quarta-feira, 3 de março de 2010

ABF anuncia desempenho do setor de franquia e confirma crescimento de 14,7% no faturamento de 2009

Setor não se intimidou diante da crise e já é responsável por aproximadamente 720 mil empregos diretos

O setor de franquias não recuou diante da crise mundial e fechou o ano de 2009 com um faturamento de R$ 63 bilhões, um crescimento de 14,7% em relação ao ano anterior. O dado foi apurado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) através de pesquisa feita com 1.643 marcas de franquia atuantes no País.

De acordo com Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, as previsões anteriores foram confirmadas. “A crise não inibiu o setor de franquias, pelo contrário motivou o sistema”.

Para o executivo, o que mais chama atenção nos dados é o aumento significativo no número de redes e unidades. Em 2009, 264 novas redes surgiram no mercado, um aumento de 19,1%, totalizando 1.643. Entre elas estão Selleti, Brasil Cacau, Café Moinho, Casa do Sorvete Jundiá, Animafest, Dpil, Korai, Vest Casa, Riccó, RE/MAX, Total Express, Martelinho de Ouro, Babysol, Mara Mac e Pakalolo.

Já o número de unidades (pontos-de-venda de serviços ou produtos), saltou de 71.954 para 79.988, um aumento de 11%.

Essa expansão resultou na abertura de 72 mil novos postos de trabalho. O setor é responsável hoje por mais de 700 mil empregos diretos. É também um dos setores que mais oferece oportunidade do primeiro emprego, além de investir no treinamento e capacitação de seus funcionários.

Na avaliação da ABF, o aumento de redes e unidades somado ao aumento do poder de consumo das classes B e C foram os grandes responsáveis pelo crescimento do setor. “O ritmo de inauguração de centros de compras e a exploração de regiões praticamente inexploradas garantiram o ritmo de crescimento em quase todas as áreas de atuação das franquias”, afirma Ricardo Camargo.

Para 2010, a expectativa continua positiva. “Com tantos pontos inaugurados no ano passado é natural que o faturamento aumente ainda mais nesse ano”, explica. Para ele, outra grande aposta em 2010 são as microfranquias (negócios de até R$ 50mil de investimento) e a exploração de novas cidades.


A previsão da ABF é de que em 2010 o setor cresça o faturamento entre 15% e 16 %. Em número de novas marcas a expectativa é de 10 a 12%, já em número de unidades essa variação pode ficar entre 8 e 10%.

Crescimento por setor

Em faturamento, o segmento de franquia que mais cresceu em 2009 foi o de Acessórios Pessoais e Calçados, pelo terceiro ano consecutivo registrando 41,2% de aumento em relação ao ano passado. Entre as marcas que colaboraram com esse número estão: Arezzo, Lupa Lupa, World Tennis, Havaianas, Balonè, entre outras.

Em segundo lugar está o setor de Vestuário com 37,5% de aumento de faturamento, seguido pelo setor de Informática e Eletrônicos, com crescimento de 28,9%, em relação a 2008. Destaque para o crescimento de redes como Poderoso Timão, Hope Lingerie, Caverna do Dino, Puket, Oi Franquias e Amigo Computador.

O setor de Alimentação manteve seu ritmo de crescimento. Em 2009, o setor cresceu 21,8%. As marcas de maior crescimento foram Pelé Arena Café, Megamatte, Subway, Patroni Pizza e Planet Chokolate.

Em relação ao crescimento do número de redes, o destaque de 2009 foi o setor de Hotelaria e Turismo que cresceu 33,3%, seguido por Acessórios Pessoais e Calçados, com aumento de 30,7%, e de Veículos, com 25,9%.

O segmento de Acessórios Pessoais e Calçados também foi o que mais cresceu em número de unidades, 23,5%, seguido pelo de Alimentação com 22,3% e pelo de Móveis Decoração e Presentes, com 21,8% de crescimento.

Já as redes com maior número de unidades do País são: O Boticário (2.834), Kumon (1.599), Colchões Ortobom (1382), Wizard Idiomas (1246) e L’Acqua Di Fiori (1166).

A expansão internacional também cresceu em 2009. Atualmente 65 redes nacionais já operam no Exterior. Nos planos da ABF está continuar apoiando, juntamente com a APEX - Brasil, as redes interessadas em expandir suas atividades para outros países. “A exportação de produtos e marcas agregam valor à balança comercial do País e, por isso, é foco do governo federal. Para as redes as oportunidades geradas nos últimos anos estão se traduzindo em negócios”, explica Camargo.









Informações: ABF