quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Classe média encolheu em 2009

Crise faz classe média encolher em 2009 pela 1ª vez em seis anos

A crise econômica brecou o avanço contínuo que a classe media vinha registrando desde 2004, revela estudo divulgado nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) baseado na Pesquisa Mensal de Emprego, que avalia dados das seis principais regiões metropolitanas do país --São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Em dezembro do ano passado, a chamada classe C --famílias com renda de R$ 1.115 a R$ 4.807-- significava 53,58% do total, ante proporção de 53,81% em igual mês em 2008, nível recorde verificado até hoje.

O coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, ressaltou que, apesar da pequena redução da classe média, o dado positivo é que a mesma já voltou a crescer.

Em dezembro de 2003, a classe C representava 42,99% do total da população, e desde então, o crescimento era contínuo. Em 2009, no entanto, apresentou retração de 0,4%. "A crise impediu que a classe média crescesse mais. 2009 não foi o ano da classe C. Ela se estabilizou, mas está voltando a crescer", afirmou Neri.

Em março de 2009, a classe C chegou a representar 52,52% do total, menor nível durante a crise.

Ele observou que a classe AB --renda familiar acima de R$ 4.808-- foi o destaque em meio à crise, com crescimento de 2% em relação a dezembro de 2008. Naquele ano ela representava 15,33% da população e, no final de 2009, já significava 15,63% do total.

A classe D --famílias com renda de R$ 805 a R$ 1.114-- representam 13,37% da população. Na comparação com igual mês em 2008, houve avanço de 1,4%. Já a classe E --renda familiar de até R$ 804-- encolheu 1,5% frente a dezembro de 2008. A classe de renda mais baixa significa 17,42% da população.

Fonte: Folha OnLine
por: Cirilo Junior