quarta-feira, 22 de julho de 2009

Shoppings defendem políticas próprias de proteção a deficientes

Abrasce afirma que principal foco deve ser na educação do consumidor. Ministério Público de SP sugere até corrente para garantir vagas.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Luiz Fernando Veiga, defende que cada centro de compras formule as próprias regras para reserva de vagas a deficientes em estacionamentos. Na terça-feira (14), a promotoria e a Prefeitura de São Paulo anunciaram a proposição de 22 Termos de Ajuste de Conduta (TACs) nos quais os shoppings se comprometem a guardar vagas sob correntes, cones plásticos ou nas áreas vips. Outros 15 estabelecimentos que resistem ao acordo serão alvos de ações civis públicas.

"Houve shoppings que disseram que não têm obrigação de assinar o acordo e houve outros que fizeram o TAC. Não podemos impor decisão aos associados. Aprecio que alguns tenham feito o acordo. Mas, da mesma forma que os shoppings não têm poder de polícia, a associação não pode impor decisões aos associados", afirmou Veiga.

No acordo proposto pelo Ministério Público, os shoppings aceitam pagar multa de até 500 cestas básicas caso as regras não sejam cumpridas. Veiga não quis comentar a aplicação da multa.
Ele defendeu diálogo permanente e mudança de hábitos para que os consumidores de shoppings parem de estacionar nas vagas de deficientes. "Não é necessário impor, porque os shoppings vivem um ambiente de concorrência acirrada. Quanto melhor um atende, melhor o concorrente vai querer atender", afirmou Veiga. O diretor da Abrasce afirma que chegou a reunir 49 associados há alguns meses para tratar do assunto. "Houve consenso de que as negociações não poderiam levar todos a fazer as mesmas coisas e que o tema trata principalmente de uma questão educacional", afirmou.

"Nós propusemos uma campanha de educação intensa. A lei diz que o shopping tem que reservar as vagas, mas não temos poder de polícia", afirmou.

Fonte: G1