida saída, como produtos de conveniência, e e produtos que necessitem de maior giro operacional.

Nos demais pavimentos, quanto maior o numero de pavimentos, mais voce terá de criar categorias e departamentos "destino" ao cliente, de modo a criar a necessidade de percorrer a loja por esses departamentos.

Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
@falandodevarejo
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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dica rápida. Lojas Pão de Açúcar

Eu sempre fico encantado quando encontro meios divertidos e irreverentes de atrair a atenção do consumidor, principalmente se de uma maneira ou de outra, parecem verdadeiros e sinceros em seus conteúdos.
Note a mensagem ao lado. Comprando em uma unidade do Pão de Açúcar me deparei com uma porção de plaquetas como esta, nao me ofertando ou dirigindo um produto, mas de maneira sutil, me oferecendo de uma maneira diferente um produto do mercado.
Para quem nao consegue ler:
"Frutas Exóticas: Surpreenda seus convidados e encerre a refeição com uma cesta de frutas exóticas".
Não lhe parece mais convidativo e sincero do que apelativo e promocional ?
E você ? De que modo oferta seus produtos à seus clientes ? Já pensou em ofertar de maneira diferente ?
Um grande abraço e boas vendas !

Caio Camargo

domingo, 27 de julho de 2008

Som no varejo. Melhorando as vendas.

E vamos falar de música.

Tem muita gente que ainda acredita que musica no ponto de venda nao serve para coisa alguma, ou nao toma nenhum tipo de cuidado no tipo de musica que coloca em sua loja.
Tal como a aplicação das cores, comunicação visual, equipamentos de exposição e muitos outros, a música auxilia na construção da marca. Como se fosse um acessório, ela deve estar de acordo com o posicionamento que sua loja quer, com a imagem que você deseja passar ao seu consumidor.

Já entrei em lojas que a mercadoria exposta nao tinha nada a ver com a musica que estava tocando, muitas vezes selecionada pelo funcionário, pelo seu gosto musical. Certa vez, entrei em uma loja, do tipo daquelas que a gente encontra nos calçadões dos grandes centros, que vendia artigos de decoração, e pasmem, estava tocando Mettalica (para quem nao sabe, uma excelente banda de heavy metal, mas que nao combina com o ambiente proposto) !

Imagine uma loja de jóias como uma Vivara ou H.Stern, por exemplo, tocando Calipso ? Nada contra a musica em si, desde que estivéssemos falando de uma loja de perfil popular.

Mas como fazer uso da musica para melhorar as vendas ?

Imagine você dirigindo seu carro durante a noite, onde voce começa a ficar sonolento. Daí então voce resolve colocar uma música. Que tipo de música voce coloca ? Certamente uma música mais rápida, de modo a deixar voce mais disposto, do contrário, uma musica mais lenta, irá apenas propiciar o sono.

Com a loja, trabalhamos da mesma maneira.

Um rock ou uma música mais rápida: É utilizado para acelerar o cliente no ponto de venda. Uma musica mais rápida vai fazer com que seu cliente ande mais rápido por sua loja. Voce pode utilizar o efeito de uma musica como esta no momento que o excesso de clientes em sua loja está prejudicando sua segurança ou a qualidade de atendimento que voce presta.

Uma musica do estilo new age ou uma musica mais lenta: São utilizadas para reter seu cliente no ponto de venda. Uma musica mais lenta fará com que seu cliente fique mais tempo em sua loja, passe mais tempo à vontade, e por consequencia, compre mais. É o tipo de musica mais utilizado pelos lojistas.

Uma musica eletronica ou de caráter jovem: São utilizadas principalmente por lojas de vestuário, e a escolha do tipo bandas ou artistas tem a ver com o perfil das roupas vendidas, por exemplo, uma loja de surfe irá colocar uma trilha de reggae, ou de artistas que fazer sucesso com o tipo de clientes que frequentam a loja, já numa loja de perfil fashion, a trilha certamente sera composta por musicas eletronicas ou que passem um perfil de modernidade e ultima tendencia à loja.

Musica é interessante e melhora suas vendas, mas para utilizar a musica no ponto de venda, é necessário estar atento ao pagamento das taxas de ECAD, referidas aos direitos autorais dos artistas. Mesmo sendo consideradas abusivas por muitos, não pagar estas taxas pode gerar uma multa ao seu estabelecimento. Mesmo se voce sintonizar uma rádio na sua loja, teria de pagar as tais taxas.

Uma maneira de escapar do ECAD seria tocar musicas que ja sao consideradas como de dominio publico, como as musicas classicas por exemplo. Vale a pena checar se o tipo de musica que sua loja pretende utilizar esta já caracterizada como dominio publico. Entretanto, vale lembrar que a música sempre deve estar de acordo com o perfil de sua loja. Sempre.

(Duvidas sobre o assunto ? Deixe um comentario abaixo com suas duvidas sobre varejo)

Um grande abraço e boas vendas !

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

sábado, 26 de julho de 2008

Merchandising x Marketing x Promoção de vendas: Voce sabe diferenciar cada um ?

Hoje vamos tratar de conceitos.

Você sabe onde se distingue os papéis de marketing, merchandising e promoção de vendas dentro de uma loja ?
As empresas tratam estes conceitos de formas completamente diferentes: algumas dão poder e autonomia para um departamento próprio de merchandising, algumas apenas incorporam o merchandising dentro dos trabalhos de marketing.

A principal diferença está em relação ao cliente. De uma maneira mais fácil de se compreender, podemos dizer que quando falamos de merchandising:

Merchandising são técnicas, ações ou materiais no ponto de venda, de forma a motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores, ou seja é o departamento responsável pelo clientes que já estão em sua loja.

Já quando falamos de marketing estamos falando principalmente de processos de planejamento, execução, preço, comunicação e distribuição, ou seja, é o departamento responsável por trazer seus clientes até a loja.

Se marketing e suas ferramentas, como a campanha ou o tablóide, traz um cliente à sua loja, são as ações de merchandising, como as pilhas e a precificação que irão converter essa oportunidade em um momento de compra.

Uma das maneiras mais fáceis de diferenciar estes conceitos e que gosto de utilizar em minhas palestras é que quando falamos de marketing, estamos falando de ações da porta da loja para fora, enquanto quando falamos de merchandising, estamos falando de ações da porta da loja para dentro. É um conceito interessante e muito fácil de passar à equipe de loja.

Mas e quando falamos de promoção de vendas ? Alguns segmentos de varejo, como o ramo de materiais de contrução tem por hábito confundir os termos de promoção de vendas, com o do merchandiser. Quando dizemos promoção, estamos agregando um caráter temporário à ação, afinal, nao existe promoção durante a vida inteira, do contrário, nao seria promoção, seria uma qualidade, um diferencial da empresa/ produto.

Alguns equipamentos de promoção, como os displays, tem caráter de tempo nao definido. Eles expõe melhor, vendem melhor, mas nao fazer parte de uma promoção.

Alguma dúvida sobre o assunto ? Visite meu blog, deixe um comentário e vou procurar responder da melhor maneira possivel.

Um grande abraço e boas vendas.


Caio Camargo
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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Lei seca e o impacto nos negócios.




Foi publicado hoje (25/07/08) no site da UOL um interessante infográfico sobre quem ganha e quem perde com a Lei Seca.


Dados informam que o consumo nos restaurantes e bares chega à uma queda de aproximadamente 40%, assim como os estacionamentos (menos pessoas saem, menos pessoas estacionam). De maneira contrária os supermercados vem ganhando com a lei, onde a venda de bebidas alcóolicas subiram cerca de 15% ao todo, no caso das cervejas sem álcool, o aumento acima de 20%.

O interessante não é saber sobre os dados, mas sobre o dado mais interessante: o mercado em si mudou. O comércio nao pode mais funcionar apenas "oferecendo" os produtos ao consumidor. Tem de se adaptar aos novos consumos e hábitos à todo tempo. A cada dia as demandas vem se alterando e mudando os comportamentos. Trabalhar e vender de maneira padrão pode ser um risco aos negócios.

A lei, e o resultado dessa nos negócios, me lembra um pouco o início da Lei Cidade Limpa. No início, ao invés de buscarem novas soluções para fachadas, os comerciantes simplesmente removeram todos os anuncios.

