quarta-feira, 6 de maio de 2009

INOVAÇÃO 2009

Na última quinta-feira (30/05/09), tive a oportunidade de participar do evento Inovação 2009, realizado no Hotel Renaissance, em São Paulo, promovido pela Falzoni & Alves Lima juntamente com a Little e a J2B, em parceria com diversas empresas.

O foco do evento foi “O sucesso do ponto-de-venda em tempos de mudança”. A intenção do evento era provocar a inspiração da platéia, através de excelentes insights e exemplos.

O evento foi iniciado por Manoel Alves Lima, da F&AL que iniciou sua apresentação parafraseando Abilio Diniz: “Se andarmos, o Brasil anda. Se pararmos, o Brasil pára”.

Foram apresentados diversos projetos e tendências internacionais, mas a principal mensagem passada era a de que a diferença entre um projeto arquitetonico e um projeto para o varejo não se resumia apenas na beleza, mas em representar o valor da marca, repassando ao consumidor todo o seu posicionamento (quem sou, a quem me dirijo e a qual preço)

Um caso muito interessante foi apresentado:

Segundo Manoel, o “ser humano é o unico capaz de enxergar a beleza”, entretanto, essa beleza é variável de acordo com o tipo de consumidor. Segundo ele:

Para lojas de perfil popular: O que vale como beleza é o padrão, a uniformidade.
Para lojas de perfil luxo: O que vale como beleza é o diferente, o único, o inovador.

Nesse caso, falou-se muito da questão de quebra de paradigmas e da utilização do humor para a composição de peças e projetos. A intensidade deste também varia de acordo com o perfil do consumidor, permitindo intervenções mais audazes no varejo de luxo do que no varejo popular.

Outro conceito abordado e em bastante ascensão como tendência no mercado são as lojas do tipo POP-UP, lojas criadas pelas marcas especialmente para uma determinada época ou lançamento de produto (ex: Loja MagnuM, da Kibon, recentemente aberta na Rua Oscar Freire, em São Paulo)

Little

Na sequência do evento, o Diretor da RDI e VP da Little, Bryan Dyches, continou a abordar o foco do evento, inspiração, apresentando formas de como as marcas poderiam inspirar seus consumidores.

Em um dos momentos, Dyches, falou sobre sua experiência e colocou no ar uma frase a qual eu acredito que seja extremamente importante para todo varejista: “Você deve criar oportunidades e possibilidades a todo cliente que entrar em sua loja” – O que pode até parecer até mesmo óbvio, nao é implantado pela maioria dos atendentes de loja, que atendem bem clientes que eles imaginem que irão comprar bem, e atendem mal clientes que vem apenas conhecer a loja, ou comprar apenas algo de pouco valor.

Segundo Dyches, uma das ferramentas mais importantes na hora de desenvolver um projeto está em “buscar a necessidade do cliente, através de um modelo de negócio que possa criar e entregar o valor da marca à este”.

O ponto-de-venda deixa de ser apenas um local onde as mercadorias são vendidas para se tornar um verdadeiro porta-voz da marca.

Foram apresentados diversos projetos e maneiras de se criar um ambiente de PDV envolvente, de acordo com a marca.

Segundo Dyches, se a mensagem, ou posicionamento da marca não for clara no ponto-de-venda, isso permite ao consumidor criar sua própria imagem da marca, às vezes, abaixo do esperado:

“O que voce é não é o que você vende”. (What you are is not what you sell)

Fica essa última frase para nos questionarmos um pouco.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
www.falandodevarejo.blogspot.com