
Apontada por especialistas como a fatia do mercado mais resistente aos efeitos da crise, a classe C tem sido alvo de uma nova onda de produtos e marcas específicas lançados para atender a esse segmento.
Muitos investimentos foram planejados antes da crise, mas as empresas decidiram ir em frente porque apostam na capacidade de consumo desse grupo e na migração do consumo das classes A e B para itens mais populares.
Pesquisa feita pela agência McCann Erickson, que investiga as tendências do consumo na classe C, mostra que esses consumidores não estão mais em busca do acesso a bens, mas, sim, da melhoria de qualidade.
Um exemplo está na alimentação:
Para 38% das mil famílias entrevistadas em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia, o valor nutricional é o item mais importante em um produto.
Para 82% dos entrevistados, nutritiva é a comida preparada em casa, onde 76% fazem sua principal refeição, o jantar.
A pesquisa mostra ainda que a posse de eletroeletrônicos é associada por 82% dos entrevistados ao lazer para toda a família.