
Duas coisas me chamaram muito a atenção enquanto eu observava o movimento das lojas.
A primeira é o impressionante impacto da televisão sobre o comércio. O centro todo emana o mesmo mantra, ou seja, das barraquinhas dos camelôs não sai outra coisa se não a trilha sonora (no último volume) da novela das oito, "Caminho das Indias". Se para muita gente o centro já parece algo como uma Chinatown, ou qualquer outra coisa parecida, nunca se pareceu tanto como à Índia...
A outra coisa foi a geniosidade dos camelôs que vendem programas e jogos para computadores. Ao invés de levarem todo o mostruário para a rua, e correr o risco de serem pegos, e pior, perderem todo o material, todos os marreteiros utilizam-se de cartazes (placas, como dizem), com apenas as imagens dos jogos e programas. Precisando de um jogo ou programa, é só pedir que alguém sai correndo para buscar (em tempo: nao comprei nada).
Se existe tanta criatividade na ilegalidade, porque não utilizar a mesma para um negócio legal?
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO