quarta-feira, 4 de março de 2009

Notícias: FAT garante R$ 200 milhões para lojas de veículo usado

Notícia publicada na Gazeta Mercantil
Por Ayr Aliski

BRASÍLIA, 4 de março de 2009 - O Ministério do Trabalho e Emprego formalizou ontem com a Federação Nacional de Revendedoras de Automóveis Usados (Fenauto) o compromisso de não demitir trabalhadores como contrapartida à liberação de R$ 200 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para linhas de crédito emergencial para as empresas revendedoras de veículos usados, que já estão sendo oferecidas pelo Banco do Brasil. "Precisamos fazer todos os esforços possíveis para que vocês mantenham esses postos de trabalho", disse o ministro aos representantes dos revendedores. De acordo com a Fenauto, o setor emprega direta e indiretamente cerca de 600 mil pessoas.

Com o acordo firmado ontem, fica formalizada a decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) que estabeleceu que as empresas que se beneficiassem dessa nova linha de crédito tem que manter os empregos e criar condições para gerar novos postos de trabalho.

A linha especial de socorro a revendas de carros usados começou a ser operada pelo Banco do Brasil em 26 de fevereiro. Trata-se do FAT Giro Setorial, destinada às micro, pequenas e médias empresas do varejo de veículos usados (automóveis, caminhonetes e utilitários). Cada empresa pode obter até R$ 200 mil, com limite para a contratação até 30 de dezembro deste ano. Será cobrada a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 11,206% ao ano, o que resulta em taxa mensal de 1,4%. O prazo de pagamento pode chegar a 24 meses, incluindo cinco meses de carência. Trata-se, portanto, de linha destinada a Pessoas Jurídicas, sem envolver o financiamento direto do carro usado.

Apesar de Lupi e Fenauto terem assinado ontem acordo para bloquear demissões, na prática isso já estava sendo exigido pelo Banco do Brasil. Na obtenção de recursos da linha FAT Giro Setorial, é fixado no contrato assinado pelas revendas de veículos o compromisso de manter os empregos existentes na data da assinatura do documento de formalização do crédito.

Também é exigido manter os postos de trabalho que vierem a ser gerados durante a vigência da operação. De acordo com o BB, cerca de 3,5 mil revendas de automóveis devem ser beneficiadas, em um grupo que gera faturamento bruto anual de R$ 60 milhões.

Quanto ao desempenho do mercado de trabalho em fevereiro, Lupi disse que se houver saldo positivo na geração de empregos em fevereiro, este será bastante reduzido. Ou seja, o ministro mantém a projeção de recuperação nos postos formais de trabalho somente a partir de março.

Nesta semana, o ministério começou a receber dados sobre contratações e demissões realizadas em fevereiro. São os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), o qual apontou 654 mil dispensas em dezembro e mais 101,7 mil demissões em janeiro.


Comentando a notícia:

Eu acho interessante isso, e já havia comentado aqui no blog.
O que o varejo de carros usados precisa é de uma novo pensamento.
Não adianta o governo abaixar impostos e o varejista segurar sua margem de lucro, depreciando o automóvel usado de seu cliente.
O carro usado na maioria das vezes é moeda, e em tempos de desvalorização, o consumidor aguarda por um período melhor.
Valorize a troca, aproveite os incentivos e ofereça valia.
Reduza as margens e busque maximizar o numero de negociações.

Crédito é bom e sempre bemvindo. Bom senso também.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
http://falandodevarejo.blogspot.com