sexta-feira, 26 de agosto de 2011

GS&MD – Gouvêa de Souza apresenta estudo mundial sobre o consumidor on-line

Compras pela Internet crescem principalmente no Brasil. País se destaca também na utilização das compras coletivas.
A GS&MD – Gouvêa de Souza anunciou seu o 2º Estudo Global Neoconsumidor, realizado em 15 países, incluindo o Brasil, em parceria com o Ebeltoft Group.
O estudo avalia como os consumidores em todo o mundo estão incorporando as ferramentas digitais às suas decisões de compra. O primeiro levantamento dessa natureza e abrangência foi feito em 2009 e, agora, com a segunda edição, é possível comparar essa evolução e projetar os movimentos futuros desse mercado. O trabalho contou com a participação de 700 internautas entrevistados por país – Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Portugal, Reino Unido, Romênia e Turquia –, pesquisados durante o mês de junho de 2011.
A principal constatação é que 96% dos internautas brasileiros já realizaram compras pela Internet, o que coloca o Brasil no topo do ranking do consumo digital. A média mundial é de 90% e quase não cresceu nos últimos dois anos. Em 2009, na primeira edição, o índice do Brasil foi de 92% e a média dos demais países, 88%.
Segundo a pesquisa, os consumidores internautas estão mais confiantes e dispostos a aderir ao comércio eletrônico. Se, em 2009, 64% consideravam a Internet um ótimo ambiente de compras, este ano o número chegou a 71%.  
“Aos poucos os internautas mais céticos estão vencendo as barreiras e preconceitos e experimentando o consumo on-line”, diz Luiz Goes, coordenador do estudo. Daqueles que ainda não experimentaram a compra via Internet, no Brasil, 59% preferem tocar o produto antes da aquisição, 48% receiam fornecer informações bancárias na rede, 37% valorizam o contato pessoal com o vendedor, 41% evitam passar informações pessoais e 41% têm medo de não receber o produto após o pagamento. “De 2009 para cá, caíram significativamente os índices referentes às razões para não comprar on-line”, explica.
Mesmo aqueles que ainda não fazem a compra efetivamente pela rede também estão influenciados pela Internet. O estudo revelou que, em 2009, 49% dos internautas verificavam as informações on-line e compravam na loja física; em 2011 esse número saltou para 84%.
Uma importante comprovação é que, embora o comércio eletrônico esteja em pleno crescimento, o consumidor continua valorizando a loja física. “A loja física continua sendo importante e reforça o conceito multicanal do neoconsumidor”, explica o coordenador da pesquisa.
Por outro lado, o consumidor está cada vez mais bem informado e disposto a pesquisar antes de tomar sua decisão de compra. Prova disso é que hoje 81% dos internautas brasileiros utilizam sites de comparação de preços, contra 73% em 2009.
Grande destaque ficou por conta das compras coletivas. Desconhecidas em 2009, hoje já conquistaram 51% dos consumidores no Brasil. Nos demais países, somente 28% experimentaram essa modalidade. Apenas 1% dos entrevistados brasileiros afirma nunca ter ouvido falar, enquanto nos outros 14 países foram 18%

Dados por categorias de produto - Brasil
O setor que mais cresceu em vendas on-line nos últimos dois anos foi o de Cosméticos, saltando de 29% para 51%. “Apesar do grande crescimento, a loja física ainda é a grande preferência do consumidor”, afirma Goes.
O mesmo não aconteceu com o setor de Eletrônicos. As vendas on-line subiram de 56% para 76%. Já a compra pela loja física caiu de 94% para 88%, em 2011.
Na categoria que reúne Vestuário, Calçados e Acessórios também houve diminuição da compra pela loja física – 98% para 93%. Esse tipo de compra pela Internet passou de 22% para 43%.
Em Alimentos, 34% dos brasileiros disseram comprar pela Internet em 2011, contra 28% em 2009. Neste segmento, a compra pela loja física também diminuiu: de 97% em 2009 para 92% em 2011.

Acesso à Internet pelo celular
Segundo o estudo, apesar de muitos consumidores ao redor do mundo ainda não terem experimentado o pagamento móvel, eles acreditam nessa tendência.
Em 2009, apenas 30% dos entrevistados brasileiros disseram acessar a Internet pelo celular, contra 49% que já o fazem hoje. Desses usuários, porém, somente 9% consideram este um ambiente seguro para fornecer dados e informações, enquanto apenas 18% se declaram seguros para comprar por esse canal.
De novo o consumidor nacional aparece como pioneiro: 35% deles acreditam que o pagamento móvel é uma tendência para o futuro, contra 27% da média do consumidor global.