Com o tempo, novas soluções foram criadas, todas dentro das novas regulamentações. Aprendemos novamente a fazer fachadas.

Essa é uma lei que não vai cair, ao contrário do que muita gente espera. A lei veio para ficar. Outro dado que não é citado no infográfico e que sustenta a permanência desta, é a queda significativa dos acidentes de trânsito.

Os supermercados tomaram iniciativas interessantes apostando no consumo "em casa" por parte do consumidor. Alguns bares e restaurantes já trabalham associados à estacionamentos especiais e taxistas.

Com o tempo, novas soluções irão aparecer. Aos poucos, quem souber se reinventar, irá lucrar.
Quem apenas espera....

Para quem quiser conferir o Infográfico, o mesmo está no link abaixo:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2008/07/25/ult3224u78.jhtm

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo

http://falandodevarejo.blogspot.com

Serviços de pós venda

E vamos falar de pós-vendas.

Os comerciantes em sua grande maioria ainda nao perceberam que o serviço de pós-venda que você oferece ao seu cliente é tão, ou até mais importante do que o serviço de venda propriamente dito.

Acho interessante como na hora de comprar, algumas lojas lhe oferecem um tapete vermelho na entrada, flores, musica, etc. Mas na hora que o cliente mais precisa da loja, principalmente na hora da troca, ou de outro problema, a loja lhe oferece um espaço nos fundos da loja (para ninguem ver), espera e burocracia (ou então uma irritante musiquinha de espera, quando tenta se resolver via telefone).

É lógico que o lojista teme a todo tempo que seja enganado, que o cliente esteja usando de má fé quando chega no balcão dizendo que o produto "veio" com defeito. Infelizmente, isso acontece, mas é tão raro, que todo problema deveria ser levado mais à serio.

Tenho visto algumas boas tentativas de amenizar os problemas. Nos supermercados da rede Carrefour, por exemplo, antes de levar qualquer produto que utilize garantia, voce é obrigado a passar por um balcão, onde o aparelho é previamente testado. Demora um pouco, uma vez que o que voce quer é logo levar o aparelho e ligar em casa de uma vez, mas é válido e ameniza nao so as dores de cabeça do lojista, como também os eventuais problemas que o consumidor pode ter ao chegar em casa com o aparelho.

Na demais lojas, existem duas alternativas que venho observando:

A.) Lojas que possuem balcões de SAC logo na entrada da loja, muitas vezes junto ao caixa
B.) Lojas que possuem apenas um balcao de informações na frente, mas o SAC fica ao fundo da loja

Na situação A, o lojista mostra que está apto à resolver qualquer problema do cliente, entretanto, é uma situação que faz com que crie algumas situações embaraçosas, com clientes impacientes ou irritados que podem constrangir quem está no momento passando pelo caixa. Eu diria que é comum ver clientes berrando para clientes que estao no caixa coisas como: "Nao comprem aqui, pois eles nao entregam, não compre aqui porque eles sao desonestos", e por aí vai.

Na situação B, voce se livra da possibilidade de um escandalo junto aos seus clientes, como na situação A, entretanto, voce tambem mostra que atende bem no momento da compra, mas deseja esconder qualquer tipo de problemas que possa ter com um cliente.

São duas situações distintas e deve-se ponderar muito bem na hora de decidir qual situação se encaixa melhor para sua loja.

Outro item que acredito ser importante é que vejo quase que sempre lojistas investindo em belíssimos e enormes balcões de sac, com pedras de granito, repleto de atendentes maravilhosas, cheio de pessoas, computadores e impressoras cuspindo papel a todo momento.

Lembre-se: Quanto maior o seu balcão de SAC, maior (na cabeça do cliente) a quantidade de problemas que voce tem ! Um balcão muito grande passa ao cliente a idéia que a todo momento voce tem esse tipo de problema ! Pondere !

O que o cliente quer é atendimento rápido e eficaz, nao um balcão bonito. No momento da compra, o que ele realmente quer é EFICIÊNCIA.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Uniformes no ponto de venda


E vamos falar de uniformes.

Pequenos varejistas acreditam que uniformes nao passam de pequenos caprichos. Um capricho que deve ser utilizado somente quando não há mais local onde se investir na loja. Por ultimo, investem nos uniformes.

Uniformes são uma das ferramentas mais importantes quando falamos de equipes de vendas. Imagine voce entrando em uma loja onde ninguem usa qualquer tipo de identificação. Como voce conhece seus vendedores ?
Principalmente quando falamos de uma loja que está deixando de trabalhar no balcão para começar a trabalhar com auto-serviço, o uniforme se torna indispensável aos seus funcionários.

Uma loja com funcionários uniformizados denota maior confiança e respeito por parte do consumidor.

E quando falamos de uniformes não estou falando de vestir seus funcionários da cabeça aos pés. Estou falando de utilizar algum elemento que represente sua loja.

Pode ser uma camiseta, um lenço no pescoço das caixas, um boné em alguns casos. Qualquer identificação vale. Mas tem que usar alguma coisa.

Evite que seus funcionários venham trabalhar fantasiados com camisetas de futebol ou roupas de dançarina de funk.

O bom senso deve ser utilizado sempre. Camisa aberta, Suor, Roupas demasiadamente curtas, tudo isso pode contribuir negativamente para seu atendimento, e por consequência, para sua marca.

Em outro artigo falei sobre começar um negócio pensando grande, pensando desde o começo em sua marca. Trabalhe sua marca, sua imagem, desde os uniformes e verá a diferença.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

terça-feira, 22 de julho de 2008

O poder do mercado para idosos.

Começo esse post não sabendo se chamo de novo mercado ou de velho mercado. Com o perdão do trocadilho infame, vamos falar de idosos.

Estamos diante de um novo mercado, que cada vez é mais independente, cada vez possui mais qualidade de vida e cada vez consome mais.

Contando com uma renda melhor que as gerações passadas, em alguns casos nao dependendo como fonte de renda do sistema de aposentadoria do governo, bem como ainda pertencendo ao mercado de trabalho, vender produtos para o idoso hoje pode ser um grande negócio.

Idosos hoje trabalham, se divertem, estudam, namoram, vivem.

Fizemos recentemente um trabalho junto com a Anamaco, onde dentro da Loja Escola Anamaco, construímos o que chamamos de "banheiros inteligentes". Na verdade o conceito básico é a segurança do idoso em sua residencia. O mercado ve a utilização de acessórios nos banheiros como restritos ainda apenas aos deficientes físicos, o que é uma inverdade.

O mesmo projeto foi replicado em uma loja da Leroy Merlin, no bairro do Morumbi, onde causa grande curiosidade, pois a grande maioria do público ainda não conhece os benefícios de se adquirir este tipo de equipamento para a residência.

Existe uma série de produtos no mercado para a segurança e o uso dos equipamentos no banheiro, como barras de apoio, suportes e alças, voltados não somente ao deficiente físico, mas também ao idoso. Estamos falando de integrar todos os produtos como portadores de necessidades especiais.

Quedas, principalmente no banheiro, é uma das maiores causas de acidentes graves dentre os idosos.

Um outro exemplo de como existem novas alternativas nesse mercado é o Hilea (http://www.hilea.com.br/) um novo tipo de retiro para idosos, com ou sem doenças crônicas. Na verdade o Hilea não funciona bem como um asilo, mas como uma opção para a pessoa que deseja morar bem tendo à sua disposição cuidados e equipamentos especiais.

Já não é mais a família que decide colocar o parente dentro de um retiro como este. Boa parte dos moradores do Hilea são totalmente independentes e moram no mesmo por iniciativa própria.

Com o perdão do trocadilho novamente, nada melhor do que idéias novas, não ?


Um grande abraço e boas vendas


Caio Camargo




segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dicas práticas de merchandising















Ola a todos.

O que é necessário para uma loja organizada e preparada para atender bem, sem investir muito?
Para um bom merchandising, deve-se seguir algumas regras básicas:

1.) Manter gôndolas e produtos limpos e organizados

Loja suja ou mal organizada passa uma péssima impressão ao consumidor. Quero ter orgulho de poder comprar em uma loja que seja tal qual o sonho que projeto para minha casa.

2.) Identificar e precificar todos os produtos corretamente

Produto sem preço não vende. Além de ser obrigatório por lei a precificação de todos os itens de sua loja, não há maneira de um consumidor levar um produto se não consegue observar qual o preço do mesmo. A grande maioria dos clientes não pergunta.

