terça-feira, 20 de outubro de 2009

Franqueados procuram sócios minoritários

Um novo modelo de gestão está ganhando força no segmento de franquias. O número de empresários e executivos que compram representações de redes mas deixam que um sócio minoritário as administre é cada vez maior. Mais do que ter um negócio próprio, eles veem as franquias como investimento.

É o que aponta pesquisa da Franchise Store com 530 franqueados de 61 marcas que a empresa comercializa. De acordo com o estudo, 34% das pessoas que compraram franquias entre janeiro e agosto são empresários ou executivos que buscam diversificar seus investimentos.

A grande maioria, no entanto, ainda é de profissionais liberais que deixam a sua ocupação para tocar o negócio.
O diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Ricardo Camargo, confirma a tendência. Ele estima que entre 10% e 15% das 5.000 franquias abertas no Brasil neste ano pertencem a investidores que não estão à frente do negócio. Quem gerencia a loja, em geral, é um sócio minoritário.
“Essa é uma tendência mais forte neste ano. Com a queda da rentabilidade dos investimentos em renda fixa, por conta da redução do juro básico, muitos investidores vão alocar recursos no varejo. Como o índice de fechamento de lojas franqueadas é de 1%, a franquia é uma opção segura.”

Apesar de afirmar que a abertura de franquias como investimento é um bom negócio, Camargo ressalta que os sócios não podem ver a loja só como uma aplicação financeira. “A franquia é um atividade de varejo, que depende do envolvimento do franqueado.”

Porém, a entrada de mais recursos no setor já tem provocado mudanças. Uma delas é o aumento do gasto inicial médio, segundo Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store. Na loja, a venda média de uma franquia atingiu R$ 300 mil neste ano, e 50% das unidades negociadas exigem investimento acima de R$ 200 mil. A Franchise vende marcas como Spoleto, Bob’s e Lacoste.

Fonte: Folha de São Paulo