domingo, 21 de junho de 2009

Wal-Mart demite 19 diretores

O Wal-Mart confirmou a demissão de 19 diretores e gerentes no Brasil em razão de “alterações organizacionais”, segundo nota divulgada ontem. De acordo com a empresa, a mudança tem como objetivo a “maior unificação dos processos internos da companhia”. Assim, a diminuição dos cargos gerenciais está relacionada às compras, pelo Wal-Mart, das redes de supermercados Bompreço e do Sonae (que no Paraná incluiu Big, Mercadorama e Maxxi Atacado), ocorridas em 2004 e 2005, respectivamente. As mudanças foram comunicadas aos funcionários da área administrativa pelo presidente do grupo no país, Hector Nuñez.
No Brasil, o varejista está presente em 18 estados, além do Distrito Federal, com 345 unidades, empregando mais de 70 mil pessoas. As bases operacionais não serão atingidas com cortes, segundo a empresa, uma vez que as dispensas no alto escalão ocorrem por questões estratégicas.
Apesar das demissões, o Wal-Mart afirma que mantém seu plano de “investimentos recordes” neste ano no Brasil. O projeto é aplicar R$ 1,6 bilhão no país em 2009, ante R$ 1,2 bilhão no ano passado, com a abertura de 90 lojas e criação de 10 mil empregos diretos.

Perfil
Com 14 anos de atuação no mercado de varejo nacional, a rede Wal-Mart Brasil registrou em 2008 faturamento de R$ 17 bilhões, o que representa um crescimento de 13% na comparação com 2007. A empresa ocupa a terceira posição no ranking do varejo no país, atrás do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour. Desde outubro do ano passado, o Wal-Mart passou a atuar também no comércio eletrônico.

As operações internacionais da multinacional norte-americana englobam 14 países, além do Brasil. Em 2008, as vendas fora dos Estados Unidos representaram cerca de 25% do faturamento da companhia.

O Grupo Pão de Açúcar promoveu uma ampla reorganização no quadro administrativo em 2008, quando o consultor Claudio Galeazzi assumiu a presidência do grupo. Na época, a varejista cortou 300 pessoas, sendo 20 diretores. Novas mudanças devem ser anunciadas, depois da compra da rede de eletroeletrônicos Ponto Frio.

Fonte: Gazeta do Povo