3.) Respeitar o agrupamento de produtos por família (setorização)
Se trata basicamente de “interligar” produtos relacionados na loja, assim sendo, louças sempre próximos de azulejos, metais sempre próximo de produtos para hidráulica, etc.

4.) Expor produtos de forma vendedora e explicativa

Da mesma maneira que falamos sobre precificação todos os produtos devem “se vender” ao consumidor, através de boa exposição.

5.) Valorizar produtos em promoção utilizando elementos promocionais (faixas, cartazes, banners, ilhas, pontas de gôndolas, etc).

Estes elementos valorizam significativamente a promoção. Devemos utilizar todo o “arsenal bélico de merchandising” para criarmos promoções atrativas.

6.) Manter em ordem a comunicação visual da loja e JAMAIS colar etiquetas, faixas ou cartazes, diretamente nos produtos ou em paredes pintadas.

Quer sua loja forte? Mesmo que estivermos falando de uma pequena loja de materiais para construção, desde o inicio deve-se trabalhar de forma forte a identidade da empresa. Hoje o acesso à informação e à programas de desenho e criação está bastante facilitado. Busque padronizar sua precificação. Nunca à faça de qualquer maneira. Mesmo em lojas e redes grandes, encontramos completo descaso no que se refere à padronização de precificação e promoções.

7.) Manter a GÔNDOLA SEMPRE ABASTECIDA
Imagine uma loja com poucos produtos em uma gôndola. Qual a impressão que ela lhe passa? Não importa qual for SUA resposta, a impressão é sempre a mesma: uma loja à beira do fechamento, ou falência. Volume é importante, principalmente se tratamos de consumidores de perfil popular.

8.) DAR ATENDIMENTO EXCELENTE.

E veja que falamos de atendimento, mesmo atendimento não sendo uma responsabilidade relacionada às ações de merchandising. Mas de nada adianta o lojista ter uma loja arrumada, se o atendimento da mesma não possuir o mínimo de simpatia e atenção aos clientes. Atendimento de qualidade é premissa básica para todo varejo de sucesso, e para a longevidade e manutenção deste.

Boas vendas!

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
@falandodevarejo

Compra por impulso x compras de destino

Provavelmente você já deve ter ouvido a respeito de compra por impulso e provavelmente até já saiba o significado. Já sabe que tem a ver com todas aquelas “coisinhas” que você encontra próximo ao caixa de um supermercado, como pilhas, balas, aparelhos de barbear, revistas, etc. Mas e compra de destino, o que seria ?

Quando falamos de compra por impulso, estamos falando de produtos que não fazem parte da lista de produtos essenciais de uma loja. São produtos os quais você não pensa em levar ao entrar no estabelecimento, mas que o merchandising e a exposição são trabalhados de modo à que estes produtos também façam parte de suas compras.

Quando falamos de produtos de impulso, estamos falando de produtos que nunca poderiam estar junto à entrada de uma loja. São produtos que devem ser vendidos de duas formas: ou em departamentos ligados á produtos essenciais. Por exemplo: Pacotes de queijo ralado em um gancho de cross-merchandising junto às latas de molhos de tomate. Você não pensa em comprar o queijo, muitas vezes até esquece, mas estando junto ao molho, fica difícil de esquecer.

A segunda maneira é a mais utilizada, dispondo estes produtos junto ao momento de saída do cliente. Para isto, utilizamos um equipamento chamado check-stand. É exatamente aquela gôndola colocada junto ao caixa da loja. Nessa gôndola você dispõe produtos que podem estar nos seus departamentos de origem (como balas e chicletes), mas que também podem estar expostos nesse equipamento de modo a impulsionar a compra.

Não necessariamente os produtos precisam estar em um check-stand. Com o sucesso dos caixas rápidos e o aumento do consumo de conveniência (gente que entra em um supermercado apenas para comprar as guloseimas do dias, ou a cervejinha do final de semana, por exemplo), os supermercadistas, como o Carrefour e o Extra, criaram o conceito de verdadeiros corredores formados por cestos e vascas, dispondo uma série de produtos de impulso. Idéia interessante e prática, uma vez que além de aumentar a venda por impulso, organiza melhor a loja na hora das filas.

E os produtos de destino, o que são? Se falarmos em produtos por impulso, quando falamos em produtos de destino estamos falando de propriedades totalmente contrárias. Produtos de destino são os produtos que você sabe que serão encontrados na loja, produtos que você entra na loja à procura. Todo mundo sabe que toda padaria tem pão. Você não necessariamente precisa de um grande espaço de exibição para o produto pão.

Quando falamos de supermercados, estamos falando de produtos como arroz, feijão, carnes e padaria, e quando falamos em materiais para construção, por exemplo, estamos falando em produtos como tijolos, cimento e demais materiais básicos.

E como podemos utilizar essa informação? Se produtos por impulso têm seu local correto, produtos de destino devem ser colocados nas extremidades da loja, de preferência ao fundo, de modo a fazer seu cliente percorrer toda a loja. Use esse percurso do cliente para apresentar novidades e produtos em oferta. As chances de suas vendas por impulso aumentarem serão maiores.

Uma coisa está ligada à outra. Um bom trabalho de categorias destino, pode levar à um aumento dos produtos de impulso.



Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http:///falandodevarejo.blogspot.com

domingo, 20 de julho de 2008

Bossa na Oca



Nesse final de semana pude conferir a exposição Bossa na Oca, no Parque do Ibirapuera. Particularmente, nao sou tão fã de bossa nova, mas fui conferir a exposição principalmente pelas inovações que haviam sido colocadas lá, e que vem sendo amplamente comentadas. Acredito que essas inovações serão de grande valia para o varejo um dia e por isso, decidi colocá-las aqui no blog.

Há alguns dias atrás publiquei um artigo meu que havia saído em alguns sites sobre novas mídias no varejo. Nesse artigo (que voce pode conferir na coluna ANTERIORES, na coluna esquerda desse blog) falava principalmente da revolução que os painéis fo tipo touch-screen iriam trazer para o mercado de varejo, e de como a interação guiaria as novas ações de merchandising.

Chegamos à uma evoluçao tão rápida que nessa exposição pude encontrar um novo tipo de painel, aliás, muito bem instalado (em termos de ambientação, pois representa um grande vinil, ou Long Play, como queiram), que nao se fazia mais necessário o "toque" para executar as ações, no caso, alterar e tocar as musicas dos Lp´s expostos. Lembrando um pouco o filme Minority Report, estrelado por Tom Cruise, apenas o movimento de suas mãos já aciona o painel.

Se já está na exposição, quanto tempo até alguém utilizar no varejo ?

Quanto ao resto da exposição, praticamente toda interativa, fica o elogio às instalações das salas, principalmente à que utiliza toda a cupula da Oca para representar um grande oceano.

Se já falamos em entreter para melhor vender, conferir esta exposição nos dá alguns insights do que nos será apresentado num futuro muito próximo.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

Principais diferenças entre lojas de luxo x lojas populares

Não importa qual a posição comercial que a loja tenha, se pretende tomar como posição ser uma loja de luxo ou uma loja de perfil popular é necessário que em todos as etapas da formação dos conceitos da loja, do logotipo, do mix de produtos, do mobiliário desejado, até mesmo como será a fachada da loja, estejam de acordo com o posicionamento adotado.


Nesse artigo, estaremos falando sobre as principais diferenças encontradas entre o varejo de luxo e o varejo popular.

Obviamente, o assunto é extenso, e aqui ficam apenas algumas impressões para se tomar como partido no início de um projeto.

LOJAS POPULARES

Quando se pensa em uma loja popular é quase que unânime lembrarmos de uma loja como as das Casas Bahia. Se existe um modelo de varejo popular no Brasil, hoje é a Casas Bahia.
Agora, popular por que?

Estamos falando em preços e promoções, mas o conceito numero 1 de qualquer loja de perfil popular é: CRIAR A SENSAÇÃO DE OPORTUNIDADE ÚNICA..

Já reparou que nas promoções eles sempre frisam frases como: somente amanha, somente neste final de semana, etc?

Fisgam o cliente com a sensação do agora ou nunca. A promoção é tão boa que se você não compra neste momento, você nunca mais terá outra oportunidade como esta.

