terça-feira, 15 de julho de 2008

Como as novas gerações impactam no modelo de negócio

O varejo tem presenciado uma nova leva de idéias. Nos trabalhos que venho realizando, tenho observado a presença cada vez mais constante de clientes mais jovens, sangue novo dentro do chão da loja, dispostos a mudar acentuadamente a maneira de conduzir os negócios.

Não importando o tipo de segmento que estamos falando, vejo que os pais e avós, muitas vezes fundadores dos negócios são completamente relutantes quanto à novas alterações.

Para que mudar o que deu certo até hoje, se até hoje garantiu o sustento de toda a família. Mudar, reformar, ampliar, não seria um risco ?

O grande embate que essas gerações enfrentam é exatamente contra a nova geração. Se a antiga geração muitas vezes iniciou os negócios da família sem nenhum tipo de estudo ou ambição, os mais jovens, retornando de faculdades, cursos de pós-graduação e viagens ao exterior retornam à empresa, dispostos a mudar tudo, ciente de que os negócios poderiam progredir muito mais se todos arriscassem, inovassem mais.

Acredito que de cada 10 clientes que buscam um escritório de varejo para uma reformulação, em pelo 80% das decisões de procurar “mudar”, existe uma visão de nova geração.

Entretanto, apesar desses 80%, 100% das decisões são aprovadas em família, e o medo, a insegurança de boa parte dessas gerações mais velhas, impedem o progressos que novas diretrizes poderiam ou não trazer (sim, porque em alguns casos, mudanças radicais e mal planejadas podem REALMENTE destruir um negócio de anos de tradição).

Acostumados a um ritmo que havia anteriormente, onde o abrir-vender-fechar-a-loja era quase que uma rotina, com o advento da velocidade de informação através das novas tecnologias, como a internet, e de ferramentas cada vez mais competitivas e agressivas de marketing, empresas que não acompanham o ritmo da informação vem perdendo vendas e clientes com intensidade a cada dia.

A inércia é a inimiga do sucesso quando falamos de varejo
(boa frase essa não? Pode usar em sua reunião, mas não esqueça de me dar os créditos).

Acompanhando o ritmo do abre e fecha da loja, hoje os varejistas tem de conviver com uma linha paralela, a da velocidade da informação.

E esse é um mal irreversível. Contar com o passado dos negócios, que sempre foram bem, imaginando que esse passado seja a garantia de um futuro próspero, é contar com a inércia, é abster-se de um mundo onde a informação anda cada vez mais depressa. Cuidado para não ficar para trás.

Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
http://falandodevarejo.blogspot.com