quinta-feira, 20 de agosto de 2009

JHSF estuda venda dos shoppings dos metrôs Tucuruvi e Santa Cruz

Para manter no portfólio apenas empreendimentos destinados ao público de alta renda, a incorporadora paulista JHSF Participações pôs à venda seus dois shoppings localizados em estações do metrô paulistano, o Santa Cruz e o Tucuruvi, este ainda em construção, segundo garantiu uma fonte do mercado ouvida pelo DCI. "O foco da empresa é administrar centros de compras com alto valor agregado ou de uso misto, como o Shopping Cidade Jardim, que congrega espaços comerciais e residenciais", explicou a fonte.

Formado por 132 lojas, o Shopping Metrô Santa Cruz foi inaugurado em 2001 em uma das estações mais movimentadas de São Paulo. Estima-se que seu faturamento ultrapasse os R$ 20 milhões. Caso a JHSF feche negócio com alguma administradora, o valor recebido pelo mall seria até 15 vezes superior a esta receita. O banco Itaú Unibanco, cuja companhia é cliente, seria o responsável e mediador desta transação.Já em relação ao Shopping Metrô Tucuruvi, na zona norte da capital paulista, que está com 77% da área bruta locável (ABL) negociada, incluindo contratos, cartas de intenção e reservas, se houver um comprador interessado, a incorporadora venderá o empreendimento.

A venda dos centros de compras significaria um reforço ao caixa da empresa, que encerrou o segundo trimestre deste ano de R$ 228,9 milhões. Desta maneira, a JHSF poderá acelerar os projetos atualmente em andamento como o da Fazenda Boa Vista (SP), do Shopping Bela Vista (BA) e do Shopping Ponta Negra (AM).Além disso, a fonte endossa que é de interesse da empresa "vender os empreendimentos da Bahia e Amazonas depois da maturação do negócio por não serem ativos estratégicos". Procurada pela reportagem, a empresa declarou que "não confirma a venda do Shopping Metrô Santa Cruz".

Resultados

Na divulgação do balanço do segundo trimestre, a JHSF ressaltou que o período foi marcado pela reação do mercado de imóveis, tanto que as vendas contratadas atingiram R$ 260,6 milhões, representando um crescimento de 741,3% sobre o trimestre anterior. No final do mesmo período, o valor dos malls da empresa somava R$ 424,4 milhões.O aquecimento das vendas fez com que a empresa apresentasse lucro de R$ 5,5 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 16 milhões no quarto trimestre de 2008 e a pequena recuperação de R$ 300 mil contabilizada no primeiro trimestre deste ano.

Fonte: DCI