Numa loja que não pode se valer de grandes comerciais ou de um marketing mais ousado, podemos falar de oportunidade única quando você monta uma gigante pilha de produtos na entrada da loja, a oferta do dia ou da semana. A idéia é a mesma, uma grande promoção, por tempo limitado.

E falando em pilhas, falamos de outro aspecto muito importante de uma loja popular: POTÊNCIA. Público de perfil popular compra quando vê quantidade. E a equação da cabeça do consumidor é simples: compram mais, são especialistas no produto, vendem mais barato. Por isso que muitas empresas estampam slogans como: a número 1, a melhor, etc.

Sua loja deve parecer cheia, repleta de produtos, pilhas bem montadas, araras e vascas cheias, pontas de gôndolas agressivas no que diz respeito à exposição, tudo para fisgar e chamar a atenção do seu consumidor.

Quando falamos em fachada o conceito é simples: sua loja deve funcionar de maneira o mais convidativa possível ao seu cliente. Devem funcionar como uma extensão da rua. Vejamos um exemplo de uma lojas Casas Bahia. A entrada rasga a fachada em sua totalidade ou da maior maneira possível. Quanto mais aberta a loja, mais convidativa. A regra é: Todos são bem-vindos.

Falando em iluminação, os aspectos que devemos considerar é que toda loja popular deve ter iluminação adequada e uniforme. O conceito de iluminação é o mesmo utilizado em supermercados e hipermercados: iluminação distribuída pelos corredores uniformemente.

Quanto à comunicação visual da loja, esta tem que ser focada em preço. O preço na maioria dos casos é o grande fator de decisão na compra. Uma boa oferta, com preço bem chamativo, utilizando todo o arsenal bélico de merchandising à sua disposição, como splashes, etiquetas, cartazes ou banners, é dado como certo na hora de “agarrar” o consumidor.

Agora um aspecto que vale a ressaltar na hora de falarmos em lojas populares, e que muita gente se confunde ainda é que já é uma tese derrubada a história de que lojas populares devem ter aspecto popular, com acabamentos ruins, pisos de baixa qualidade, paredes simples. Nada disso é mais real em nosso mercado. O cliente amadureceu de tal forma, e hoje possui opções tão variadas na hora de comprar, que se sua loja não estiver de acordo com o “sonho” do cliente no momento da compra, será excluída dentre suas opções de revenda.

Quer um exemplo? Os pisos de todas as lojas Casas Bahia, na maioria dos casos, são de porcelanato, um material de aspecto nobre. Como dizia o carnavalesco Joãozinho Trinta: “Quem gosta de pobreza é intelectual. Pobre gosta de luxo”.

Comprar os materiais de sua casa é um sonho, comprar o carro que você deseja é um sonho, comprar o vestido para aquela festa é um sonho. Onde você prefere comprar seu sonho, em uma boa loja, ou em uma loja qualquer.

Nesse momento você deve estar se perguntando: Mas se minha loja tiver um aspecto luxuoso demais, será que não passa uma imagem de preço caro, antes mesmo do meu cliente conhecer a loja, impedindo que ele realmente entre na loja ?

A questão é que o exato equilíbrio entre todos os itens acima é que fará com que sua loja seja luxuosa, uma loja boa, sem parecer uma loja cara. Promoções fortes, entradas amplas e convidativas e iluminação agradável darão os parâmetros necessários para sua loja se tornar uma das preferidas de seu público.

LOJAS DE LUXO

Falamos de lojas populares, mas e para uma loja de luxo, ou uma loja na qual eu pretendo captar um público de poder aquisitivo maior, como eu trabalho a loja?

O primeiro parâmetro que iremos mudar é que, se em uma popular utilizamos o conceito de POTENCIA, em uma loja de luxo, utilizaremos como conceito chave a palavra EXCLUSIVIDADE.

A principal diferença entre esses dois públicos é que, se o popular busca ofertas e oportunidades, o luxo busca peças diferenciadas, exclusivas, únicas.

Na hora de expor uma roupa, por exemplo, você não expõe uma arara com 100 peças da mesma roupa. Apenas uma peça da roupa exposta, às vezes até em lugar destacado, agrega valor à peça, e passa o conceito de exclusividade que estamos buscando.

Na hora de expor até mesmo carros e barcos, a idéia é tratarmos os mesmos com requintes de jóias expostas. Carros são exibidos em plataformas com iluminação especial, roupas em cabides únicos e produtos são expostos em displays exclusivos, tudo para realçar o status e os conceitos de exclusividades da peça.

E por falar em realçar os conceitos, quando falamos em iluminação, estamos falando em uma iluminação que valoriza as peças, em muitos casos, totalmente focadas. Algumas lojas utilizam-se de pontos de iluminação em tons mais quentes de modo a criar um maior valor agregado. Se o conceito da iluminação de uma loja popular era uniformidade, o conceito de iluminação de uma loja de luxo é o foco.

Falando em fachadas, se quando falamos de lojas populares falávamos de entradas ocupando quase que a totalidade da fachada da loja, quando falamos em lojas de luxo, e quanto mais luxuosa for a loja, menor e mais restrita será sua entrada.Veja o caso da Daslu, um dos templos do consumo de luxo em São Paulo. Se entra pelo estacionamento na loja de tal forma, que qualquer um que tivesse a pretensão de entrar à pé na loja, já se sentiria constrangido. Da mesma forma funcionam lojas como Tiffany´s e Giorgio Armani. A entrada é tão restrita e pequena na fachada que poucos se atrevem a entrar. Na verdade o conceito dessas fachadas baseia-se no “só entra quem pode”, o que não significa que você seria barrado na entrada da loja, mas que você só se sente à vontade para entrar na loja quando possui a intenção de comprar ou possui capacidade para consumir os produtos da loja.

No caso de comunicação visual e elementos de ofertas, vale lembrar que quanto mais alto o valor de luxo da lojas, menor o conceito, quando não nulo, de ofertas.
Ofertas em muitos casos, desvalorizam produtos e por conseqüência a marca. Ofertas quando expostas, mesmo em valores de oferta, oferecem valores muito acima dos produtos similares das concorrentes mais populares. Tudo em nome do valor da marca.


Um grande abraço e boas vendas


Caio Camargo


http://falandodevarejo.blogspot.com

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Formatos de Lojas postos em xeque.

Falando em formatos, como último post, o que será que anda acontecendo com esses supermercados ?

Antes o Carrefour tinha O Dia como segunda bandeira. Quando comprou a operação do Big em São Paulo, inventou o Carrefour bairro, e hoje, já volta atrás no nome em algumas unidades desse, transformando-os em Carrefour novamente...

E o Grupo Pao de Açúcar ? Haviam antes somente as três bandeiras, uma para cada situação: Extra para grandes vias e cidades, Pao de Acucar para bairros nobres e Compre Bem para bairros médios e de castas mais baixas.

E agora ? Primeiro veio o Extra Perto e depois o Extra Fácil. Nao que sejam más idéias, apesar de os conceitos de Extra Fácil e Extra Perto ainda não serem facilmente distinguidos pelo consumidor. Não há uma distinção ao consumidor do que seria um formato ou outro. Encontro tudo aqui também, ou somente produtos de conveniência ? Geram mais duvidas do que soluções. Tenho visto até mesmo em algumas unidades Extra Hipermercados, a remoção do nome Hipermercado, ficando apenas EXTRA. O que seria isso ? Regressão de formato ?

Isso nao seria canibalização ? Um Extra Facil ou um Pao de Açúcar, o que é melhor ?

Acredito que falta prumo e direcionamento. Desde que a Casino vem assumindo cada vez mais o Grupo, assistimos a uma completa revolução, no mal sentido da palavra, em tudo que havia sido plantado até o momento.

O que importa é a imagem que o consumidor tem da loja. Não adianta empresas tomarem decisões, posicionamentos de mercado, se o consumidor não aprende o que são e como comprar nesses novos formatos.

Quando se carrega um nome de hipermercado para uma loja de bairro, já possuindo uma rede de lojas de bairro, que supririam essa necessidade, das duas uma: Ou nao se sabe mais o que fazer, ou não se dá nenhuma importancia às outras bandeiras. Infelizmente.

