terça-feira, 24 de março de 2009

Varejo Eletrônico: Vale a pena entrar nessa?

Ola a todos

O que antes era tido apenas como um modismo, ou apenas uma questão de “estar em todos os lugares” para algumas empresas, hoje está mais do que consolidado como um universo à parte, um terreno, uma nova região a ser explorada. Estamos falando de varejo eletrônico. Onde você está, se não está aqui?

O retrato do varejo brasileiro na internet é bastante peculiar. Dos varejos que possuem qualquer tipo de referência na internet, que variam de um site próprio (www.loja.com.br), ou até mesmo uma página hospedada em algum portal do segmento ou regional (www.portal.com.br/loja), são poucos aqueles que se aventuraram por utilizar a Internet não apenas como um catálogo ou lista telefônica mais atualizada, e sim, como um verdadeiro canal de vendas.

Os números do varejo eletrônico brasileiro são animadores. Mesmo com uma crise assolando o mundo, o varejo eletrônico brasileiro apresentou um crescimento no ano passado de cerca de 30%, e a perspectiva deste ano é estimada em torno de 20 a 25% de crescimento sobre o ano passado, movimentando cerca de R$10 bilhões em bens de consumo, segundo dados de um levantamento realizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em conjunto com a E-bit, empresa de consultoria especializada no setor. A expectativa é que até o final do ano, seja ultrapassada a marca de 15 milhões de brasileiros comprando pela Internet.

Grande parte desse crescimento espantoso deve-se à ascensão do poder aquisitivo das classes “C”,”D” e “E”, que com maior poder de compra e financiamentos vantajosos, pode ter acesso à bens de consumo como celulares, notebooks e computadores. A ascensão dessa parcela da população ao mundo virtual talvez fosse o motivo esperado para lojistas pequenos finalmente entrarem na Internet. Se antes apenas consumidores de classes A e B compravam pela Internet, hoje consumidores de classes mais populares vão à Internet principalmente atrás de preços mais atrativos, com o auxílio de ferramentas de comparação de preços, como encontrados nos sites Buscapé ou Bondfaro, ou ainda em sites de leilões eletrônicos, como o Mercado Livre, que no Brasil, perdeu um pouco a característica de leilão, para se tornar para muitos varejistas, principalmente os revendedores de produtos próprios, uma porta de entrada para o comércio eletrônico.

Esse movimento se deu principalmente pela facilidade que esses sites trazem, dispensando a necessidade de servidores próprios ou preocupações como cobrança, segurança, etc.De olho nesse mercado, sites como Locaweb e Uol lançaram ferramentas próprias, facilitando que os pequenos e médios varejistas possuam seus próprios sites de maneira simples, rápida e principalmente barata, sem qualquer tipo de preocupação. Praticamente uma vitrine online.

A grande vantagem existente na internet é a questão do espaço. Diferente do varejo físico, onde o que importa é a área de vendas, o mix de produtos, ou até mesmo a imponência da fachada, na Internet, todos os concorrentes possuem o mesmo espaço e acabam por diferirem, num primeiro momento, apenas pelo layout gráfico ou atratividade de ofertas na página principal.

Um design atrativo e diferenciado, com bons produtos e ofertas, pode criar oportunidades de venda até mesmo frente à grandes concorrentes do mercado.

Frente a isso, num segundo momento, o que vai importar ao seu cliente é a qualidade de serviço prestada, como a confiabilidade e segurança das entregas, pagamentos e até mesmo, possíveis devoluções.Conseguindo ganhar num primeiro momento pela oferta, e num segundo momento pela qualidade de serviço prestada, são as chaves de sucesso no mundo digital.

O varejo eletrônico de hoje já não é uma brincadeira ou um modismo. A internet partiu de simples referência digital para uma completa solução comercial. Estar ou não deixou de ser uma opção, para ser tornar a grande chance que sua empresa precisava. Cadê você?


Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO