terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Microfranquias confirmam tendência e mantém ritmo de crescimento

Segmento já representa quase 5% do faturamento do setor e expectativa é de crescer 15% em 2011

Com o bom momento da economia e do franchising brasileiro, o segmento de Microfranquias (composto por redes cujo investimento inicial é de até, no máximo, R$50 mil e faturamento médio mensal de R$30 mil) continua em alta no Brasil.

Atenta a essa tendência do franchising, a ABF criou recentemente um Comitê para discussão de assuntos que impactam esse setor, o desenvolvimento de novas oportunidades, além do levantamento e análise de informações do mesmo.

Segundo a ABF, existem hoje no Brasil 260 redes de Microfranquias, que correspondem a 14% do total de marcas de franquia do País, somando cerca de 12.000 unidades espalhadas pelo país (13,9% do total de unidades). O faturamento das microfranquias em 2010 foi da ordem de R$ 3,4 bilhões, o que significa uma participação de 4,6% do faturamento total do setor, que faturou R$75 bilhões no mesmo período. Em termos de geração de empregos indiretos, já representa 5% do total, totalizando mais de 36000 postos de trabalho.

Para Ricardo Camargo, diretor executivo da entidade, o segmento tem ganhado importância mediante o crescimento expressivo da classe C e da economia nacional aquecida. “Existem muitas possibilidades de crescimento no segmento de Microfranquias, já que muitas redes são recentes”, disse ele, que ressaltou também as oportunidades que virão junto com os grandes eventos que acontecerão no Brasil em 2014 e 2016.

Os dados levantados pela entidade apontam ainda que as áreas de atuação mais comuns nesse modelo são: Educação e Treinamento (25%), Beleza, Saúde e Produtos Naturais (16%), Negócios, Serviços e Conveniência (11%), Cosméticos e Perfumaria (9%), Alimentação e Serviços Automotivos (7%), Escolas de Idiomas (6%) e Limpeza e Conservação (5%).

Em participação por Estado, São Paulo é o que domina o número de marcas (54%), seguido pelo Paraná (11%), Minas Gerais e Rio de Janeiro (7%), Rio Grande do Sul (5%), SC (4%), Pernambuco (3%) e Ceará (2%). O restante do País fica com uma parcela menos representativa das redes (de 0,4% a 1%).

Para Artur Hipólito, presidente do Comitê de Microfranquias da ABF, a criação do grupo é essencial para o segmento. “As Microfranquias representam a inclusão social por meio do franchising. Com a criação do Comitê vamos ampliar as possibilidades de melhor organização, aproximando a sociedade e o governo das oportunidades de investimentos e criação de mais empregos formais”, afirmou.