sexta-feira, 24 de julho de 2009

Consumidores de alta renda recuperam mais rápido nível de confiança

Os consumidores com rendas mensais mais altas foram os primeiros a sofrer abalos de confiança com o agravamento da crise internacional, a partir de setembro do ano passado, mas a retomada da economia deu novo fôlego ao otimismo deste grupo. De acordo com a Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a confiança dos consumidores com renda mensal acima de R$ 9.600 subiu 19% nos sete primeiros meses do ano, depois de ter recuado 17,7% no quarto trimestre do ano passado.

Com o resultado obtido entre janeiro e julho, essa faixa de renda acumula queda de 2,1% na confiança desde o agravamento da crise financeira internacional, em setembro. Em julho, a confiança do grupo subiu 0,8%.

"As faixas de rendas mais baixas atrelam a confiança à inflação, enquanto as faixas de rendas mais altas atrelam a confiança ao comportamento da bolsa (de valores) e aos preços dos ativos", ressaltou o coordenador do núcleo de pesquisas e análises econômicas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo.

Na faixa de renda mais baixa observada pela pesquisa, com rendimento mensal até R$ 2.100, a confiança subiu 5,5% em julho, reduzindo a queda desde o agravamento da crise para 4,3%. No quarto trimestre, o tombo no otimismo foi de 13,5% para esta faixa, enquanto desde janeiro a confiança subiu 10,7%.

No grupo com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800, a confiança subiu 2,6% em julho, acumulando 17% em 2009 e com alta de 3,9% desde setembro. No quarto trimestre do ano passado houve queda de 11,2%.

Por fim, o grupo de consumidores com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600, a confiança em julho subiu 2,6%, acumulando 18,5% nos sete primeiros meses do ano. Desde setembro, a faixa acumula alta de 4% na confiança, mesmo com uma queda de 12,2% no quarto trimestre do ano passado.

Fonte: Rafael Rosas/ Valor OnLine