Um grande abraço e boas vendas a todos


Caio Camargo

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Formato de lojas no varejo de construção

Dos anos 80 para cá, assistimos a uma grande transformação do varejo de construção como conhecemos. Com o advento do auto-serviço, passou de empoeirados balcões restritos a profissionais e ao público masculino para imensos locais de compras, cada vez mais generalizadas.

Hoje, abrange diferentes setores e atrai cada vez mais um público diverso, buscando produtos novos e variados, mas sem nunca deixar de oferecer recursos como preço e entrega diferenciada.

A partir do final dos anos 90, assistimos a uma nova transformação desse varejo, por meio de fusões e inserção de multinacionais e capitais estrangeiros dentro do setor.

Redes como C&C Casa e Construção, Leroy Merlin, Telhanorte e Castorama – que mais tarde teve sua operação no país incorporada à C&C – levaram o varejo de construção a um novo patamar, igualando-se em porte e oferta de produtos aos hipermercados e outros grandes varejos espalhados pelo mundo.

Entretanto, tal qual aconteceu com os hipermercados, estamos assistindo a um novo processo de implantação de lojas, pelo menos no que diz respeito a regiões metropolitanas, mais saturadas em frente à concorrência. As grandes redes varejistas, como Carrefour e Pão de Açúcar, estão aderindo a um novo modelo de negócio que simula uma grande tendência de mercado para nosso setor.

Para que se sustentem, formatos grandes precisam estar locados em grandes corredores urbanos, ou em cidades com alta densidade populacional, a fim de, com um grande tráfico de pessoas – e por conseqüência, clientes – suprir as necessidades econômicas de implantação e manutenção.

Com uma escassez de espaços com estas características, as grandes redes estão recorrendo à criação de submarcas, de espaço e mix reduzidos, capazes de se instalarem em bairros e cidades menores, dado o baixo custo e a limitada necessidade de vendas.

O Pão de Açúcar, por exemplo, utiliza a bandeira Extra como uma rede de hipermercados, implantados em locais de alto tráfego ou em bairros de grande densidade. Para bairros de perfil elevado, é sempre utilizada a bandeira Pão de Açúcar, a qual se tornou uma loja com um mix mais seleto de produtos, focado na qualidade. Para bairros mais carentes, é utilizada a bandeira Compre Bem, a antiga Barateiro, que hoje oferece aos seus clientes produtos de marcas consagradas por preços mais competitivos em relação ao mercado.

Dentro de nosso setor, os varejistas vêm se questionando qual é o melhor momento para tomar essa atitude e se a mesma ainda é necessária. Utilizando como motor uma grande rede, uma nova bandeira poderia usufruir melhor poder de compra e capacidade de entrega frente à concorrência de bairro.

O poder de fogo das lojas de bairro é enorme. Atualmente, 72% do capital gerado pelo setor têm origem no comércio de médio e pequeno porte. Redes como C&C Casa e Construção buscam novos formatos, criando conceitos como a C&C Express, loja de tamanho e mix reduzido localizada principalmente dentro de shopping centers. Todo o mix é focado em impulso e conveniência. Na contramão deste, algumas lojas estão se unindo e buscando parcerias, por meio da criação ou associações com cooperativas, como é o caso das redes Construir e Okinawa.

Associando-se, conseguem competir melhor com a indústria, posto que os pedidos são maiores e criam sistemas de armazenagem e logística próprios, gerando mais força de mercado. Se de um lado os home centers iniciaram um processo de “redução” de formato, a fim de entrar no bairro, as lojas de bairro estão “crescendo” por meio da associação com demais lojas.

Quem vence esta disputa? O consumidor, pois com o embate entre os dois lados, surgirão maiores ofertas de produtos e serviços.

Boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com/

terça-feira, 15 de julho de 2008

Quando o varejo vira sala de estar



Já repararam que quanto maior a loja, mais ela parece um espaço de “estar”, do que uma loja propriamente dita?

Estamos sempre dizendo que o varejo é cada vez mais um vendedor de soluções, e não mais um vendedor de produtos.
Pessoas buscam em um mesmo espaço resolver tudo de uma vez só, não importa o segmento, não importa quais categorias de produtos estamos falando. Por exemplo: Em uma loja de materiais para construção, as pessoas querem escolher tudo para a casa no mesmo espaço. De preferência, não querem ter de escolher o revestimento em uma loja e a cor das paredes em outra.

Lojas que oferecem as opções completas (com variedade e qualidade) vem ganhando a preferência do consumidor a cada dia.

Pensando desta maneira, poderíamos pensar que a área de vendas de uma loja deveria ser expressa, dinâmica, de uma maneira que o consumidor mal precisasse entrar na loja. Entrar-comprar-sair seria a diretriz básica de qualquer loja voltada ao cliente.

Nesse exato momento, estou dentro de uma cafeteria, localizada dentro de uma livraria, dentro de um shopping em São Paulo (um espaço dentro de um espaço dentro de um espaço).

Inicio a partir do momento que não vim ao shopping para fazer compras. Vim para passar o tempo, esperando acalmar um pouco esse transito louco da cidade, para que eu possa ir até meu destino (do outro lado do mundo) com um pouco mais de tranqüilidade.

Até aí já começamos a entender um fenômeno interessante. Shoppings Centers cada vez mais, principalmente os de perfis mais populares atraem pessoas dispostas apenas a passear. Saber agarrar o cliente, saber ofertar corretamente, é a grande chance que o lojistas tem de transformar pessoas “à passeio” em clientes reais.

O que tenho visto é como as lojas grandes vem se tornando locais de passeio, de estar para os clientes. Nessa livraria que estou nesse momento, ao passo que estou tomando um café e acessando a internet, posso estar vendo a revista da semana, por exemplo. Se eu me interessar por ela, a levo. Costumo comprar com certa voracidade livros e revistas de design e arquitetura. Não da para comprar um livro onde o conteúdo seja formado por imagens sem folha-lo! Lojistas muitas vezes trancam e encapam produtos imaginando que estão prevenindo perdas causadas por clientes dispostos a folhear algumas páginas. Quanto será que estão perdendo? Quantos venderiam se deixassem os clientes ler à vontade? Eu vejo inclusive sofás! É um convite a ler, a se aprofundar, a decidir, A LEVAR DEPOIS DE LER!

Também vejo fenômenos parecidos em hipermercados, principalmente aqueles que oferecem além de tudo um pouco, horários de atendimentos extensos, em muitos casos, funcionando 24 horas sem parar! Já reparou como as pessoas gostam de comprar durante a madrugada? Casais comprando frutas para um café da manhã, jovens comprando salgadinhos e doces depois da balada, ou até mesmo pessoas que não tem tempo para comprar durante o dia e que preferem comprar durante a madrugada, onde tudo é muito mais calmo.

Para algumas pessoas, supermercados próximos de casa são como extensões de suas residências, uma espécie de dispensa onde é só passar pelo caixa antes de consumir. Em um outro artigo, comentei sobre o case da Starbucks onde eles tem como missão ser o terceiro local das pessoas, junto com a residência e o trabalho das pessoas....um terceiro lugar...seu café diário, um estar. Supermercados tem convergido seus modelos, em alguns casos baseados completamente nos serviços de conveniência ao cliente. Em alguns supermercados, já é possível consumir produtos e iguarias no próprio local.

E quem imaginaria anos atrás que os antigos depósitos de materiais para construção se transformariam em incríveis templos de casa e decoração. Um exemplo disso é passear por uma das lojas de móveis Etna, onde só a forma de “percorrer” a loja já vale o passeio por sua inovação. Lojas como C&C Casa e Construção oferecem a seus clientes serviços como cyber cafés, espaço para recreações, atendimentos em espaços especializados, tudo para transformar o prazer de comprar também em entretenimento.

Decatlhon, Fnac, Livraria Cultura, Tok & Stok, entre tantas outras representam uma série de lojas e formatos criados de maneira não so a cativar a preferência dos consumidores, mas também de criar o hábito de entreter.

Boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com

Como as novas gerações impactam no modelo de negócio

O varejo tem presenciado uma nova leva de idéias. Nos trabalhos que venho realizando, tenho observado a presença cada vez mais constante de clientes mais jovens, sangue novo dentro do chão da loja, dispostos a mudar acentuadamente a maneira de conduzir os negócios.

