quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Idoso quer rótulo legível e pausa durante compra

A consultoria A.T. Kearney entrevistou 3 mil pessoas em 23 países, inclusive o Brasil, para tentar entender de que os consumidores com mais de 60 anos sentem falta na hora de fazer compras. A conclusão é que os varejistas e fabricantes não atendem às necessidades desse grupo que, de acordo com a pesquisa, gastou US$ 8 trilhões globalmente em 2010 e vai desembolsar US$ 15 trilhões por ano até 2020, o equivalente a 30% do poder de compra mundial. A pesquisa mostrou que o consumidor maduro faz compras de forma muito diferente da geração jovem. Eles não precisam de velocidade. Pelo contrário, querem olhar os produtos com calma. O mercado que tem lanchonete ganha pontos, porque permite um intervalo no meio das compras - 75% de quem tem mais de 70 anos diz que sente falta de cadeiras nas lojas.

Ir ao supermercado não tem o objetivo único de atender a uma necessidade, sendo também quase um evento social. O varejo de bairro também é preferido, já que é mais próximo e menor. Ainda segundo o levantamento, quem tem mais de 60 anos é leal a marcas e ser barato não é o valor principal de um produto. Em busca de qualidade, esse consumidor quer ler o rótulo, inclusive as informações nutricionais. Nessa hora, esbarra nas letras pequenas. No grupo de 60 a 70 anos, 58% dos entrevistados disseram não conseguir ler rótulos direito, mesmo quando usam óculos ou lentes. Esse índice aumenta para 66% no público de mais de 80 anos.

As promoções de volume, que entregam mais mercadoria pelo mesmo preço, e os produtos "tamanho família" não atraem. Como muitas vezes os filhos já saíram de casa, o consumo é menor e o prazo de validade dos itens extras pode vencer. Como também não necessariamente vai às compras de carro, leva poucos itens e faz várias compras por semana. A pesquisa também mostrou que o idoso não quer produtos específicos para sua idade.

Fonte: Valor Econômico (via Mercado & Consumo)