quarta-feira, 18 de março de 2009

Reformar a loja: O que fazer primeiro?

Ola a todos.

O artigo de hoje traz um tema bastante interessante. REFORMA DE LOJA.

Se montar uma loja muitas vezes já é um processo difícil, não somente falando da parte física (montagem) e processual, mas principalmente pelas expectativas e temores que rondam a cabeça do lojista, reformar então, na visão de muitos, seria o equivalente à verdadeira representação da palavra inferno.

Seja um negócio consolidado, muitas vezes precisando apenas de uma repaginação, uma atualização, ou um negócio à beira da falência, o tema ainda causa muita dúvida e receios. Por isso, vamos falar sobre algumas atitudes que tem a ver não com a economia de materiais ou a velocidade da obra, mas sim, o impacto que suas reformas causarão em seus clientes.

A primeira pergunta que todo o lojista sempre faz é: Preciso fechar minha loja para reforma-la, ou posso reformar a mesma funcionando normalmente?
Essa primeira questão nos remete à alguns processos interessantes:

Lojas que trabalham em regiões nas quais aos finais de semana permanecem de portas fechadas, ganham dois dias (sábado e domingo) para que os processos mais “pesados” ou complicados da obra, como um assentamento, ou a troca dos revestimentos, sejam realizados.

Nesse meio termo, os processos mais leves, como uma pintura de parede, ou uma pequena instalação de mobiliário pode ser feita até mesmo durante as atividades diárias da loja.

O que o varejista precisa nesse momento, é de um certo “feeling” sobre seus consumidores. Se o mesmo acredita que o barulho poderá atrapalha-lo em algum momento, ou perturbar seus clientes, então é recomendado que esses processos sejam, no mínimo, realizados durante o período noturno, após o encerramento das atividades, quando possível.

Mesmo tendo que colocar lonas para fechar a visão de partes da obra ou até mesmo interditando algumas áreas, dependendo do tipo de comércio e do tipo de consumidor, esses processos pouco influem nos resultados de venda. Obviamente que quanto maior e mais complexo o processo, maior a probabilidade de queda nos resultados.

Entretanto, o lojista deve entender que uma queda no resultado não significa que o consumidor não irá mais ao estabelecimento. Em alguns casos, esse consumidor está apenas “aguardando” sua reforma, esperando alguma novidade ou alguma promoção especial de reinauguração.

Se for possível fechar a loja para a reforma completa, o nível de expectativa criado junto ao consumidor é ainda maior, assim como os resultados posteriores. Para pequenos passos, recomenda-se procurar reformar a loja durante sua operação, nem a necessidade fechar esta. Entretanto, para passos grandiosos, em muitos casos, é mais interessante que se feche a loja, mesmo que apenas um ou dois dias antes da reinauguração, para que o fator “expectativa do cliente” seja elevado.

Outra questão sempre em voga é a questão de que alguns lojistas provém de poucos recursos e em muitos casos, buscam optar em reformar a fachada ou o layout da loja. O que é melhor reformar primeiro?

Isso depende. Cada um tem um fator de resultado diferente.

Uma nova fachada, mais atrativa, irá atrair seus consumidores, e provavelmente,novos consumidores pelo fator de curiosidade. A nova “cara” da loja remete à uma loja completamente nova.

Um novo layout, uma reforma interna, irá causar impacto em seus atuais clientes, os que já entravam em sua loja, e o resultado pode ser uma otimização no valor médio gasto por cada cliente, resultado normalmente esperado ao se reformar uma loja.

Entretanto, se você reformar a loja internamente, sem reformar o aspecto externo (fachada), irá deixar de aproveitar um potencial máximo de sua loja. Em alguns casos, como na alteração de um modelo ou processo de loja, como uma loja que passa de um atendimento de balcão, para uma loja de auto-serviço, um menor numero de clientes no primeiro momento, pode até ser benéfico, uma vez que a loja ainda precisa se acostumar com o novo processo, ou seja, “encontrar seu ritmo”.

Ao reformar apenas a fachada da loja, você provavelmente atrairá novos clientes em potencial, entretanto, não havendo atratividade ou diferença no ponto-de-venda, o que será causado provavelmente será uma sensação de indiferença por parte do consumidor. Nesse caso, tente uma promoção relâmpago e de impacto, para quem sabe, reverter a curiosidade em compra.

O ideal é procurar dosar os dois processos. Nem toda a reforma necessita de um grande gasto, ou um grande esforço. Entretanto, grandes esforços geram grandes resultados.

Pense nisso.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
http://falandodevarejo.blogspot.com/