Não importando o tipo de segmento que estamos falando, vejo que os pais e avós, muitas vezes fundadores dos negócios são completamente relutantes quanto à novas alterações.

Para que mudar o que deu certo até hoje, se até hoje garantiu o sustento de toda a família. Mudar, reformar, ampliar, não seria um risco ?

O grande embate que essas gerações enfrentam é exatamente contra a nova geração. Se a antiga geração muitas vezes iniciou os negócios da família sem nenhum tipo de estudo ou ambição, os mais jovens, retornando de faculdades, cursos de pós-graduação e viagens ao exterior retornam à empresa, dispostos a mudar tudo, ciente de que os negócios poderiam progredir muito mais se todos arriscassem, inovassem mais.

Acredito que de cada 10 clientes que buscam um escritório de varejo para uma reformulação, em pelo 80% das decisões de procurar “mudar”, existe uma visão de nova geração.

Entretanto, apesar desses 80%, 100% das decisões são aprovadas em família, e o medo, a insegurança de boa parte dessas gerações mais velhas, impedem o progressos que novas diretrizes poderiam ou não trazer (sim, porque em alguns casos, mudanças radicais e mal planejadas podem REALMENTE destruir um negócio de anos de tradição).

Acostumados a um ritmo que havia anteriormente, onde o abrir-vender-fechar-a-loja era quase que uma rotina, com o advento da velocidade de informação através das novas tecnologias, como a internet, e de ferramentas cada vez mais competitivas e agressivas de marketing, empresas que não acompanham o ritmo da informação vem perdendo vendas e clientes com intensidade a cada dia.

A inércia é a inimiga do sucesso quando falamos de varejo
(boa frase essa não? Pode usar em sua reunião, mas não esqueça de me dar os créditos).

Acompanhando o ritmo do abre e fecha da loja, hoje os varejistas tem de conviver com uma linha paralela, a da velocidade da informação.

E esse é um mal irreversível. Contar com o passado dos negócios, que sempre foram bem, imaginando que esse passado seja a garantia de um futuro próspero, é contar com a inércia, é abster-se de um mundo onde a informação anda cada vez mais depressa. Cuidado para não ficar para trás.

Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com

Atendendo clientes VIP

Dias atrás, conversando com uma pessoa do varejo, esta me questionou sobre alguns métodos para se atingir um bom cliente vip.

Acho interessante que as pessoas pensem em exclusividade e mordomias quando se pensa em clientes vip. Bebidas com bolhinhas, espaços reservados, e sofás confortáveis são sempre teclas batidas quando o assunto vem à tona.

O que eu acredito que um vip precisa, assim como todos é de apenas uma coisa: um bom atendimento.

Sentir-se confortável e bem atendido deveria ser premissa básica de qualquer varejista. No livro “O gênio do marketing” de Peter Fisk ele comenta sobre o case da Starbucks. O grande negócio da Starbucks é ser “o terceiro lugar” de todo cliente. O cliente tem sua casa, seu trabalho e a Starbucks. Ambientes, iluminação, e até mesmo a música são idealizados de maneira que o cliente se sinta confortável o tempo todo e fique à vontade por quanto tempo ele desejar.

Ser vip não significa ser tratado de maneira totalmente diferente. Quando você apenas compra seu cliente, você investe apenas naquela compra, pois em uma próxima compra, a oferta de seu concorrente pode ser melhor do que a sua. Quando você ganha seu cliente, você também tem sua fidelidade.

Já ouvi muitos casos de celebridades e pessoas de alto poder aquisitivo comprando. As mais sábias gostam de ser tratadas como pessoas comuns, mas não abdicam de serem tratadas bem, como todos os outros.

O que aumenta é apenas o nível de cobrança. Acostumadas com bons serviços, percebem e se frustram “nos detalhes” de um atendimento.

Não adianta um ambiente bonito, uma sala com ar-condicionado, se na hora de aprovar o crédito, você reserva ao seu VIP a mesma burocracia dos demais clientes.

O interessante é que se trate bem, o que é cada vez mais raro hoje em dia ! Infelizmente, quando falamos em atendimento, estamos falando de cargos e salários de base, ou seja, pessoas que muitas vezes não entendem o valor de um cliente para uma loja. Pessoas que não pensam em cliente, pensam em emprego somente.

Acredito que o segredo para um bom atendimento Vip está nas qualidades de quem irá atende-lo. Saber se portar, conversar, orientar, faz toda a diferença.

Esqueça as bebidas borbulhantes, concentre-se no atendimento !

Boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com

Criando fachadas de impacto



E vamos falar de fachadas. Aqui em São Paulo, onde realizamos a grande parte de nossos trabalhos, tivemos o impacto causado pelo impacto da Lei Cidade Limpa, que no início, todo mundo achou que seria uma lei que não “pegaria” por muito tempo, mas não so esta se manteve, como serviu de espelho para uma serie de cidades que vem buscando implantar limitações e restrições similares.

Não vou julgar o mérito da lei. Os resultados estão aí, e com o tempo, o mercado soube se adaptar às novas condições.

Mas, como é que se adaptaram?

Antes da lei, quando se tinha uma fachada em mente, a única idéia que se tinha em mente, na maioria dos casos, eram painéis em lona do maior tamanho possível, contendo uma quantidade quase que excessiva de informações, nomes, telefones, imagens, desenhos, etc.

Lembro que no primeiro impacto, todo mundo apenas “reduziu” os painéis. Não analisaram a lei com paciência, e por conseqüência desse fato, perderam muito em visibilidade e resultados.

Como criar fachadas sob regras tão rígidas?

O maior mérito dessa lei é não apenas ter limpado a cidade, mas também ter resgatado o “caráter arquitetônico” das fachadas. O que a lei julga são apenas anúncios publicitários, logotipos aplicados, e as fachadas em si, quando bem trabalhadas, podem até mesmo não precisar pagar nenhum tipo de taxa ou imposto à prefeitura.

Vamos citar um exemplo bem claro, possível de comparação à maioria dos brasileiros. Imagine uma loja do McDonald´s. Detalhes construtivos como cores, telhados tipologia, em conjunto, criam uma assinatura única de uma loja.

Não são necessários os “arcos dourados” para que você visualize a loja como uma loja McDonald´s.

Buscar uma assinatura arquitetônica única é uma maneira de fortalecer sua marca sem a necessidade de grandes gastos em painéis e anúncios. Não digo que cada loja que venha a ser criada deva ter uma assinatura como a de um prédio como o Masp (SP) por exemplo. Existem uma serie de circunstancias que fazem uma loja funcionar bem como vitrines, acessos, visibilidade de produtos. Inventar algo novo, inventar a roda, como gosto de dizer, é sempre bem vindo, entretanto, devemos pensar sempre como varejistas. Mil vezes uma loja feia que funciona, do que uma revolucionaria loja que não venda nada.

Fachadas são como cartões de visita de sua loja. Em muitos casos, uma boa fachada, uma boa vitrine, pode ser o fator de escolha de seu cliente entre entrar em sua loja ou na da concorrência.

Algumas possibilidades para uma boa assinatura podem ser criadas através da criação de pórticos únicos de entrada. Lojas como Tok&Stok, C&C Casa e Construção, Dicico e Telhanorte vem trabalhando essa “identidade de entrada” de maneira única. Todas as novas unidades das lojas C&C, por exemplo, são compostas de uma entrada imitando a “casinha” presente em seu logotipo. Uma forma criativa de manter a identidade da marca até mesmo nos aspectos arquitetônicos desta.

Uma outra maneira de destacar sua fachada é buscando uma assinatura única no momento de pintura da fachada. Um grande exemplo que posso citar nesse caso são as lojas da rede Carrefour, que adotaram um tom verde em toda sua comunicação, inclusive na fachada. O grande mérito é que pela primeira vez uma empresa ousou buscar uma cor totalmente desligada das cores de sua marca (lembrando: Carrefour = azul, vermelho e branco, o que ficaria extremamente pesado, ou fraco para uma fachada, dependendo de como se combinassem estas cores)

Tenho visto em São Paulo, principalmente nos varejos de bairro e de pequeno porte a utilização de grafites para a decoração das fachadas. Não tenho nada contra o grafite como arte, mas a não ser que seja um caso extremamente específico como o de uma loja que venda moda “street”, e que poderia ter algum contexto com a arte de grafite, acredito que o grafite não deva ser utilizado em fachadas. Desenhos “bonitinhos” não marcam a fachada, não criam valor para a marca. Pense que o grande negócio é criar valor para uma fachada para que esta traga valor para sua marca. Fachadas cheias de “deseinhos” não trazem valor algum.

