domingo, 28 de junho de 2009

Reclamações contra cartões de lojas aumentam 22.5% em MT

O número de reclamações contra cartões de loja na Superintendência de Defesa do Consumidor em Mato Grosso (Procon-MT) aumentou 22,5% este ano (dados contabilizados até 23 e junho) na comparação com igual período de 2008. Segundo balanço do órgão, foram feitas 217 queixas em 2009 contra 177 no mesmo intervalo do ano anterior. O principal motivo das reclamações é a cobrança indevida, que totalizou 161 registros, o equivalente a 74,1% das queixas.

Outro produto que também é alvo de reclamações no Procon é o cartão de crédito. Este ano foram contabilizadas 486 queixas contra 484 no ano passado, uma leve alta de 0,4% de um ano para outro. Mas os motivos são os mesmos dos cartões de loja: cobrança indevida. O gerente de Fiscalização e Controle do Procon-MT, Ivo Vinícius Firmo, afirma que a elevação na quantidade de reclamações é derivada da proliferação dos cartões no comércio varejista. "Há muita facilidade na concessão de crédito. Mas o consumidor tem que ser consciente para não cair na inadimplência", diz ao orientar que as pessoas devem observar as faturas para verificar se não há nenhuma cobrança indevida e que diante de qualquer irregularidade deve acionar o órgão de defesa do consumidor.

Firmo explica ainda que há diferenças entre os cartões de loja e os chamados de fidelidade. "O cartão fidelidade é aquele que com o uso, o consumidor ganha pontos, como ocorre na aviação. Existem também os cartões que determinadas lojas confeccionam e que tem o mesmo conceito, fidelizar o cliente, porém com outros benefícios", diz ao acrescentar que a maioria deles ostenta a bandeira de administradora, além da logomarca do estabelecimento.

O gerente conta ainda que ambos oferecem vários atrativos. No caso dos cartões de loja, o juro é diferenciado e permite o parcelamento. "Mesmo diante de tantas facilidades, o consumidor tem de ficar atento às taxas e serviços cobrados, pois alguns deles são ilegais. É fundamental observar o que diz o contrato para avaliar se compensa ou não aderir ao produto".

Fonte: A Gazeta