quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Empresários do varejo devem aumentar os investimentos em 2010, aponta pesquisa

Comerciantes estão otimistas e 33% deles esperam aumento das vendas no Natal deste ano, segundo estudo da Fecomercio

Empresários brasileiros do varejo estão otimistas e vão investir 10% a mais do que no ano passado em 2010 , segundo pesquisa feita pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgada nesta quarta-feira (28). A sondagem foi feita com 300 empresas do setor.

A pesquisa mostra que a opinião a respeito dos efeitos da redução do Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) da linha branca (fogão, geladeira, máquina de lavar) está dividida: 50% dos entrevistados responderam que devem aumentar as vendas e 50% disseram que devem se manter iguais.

“A rigor, a redução do IPI é positiva, mas certamente seus efeitos foram maiores sobre a venda de automóveis do que sobre a linha branca ou materiais de construção”, analisa Fábio Pina, economista da Fecomercio.

Em relação às vendas para o Natal, o setor varejista mostra-se otimista, mas ainda observa-se uma certa reserva. De acordo com o estudo, 33% dos empresários vão aumentar as encomendas para a data e 24% dos varejistas vão reduzir. Outros 44% estão fazendo encomendas iguais às do ano passado. “Esses dados mostram uma tendência de alta para as encomendas de Natal e o resultado geral deve ser positivo”, afirma o economista.

Classe C é o principal alvo A sondagem concluiu que mais de 65% dos empresários vão trabalhar com produtos direcionados à classe C, enquanto 43% para a classe B e 24% para as classes D e E. Para alavancar as vendas, a maioria das empresas vai vender parcelado. Pina afirma que não é coincidência a maioria das empresas mirar nas classes B e C. “O público A é muito restrito e poucos varejistas podem se dar ao luxo de trabalhar apenas para esse nicho. As classes D e E têm rendas médias ainda muito baixas, o que inviabiliza um volume de negócios muito grande ainda que o contingente populacional seja elevado. Por isso, trabalhar para as camadas do meio da população é a estratégia de grande parte das empresas”, diz o economista.

Fonte: PEGN