Outra boa forma que principalmente bancos vem se utilizando é a de colocar grandes painéis recuados a partir de 1m da fachada da loja. A lei de São Paulo não considera como anuncio nada exibido 1m afastado da fachada, ou seja, a partir daí, é permitido qualquer maneira e qualquer tamanho que o lojista desejar. Num passeio rápido pela Avenida Paulista, é possível constatar uma série de fachadas dessa maneira.

Sendo assim, o grande lance é pensar na fachada como um apêndice de sua marca. Boas fachadas valorizam as marcas, boas marcas valorizam a loja, boas lojas vendem mais. Entendeu ?


Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com

domingo, 13 de julho de 2008

Novas mídias para o PDV

Estamos assistindo a um novo processo no varejo: depois da implementação do auto-serviço e da música dentro do ponto-de-venda, chega às lojas a comunicação por meio da imagem

Mal nos acostumamos a utilizar a música ambiente para conseguirmos acelerar as vendas, e uma nova mídia começa a tomar conta dos varejos, por meio das atraentes tevês de plasma e monitores touch-screen de última geração. O vídeo, tal como conhecemos, por meio da televisão e aparelhos de VHS ou DVD´s, não é novidade para ninguém. Entretanto, vale a pena refletir sobre o uso desse instrumento no varejo e as vantagens que ele pode proporcionar.

Em um passado não muito remoto, já se pensava na apresentação de comerciais e propostas no comércio para aumentar a venda de determinados produtos ou serviços. Uma idéia que não é errada, mas que não conversava diretamente com o público. Era apenas televisionada. Funcionava mais como entretenimento do que como uma alavanca para estimular a compra por impulso.

O que mudou, então? Algumas redes e marcas ousaram experimentar e já colhem bons frutos. Confira os exemplos que listamos a seguir. A moda tem usado este recurso com freqüência. A exibição de vídeos com o último desfile das grifes de moda, as top models famosas, exibindo modelos e tendências semelhantes aos que a loja reúne em exposição para atender suas clientes, tem um efeito poderoso. Quem não se lembra do frisson que a marca C&A causou ao contratar Gisele Bündchen como garota propaganda? As peças utilizadas pelo modelo nos comerciais eram rapidamente esgotadas nas lojas.

Entretanto, existe vida nova neste conceito. Dentro da Galeria Melissa, nos Jardins, em São Paulo, é possível, por meio dos monitores espalhados pela loja, escolher qual seu tipo favorito de calçado e verificar quais as cores disponíveis em cada modelo, etc.

A rede C&C Casa e Construção, com lojas localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, complementa suas lojas de showroom, bem como suas lojas de formato reduzido, a C&C Express, oferecendo em terminais espalhados pela loja a compra de todo o seu mix por meio de seu site. Se você entrar em uma loja e não encontrar o que procura, a venda complementar é feita toda virtualmente.

Algumas cadeias de fast-food dentro de shopping centers vêm trocando os estáticos menus de acrílico por terminais de plasma. Neles, são intercaladas além das ofertas do menu, pequenos filmes de sanduíches ou refeições sendo preparados. Além de um banquete visual, pois a loja ganha vida com isso, os produtos parecem muito mais apetitosos do que em displays estáticos. Os sanduíches mostrados, por exemplo, exibem a tradicional fumacinha de "feitos na hora

A Suvinil há pouco tempo apresentou um sistema de "simulação" de ambientes, no qual era possível, dentro de ambientes pré-determinados, escolher cores e revestimentos para paredes e tetos. Visualizando o efeito final, o consumidor fica mais seguro da escolha e a venda acontece com maior produtividade.

Na área da tecnologia, por exemplo, a Microsoft recentemente apresentou uma nova geração de computadores chamada SURFACE que promete, além de revolucionar o uso pessoal de computadores, inovar toda uma gama de serviços oferecidos hoje, inclusive o varejo. Será possível, num futuro não muito distante, você entrar em um restaurante, visualizar o menu na própria mesa (a mesma funcionará como um monitor), selecionar todo o seu pedido, e ainda na hora de pagar, apenas colocar seu celular sobre a mesa. Por meio da tecnologia bluetooth todos os dados de pagamento serão transmitidos à sua operadora.

O que está por vir no varejo ainda é uma grande incógnita. O que realmente importa, é que independentemente de tecnologia, vai se destacar e ter melhores resultados quem, além de oferecer todos os novos recursos tecnológicos disponíveis, não esquecer de fornecer um atendimento atencioso e comprometido com as necessidades do cliente.

sábado, 12 de julho de 2008

Não improvise: Trabalhe sua marca desde o início e comece grande.

Não importa o tamanho de sua loja ou estabelecimento, a diferença entre começar pequeno e começar grande pode estar em apenas um detalhe: o valor que você dá a sua marca.

Se você abriu seu comércio sem pensar em sua marca, sem ao menos o cuidado de dar um nome à sua loja, então não leia as palavras a seguir. Dedique-se a criar sua marca. Não existe uma só loja que tenha se tornado forte sem possuir uma marca forte. Para se ter uma idéia, há empresas onde a marca é o ativo mais valioso da empresa em si, como Coca-cola, Nike, entre outras.

Agora para quem pelo menos iniciou da maneira correta o negócio, pensando em marca, logotipo (logotipo, logomarca, símbolo, já se perguntou qual o nome correto ?....vamos discutir isso em um outro tópico).

O grande problema que vejo em lojas pequenas é o completo descaso na hora de informar, de precificar...se faz muitas vezes de qualquer maneira, de qualquer jeito, uma folha de sulfite e uma caneta na mão....na maioria das vezes o resultado é desastroso

É fácil encontrar uma situação onde não haja nenhum padrão na maneira de escrever, na maneira de comunicar, no tipo de papel ou splash que se usa para divulgar, nem ao menos nas cores que se utiliza!

Em um mundo perfeito, o correto é que decida e busque uma padronização para todo o tipo de informação que sua loja for utilizar: dos preços dos produtos à informação de legislação obrigatória que você terá de usar.

É obvio que o melhor caminho seria um bom projeto de comunicação visual, com a aplicação de bons materiais de acordo com sua marca e com o posicionamento de sua empresa.

Entretanto, no mundo real, temos que trabalhar situações possíveis. Se dentro de suas possibilidades do momento, não há a menor chance encomendar um projeto de comunicação visual, utilize-se de ferramentas básicas para criar um bom visual.

Um bom processador de textos, como o Word, e uma impressora já conseguem criar um bom resultado.

Escolha um tipo de fonte (um tipo de letra), decida qual a cor e o tamanho que elas vão ter, qual o tamanho necessário para que seja visíveis para seus clientes. Decida e nunca mais abdique de sua escolha. Em qualquer folha que for imprimir, faça valer o padrão e sempre utilize das fontes/ cores escolhidas. Imediatamente você irá notar a diferença no visual.

Um segundo passo que pode ser dado e ajuda a valorizar mais ainda a marca é ao invés de se utilizar folhas de sulfites simples, mandar rodar em gráfica folhas já com seu logotipo ou uma mensagem impressa. Á uma proporção de custo x benefício razoável, sua marca ganha ainda mais força
Em um outro artigo desse blog eu estive falando sobre a importância da aparência de sua loja, na hora do momento de compra do cliente.

Alguns truques visuais como esse, e seu cliente o verá com novos olhos. Ao invés de começar pequeno, comece grande.

Manual de Merchandising: A importancia da aparência

Essa é uma brincadeira que sempre faço antes de iniciar meus cursos e palestras, para que as pessoas entendam o que significa um bom merchandising




















Olhem para essas duas imagens acima cuidadosamente e responda à essas perguntas:

1.) Em qual desses restaurantes voce acha que a comida é mais barata ?
2.) Em qual desses resturantes voce acha que a comida é mais confiável ?
3.) Em qual desses restaurantes voce comemoraria seu aniversario ?
4.) Em qual desses restaurantes voce almoçaria no seu dia-a-dia ?

