quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jovens lideram inadimplência entre consumidores que usam cheques

Pesquisa realizada pela TeleCheque® revela inadimplência de 16,92% entre jovens com até 20 anos de idade

 
O bom momento da economia está expandindo o crédito e o cheque continua a ser um importante instrumento para essa expansão. Prazos e parcelamentos são negociados com facilidade pelos que dispõem de cheques para oferecer como opção nas compras a prazo. Nem todos, porém, conseguem administrar bem os recursos e disponibilidades e acabam deixando de liquidá-los nas datas certas, e uma das causas é a simples falta de organização. Em outras palavras, a educação financeira. De todas as faixas etárias em que ocorre a inadimplência, a que registra os números mais elevados é a das pessoas com menos de 20 anos, segundo informações da base de dados da TeleCheque®, empresa especializada em análise de crédito baseado em cheques.

 
De acordo com pesquisa, realizada pela empresa no 1º semestre de 2011, o índice de inadimplência das pessoas com até 20 anos de idade ficou em 16,92%, equivalente a 13 vezes mais do que entre pessoas com mais de 60 anos. Todos sabem que é difícil resistir ao consumo, especialmente por causa da variedade de produtos e serviços oferecidos no mercado. Não resistir à tentação das vitrines, contudo, pode custar uma temporada de severas restrições ao crédito. As estatísticas elevadas da faixa de idade dos mais jovens indicam que há necessidade de esforços pela educação financeira, que naturalmente devem começar dentro de casa. “O planejamento é fundamental para se utilizar o crédito de forma consciente e saudável”, explica José Antônio Praxedes, presidente da TeleCheque®.

 
Para evitar a inadimplência sem abrir mão do consumo, Dirlene Martins, diretora de recuperação da TeleCheque, dá algumas dicas para os consumidores não se complicarem e aproveitarem, de maneira consciente, as possibilidades de compra a crédito:
  • Escolha parcelamentos sem juros, ou com os menores juros;
  • Não dependa de cheque especial, ou outras formas de financiamento, para complementar seu salário;
  • Pesquise; não compre sem pesquisar preço, juros e taxas;
  • Certifique-se de que as parcelas cabem “no seu bolso” (no seu ganho mensal);
  • Não comprometa mais de 30% do seu salário com financiamentos;
  • Quando for pagar compras à vista, utilize o cheque;
  • Quando for utilizar a forma pré-datada, anote no canhoto o valor, credor (para quem você emitiu o cheque) e data do “bom para”;
  • Verifique diariamente os cheques que serão depositados naquela data versus seu saldo em conta corrente. Deposite um valor complementar para tarifas;

 
Se, ainda assim, houver descontrole nos gastos, é possível seguir um roteiro para negociar as dívidas e “limpar” o nome em empresas de cadastro de inadimplentes:
  • Organize as dívidas: credor, valor total;
  • Procure seus credores e negocie as dívidas dentro de suas possibilidades;
  • Faça uma lista de todas as despesas que possam ser cortadas e economize até pagar suas dívidas;
  • Envolva a família no objetivo, peça ajuda para não sair do seu objetivo;
  • Mude sua forma de consumir, gastar e usar crédito, mesmo depois de quitar a dívida;
  • Não faça novas dívidas até quitar as atuais.
Dirlene lembra que o nome comprometido devido à inadimplência pode trazer vários problemas. “Além da restrição de crédito para aquisição de bens e serviços, pode haver impacto até na vida profissional, por exemplo, criando dificuldades para a obtenção de um novo emprego”, alerta.

 

Critérios da pesquisa

 
De acordo com a base de dados da TeleCheque®, que conta com mais de 13 mil clientes, abrangência nacional e atuação em 16 segmentos, a pesquisa refere-se ao volume total de cheques consultados e não compensados para cada faixa de idade, no primeiro semestre de 2010 e 2011. A TeleCheque analisa na pesquisa o volume de cheques consultados de cada faixa etária: até 20 anos de idade, 21 a 30, 31 a 40, 41 a 50, 51 a 60 e maior que 60 anos. O gráfico mostra a porcentagem de inadimplência em cada respectiva faixa de idade. As faixas etárias são de 16,92 até 20 anos de idade, 6,33% de 21 a 30 anos, 4,29% de 31 a 40, 2,61% de 41 a 50, 1,75% de 51 a 60 e 1,24% maior que 60 anos, o que na média geral, considerando todas as faixas etárias, representa 2,92% no primeiro semestre de 2011.