terça-feira, 16 de junho de 2009

Credores aprovam venda da Dudony para o Baú Crediário

Os credores da rede varejista de móveis e eletroeletrônicos Dudony, com sede em Maringá, no norte do Paraná, e 99 lojas no Paraná e 11 em São Paulo, aprovaram hoje a venda dos ativos da empresa, que estava em processo de recuperação judicial, para o Baú Crediário, do Grupo Silvio Santos. A proposta aprovada é de R$ 33 milhões, dos quais R$ 25 milhões irão para os credores e o restante às detentoras da marca, que continuam sob fiscalização judicial até 2011.

"A outra solução seria a falência", disse o diretor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo. "A aprovação do plano era uma questão social." O plano de recuperação será encaminhado à 1ª Vara Cível de Maringá para ser homologado pelo juiz Mário Seto Takeguma, antes de os ativos passarem definitivamente para o grupo liderado pelo apresentador e proprietário do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Silvio Santos. A marca Dudony permanecerá com a Distribuidora Maringá de Eletrodomésticos (Dismar) e Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos, que continuam como empresas atacadistas. As 110 lojas (17 delas virtuais, com vendas por catálogo) devem passar a se chamar Baú.

Segundo Colombo, a promessa é de que sejam ampliados os 1.168 empregos diretos hoje existentes. Ele disse que o estoque atual não é relevante - de R$ 27 milhões há seis meses, caiu para R$ 5 milhões. No mês passado, a assessoria do apresentador e proprietário da Rede Massa, com rádios e emissoras de televisão no Paraná, Carlos Roberto Massa, o Ratinho, tinha informado que ele também estava interessado no negócio. No entanto, acabou não apresentando nenhuma proposta. O Grupo Mercado Móveis de Ponta Grossa, interessou-se, mas por apenas 29 lojas.

Fundada há 21 anos, a Dudony é a maior rede varejista em seu setor no Paraná. No entanto, dívidas de R$ 104 milhões levaram à recuperação judicial em 18 de dezembro do ano passado. Na época, a rede responsabilizou a crise econômica, que levou à restrição abrupta de linhas de crédito. O diretor jurídico acentuou que a dívida atualizada está em R$ 95 milhões, envolvendo principalmente fornecedores e instituições financeiras. "Em relação à diferença (R$ 70 milhões), haverá perdão por parte dos credores", salientou Colombo.

Dos 235 credores, 150 compareceram à assembleia. A proposta de recuperação foi aprovada por 75,7% dos presentes. Durante a manhã, antes do início da assembleia, um grupo de funcionários fez uma manifestação pedindo que a proposta apresentada pelo Baú fosse aceita pelos credores.

Fonte: Agencia Estado