Provavelmente, considerando as imagens, suas respostas foram parecidas com essas:

1.) O restaurante da esquerda parece ser mais barato pela mobília e a falta de cuidado que apresenta
2.) O restaurante da direita me parece mais confiável por possuir um aspecto mais higiênico, além de uma mobília melhor cuidada
3.) No restaurante da direita eu comemoraria meu aniversario pois aniversario é uma data de homenagem, e por isso, quero o melhor para mim.
4.) Se a comida do da esquerda for boa e barata, por que não ? rs.

A brincadeira que eu quero deixar aqui é que somente olhando para essas duas imagens, sem nenhuma palavra escrita nelas, você gerou uma serie de conceitos em sua mente sobre cada um dos ambientes: é bonito, é feio, serve para mim, não serve para mim, comeria lá, nunca nem pisaria num local desses !

Merchandising é isso aí ! É trabalharmos com os aspectos principalmente visuais da loja, de modo a garantirmos a imagem correta de nossa loja ou dos produtos expostos ao cliente.

Freqüentemente criamos promoções, compramos corretamente, mas não vemos o empenho de nossos esforços reverterem em resultados. Talvez o erro não esteja na maneira de agir, mas sim na maneira que o consumidor vem enxergando sua loja.

Com o passar do tempo, estarei tratando de alguns aspectos de uma boa loja: fachadas, layouts, comunicação visual e precificação de produtos.

O que voce gostaria de ver nesse blog ? Que assunto gostaria que fosse tratado ?

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Catequizar o cliente

A dica de hoje pode parecer simples, mas entender esta pode ser um pouco complexa.

A dica é antes de cobrar resultados, catequize.

Em meus tempos de gerente de merchandising, durante as eventuais cobranças junto às equipes de reposição e estoque, fui ensinado pelo meu diretor à época, que antes de se cobrar algo de alguém, é necessário educar, catequizar, nas palavras dele.

Demorei para entender esse conceito, que só se cobra aquilo que se catequiza, e os valores dessas palavras ainda ecoam diariamente na minha rotina de trabalho junto à lojistas, principalmente durante os casos que conversamos durante as palestras de “merchandising no varejo de construção”.

E acredito que aqui no blog eu posso colocar em prática essas palavras de duas maneiras bem distintas: Sobre como funciona sobre sua equipe, e sobre como funciona com seus clientes.

Como funciona sobre sua equipe.

Freqüentemente, reclamamos da capacidade de nossos funcionários, de como estes não são devotos à saúde da empresa, e de principalmente, como o negócio em si só funciona quando estamos presentes na loja. Basta “tirarmos o umbigo do balcão”, e a loja vira um caos.
A grande verdade, infelizmente, é que você nunca foi, não é, e nunca será um diferente de qualquer funcionário seu. A grande diferença é que voce é o único que sabe os reais valores das ações em sua empresa, o real valor de uma venda, e principalmente, o real valor de um cliente seu.

Espalhe esses valores, ensine seus funcionários, eduque-os a ver a loja em que trabalham como os mesmos olhos que voce, e verá melhores resultados. A palavra de ordem é treinamento, não há formula mágica para o sucesso.

Mas e para sua loja ?

Para sua loja, as palavras funcionam de maneira mais simples.

Quando nos trabalhos de nosso escritório lidamos com clientes que pretendem alterar o atendimento de balcão para um atendimento de auto-serviço, a primeira instrução que passamos é que mudanças bruscas perdem os clientes. Não adianta mudar de balcão para auto-serviço e esperar que seu cliente compreenda isso perfeitamente. A mudança deve ser gradual. Conforme meu amigo Eduardo do Blog do Varejo (http://www.varejototal.zip.net) diz: “O balcão é um link entre cliente e vendedor”. O rompimento bruto desse link pode criar a desistência de seu cliente.

E não é só para isso que servem estas palavras. Imagine um produto novo, que nunca foi visto, e que seu uso ainda é desconhecido para o publico.
Monte uma linda pilha na loja, com um cartaz arrasador de bom preço e quais serão os resultados: Nenhum. Afinal de contas, para que comprar, se não sei para que serve ?
Eduque, crie a demanda, para depois criar a oferta. Nunca é a oferta que cria a demanda. Voce pode ter pilhas de coisas que na cabeça do cliente não servem para nada, que não fará a menor diferença. Eduque sobre a importância do produto, e talvez o mesmo não precise nem estar exposto !

Por isso pessoal, é como falei no começo desse artigo.

CATEQUIZEM.

Um grande abraço e boas vendas.

Store-in-store e setorizações


Já ouviu falar de store-in-store? O conceito ao pé da letra significa loja na loja, ou seja, uma loja funcionando dentro de uma loja.

É comum encontrarmos em algumas lojas, por exemplo, uma loja de brinquedos, um espaço dedicado à uma determinada marca ou tipo de brinquedos. Há alguns anos atrás, a Disney desenvolveu esse conceito dentro de algumas lojas no Brasil, criando verdadeiros espaços de fantasia para a garotada. A garotada se encanta, interage, se diverte e por conseqüência, os pais, receosos do choro dos filhos, acabam por comprar mais.

Até pouco tempo atrás, o que se via era sempre a representação de uma marca dentro do conceito de uma loja. Durante anos, o store-in-store fazia parte das estratégias de marketing e merchandising dos fabricantes apenas. Varejistas viam esses espaços de exclusividade apenas como uma operação para gerar maiores lucros, locações, melhores negociações, etc.

De uns tempos para cá, esse cenário vem cada vez mais se transformando. Estamos assistindo a uma revolução desse conceito. Os próprios varejistas passaram a enxergar o conceito de store-in-store, não apenas para gerar maiores lucros em determinados setores, mas também para criarem oportunidades de inserção de novas categorias, e até de departamentos por inteiro.

Caso claro disso vem dos supermercados: O wal-mart hoje é o maior vendedor de vestuários do mercado norte-americano. O consumidor se habituou a comprar roupas, casuais ou não, dentro do mesmo espaço onde compra os mantimentos para o mês.

Mas e no mercado brasileiro ? Comprar cuecas, meias, ou até mesmo chinelos, não é nenhuma novidade no mercado brasileiro, mas como criar o conceito de comprar vestuário, até mesmo para trabalho ou o passeio do final de semana ?

Todo mundo adora comprar roupa em lojas de shopping ou similares. As grandes marcas funcionam como status social. Vestir roupas de marca x ou y por muitas vezes, auxiliam o individuo a se sentir confortável em seu meio social.

Agora, quem compraria uma calça jeans em uma loja Extra ou Carrefour e sairia propagandeando por aí: gostou da minha calça? Comprei no Carrefour!

O primeiro passo para quebrar a barreira de comprar roupas em um supermercado foi o de criar o conceito de “se esquecer completamente que se está em um supermercado”.

Gôndolas altas bem posicionadas, limitam a altura dos olhos, dando como única visão ao cliente, peças de vestuário. O próprio piso da loja passa a possuir um revestimento diferente, muitas vezes em carpete de madeira, buscando criar valor onde se está pisando.

Provadores, araras diferenciadas e imagens humanizadas dão o clima final, criando a percepção de valor do produto.

E falando de produto, obviamente, nunca se iniciaria a venda de produtos de vestuário de supermercado apostando na venda de ternos ou vestidos de festa. A idéia é, uma vez que já é assimilada pelo mercado a compra de peças de vestuário básicas, continuar a cadeia de compra, oferecendo calças jeans, camisas casuais, jaquetas em épocas de inverno. Peças que compõe um visual básico, porém inteligente.

Mas somente apostando na qualidade de um produto é que podemos apostas na longevidade de compra, na criação de valor por parte de cliente. Quando ele “aprende” que comprar roupas em supermercado é um bom negócio, dificilmente deixará de comprar.

Não importa em que tipo de varejo você trabalhe, mesmo que limitado à apenas uma categoria, entre na loja, respire fundo e pense: onde é que eu preciso destacar meu produto? Onde é que meu cliente precisa ser “educado” a comprar? O limite entre uma venda com sucesso ou fracasso de um novo produto pode estar na resposta dessa questão.

Acredita que tudo isso acima não vale a pena ? Pense: Há alguns anos atrás, você pensaria em comprar televisores, geladeiras ou computadores em um supermercado? Você foi educado.