quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

10 tendências para o varejo sustentável em 2010

Ola a todos.

No site Advertising Age, Diana Verde Neto, CEO da Clownfish, consultoria especializada em sustentabilidade publicou uma lista de 10 tendências "verdes" para o ano de 2010.

De tudo que li até o momento, essa lista é uma das que mais me convenceram em termos de tendências concretas para este ano, pelo menos sobre varejo sustentável. Excelente para as redes que vem buscando criar conceitos e soluções nesse sentido.

Segue a lista:

1. De produtos premium para produtos acessíveis

De acordo com Diana, uma pesquisa realizada nos EUA, apontou que mais de 54% dos consumidores comprariam mais produtos "verdes" se os mesmos não possuíssem valores acima dos produtos tradicionais. Existe uma forte tendência de que os produtos verdes passem a oferecer preços mais acessíveis aos consumidores. Nos EUA, é esperado um crescimento de 19% no consumo deste tipo de produtos.

Acredito que no Brasil, é necessário que além de preço, os produtos verdes ofereçam significativas vantagens aos consumidores, como maior rendimento, resistência ou economia, frente aos produtos tradicionais. Isso em parte, poderia justificar um valor ligeiramente maior ao consumidor.

2. De consumo elétrico sem ponderação para o consumo racional.

O aumento do custo da energia elétrica, assim como o aumento no consumo de produtos eletroeletrônicos criou um cenário de total descontrole. Nos Eua, segundo a consultoria, existe a proposta de um medidor inteligente que em tempo real informa o consumo de eletricidade e gás gasto pelos consumidores.

No Brasil, um exemplo prático que vem dando certo é a adoção de um selo emitido pelo Inmetro que classifica e informa ao consumidor sobre a eficiência de consumo dos produtos. Produtos classificados como A, são melhores e mais eficientes, e tem obtido a preferência dos consumidores, principalmente quando comparados com produtos mais baratos.

3. Da compra rápida para o consumidor informado

Consumidores se mostram cada vez mais interessados em saber como as empresas e marcas que consomem atuam em seus mercados. O que as empresas efetivamente fazem têm mais valor do que elas buscam divulgar ao mercado e aos consumidores. O caráter e o respeito à sustentabilidade devem se extender por todos os processos e ações que a empresa possa realizar. As informações têm como fonte principalmente a Internet e os sites de busca.

4. Celebridades verdes

O verde e a preocupação com o meio ambiente passa a ser também questão de status. Empresas buscam cada vez mais lançar produtos que assimiles características de produtos de luxo aliadas à sustentabilidade. O produtos eco-fashion vem crescendo velozmente e já são alvo de celebridades e personalidades que criam tendência e ditam modismos. Ser "verde" pode ser tornar cada vez mais "na moda".

5. De uma enxurrada de empresas e produtos verdes para produtos e empresas certificadas.

Muitas empresas buscaram associar seu nome ou produtos apenas por questão de capitalização ou jogada de marketing. O resultado, segundo a consultoria, é que grande parte dos consumidores (cerca de 70%) não acredita que as empresas ou produtos são tão verdes ou ecologicamente corretos como divulgam.

A certificação por órgãos ou entidades nacionais ou internacionais aparece como um grande divisor de águas e uma excelente ferramenta de diferenciação para as empresas que realmente estejam preocupadas em oferecer produtos de acordo com as expectativas de seus consumidores.

6. De uma "onda verde" para uma preocupação global

A consultora faz um parâmetro das campanhas publicitárias nos anos 80 e 90 que tinham o apoio apenas de ONG´s ou entidades como WWF ou o Greenpeace. A sustentabilidade e a preocupação com o impacto ambiental causado pela ação do homem deixou de ser apenas um assunto de ecologista para se tornar assunto de campanhas políticas, produções cinematográficas e todo tipo de mídia possível, se tornando uma das principais preocupações da humanidade no século 21.

7. De engenhocas malucas para tecnologia ecológica de fato.

De uma série de engenhocas que o mercado buscou como alternativa ecologicamente correta, o mercado e o consumidor estão em busca de produtos que resolvam de fato os problemas. Consumidores querem distância de maluquices. Diana cita o exemplo da Motorola que criou um celular 100% feito com material reciclado de garradas plásticas e que ainda vem com um envelope para o reenvio do celular para a companhia, quando o usuário desejar se desfazer do mesmo, ou adquirir um novo modelo. O conselho é para buscar manter-se antenado com as ações executadas por empresas e que estao dando certo.

8. Selos eficazes

Caso sua empresa ou produto seja certificada ou possua um selo de garantia de algum tipo de conselho ou entidade, o mesmo só possui grande valia quando o consumidor é informado sobre importância de determinada certificação ou selo para o desenvolvimento sustentável.
É citado pela matéria o selo da FSC, já reconhecido por grande parte dos consumidores. Porém é detectado uma série de selos sobre uso de água, ou compensação de emisssões de gases carbônicos ainda desconhecidos, e que acabam por não criar o impacto desejado. Busque a informação como arma de promoção.

9. De embalagens em excesso para reais reduções de materiais.

A redução de matéria prima no uso de embalagens ou até mesmo na criação de produtos é hoje desejo de muitas empresas, não só do ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista financeiro, reduzindo custos. A dica é uma só: pense sempre em pequeno, reciclado e reciclável.

10. De sacolas plásticas para sacolas alternativas

Durante o ano de 2009 vimos a tentativa de proibição do uso das sacolas plásticas, que caíram a muitos anos no gosto do consumidor brasileiro, não somente por serem mais resistentes que as antigas sacolas de papel, mas também por poderem ser reaproveitas como sacos de lixo principalmente para ambientes como cozinha e banheiro. Mesmo com a tentativa de se cobrar pelo uso das mesmas por alguns lojistas, seu uso ainda permanece. Entretanto, o uso das sacolas retornáveis, as chamadas Eco-bags, confeccionadas principalmente em tecidos resistentes, vêm ganhando cada vez mais adeptos e a tendência é de um uso cada vez mais frequente.


Para quem deseja ver a matéria diretamente em inglês no site AdAge, clique aqui.
E você ? O que acha sobre essas tendências ?

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
http://www.falandodevarejo.com.br/