sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Notícia: Pequeno varejo cresce 10,8% em 2008

Notícia publicada no Diario do Grande ABC
Por Soraia Abreu Pedrozo

Apesar da crise financeira internacional, o pequeno varejo - que representa as micro e pequenas empresas - encerrou 2008 com alta de 10,8% nas vendas em comparação a 2007. Isso é o que aponta a Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo realizada mensalmente pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) com base em cerca de 600 estabelecimentos comerciais paulistas.

O resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho do setor de materiais de construção, que registrou alta acumulada até dezembro de 29,9%. O segmento de móveis e decorações também contribuiu, com elevação de 9,4% nas vendas, seguido pelo ramo de vestuário, tecidos e calçados, com incremento de 8%.

Em seguida, encontram-se medicamentos e perfumaria (5,9%), produtos alimentícios (3%) e eletrônicos (2,2%). Já o setor que mais sofreu queda no comércio no ano passado foi o de autopeças e acessórios com retração de 14,2% em 2008.

AVALIAÇÃO - Para Fábio Pina, economista da Fecomercio, ao final de 2008 havia mais pessoas empregadas e com mais renda do que no mesmo período no ano anterior, por isso o resultado positivo.

Se considerarmos apenas o desempenho dos setores nos últimos dois meses de 2008, o ramo de materiais de construção apresentou recuo de 4,4% em novembro e leve recuperação de 0,5% em dezembro. Já o setor de móveis e decorações obteve retração de 3,5% em novembro e crescimento de 5,9% em dezembro.

O destaque no último mês do ano ficou por conta do segmento de vestuário, tecidos e calçados, que, embora tivesse caído 0,2% em novembro, registrou alta de 46,4% em dezembro.

Outro motivo que pode ter influenciado no saldo de elevação nas vendas do ano passado, na opinião do economista, é que as micro e pequenas empresas demoraram mais para ver as vendas crescerem enquanto a economia estava aquecida e, agora, com a turbulência, parece que ainda não sentiram as pressões do momento.

"Acredito que ainda no primeiro trimestre essas empresas não vão sentir os reflexos da crise, mas no segundo trimestre sim. Com certeza devemos ter uma queda nos números deste ano em comparação a 2008", diz Pina.