Comparado com o ano passado, 21% dos brasileiros pretendem gastar mais neste fim de ano. Essa afirmativa faz parte da pesquisa “Holiday Shopping” realizada pela Nielsen (www.br.nielsen.com), líder global no fornecimento de informações e análises sobre o que o consumidor assiste e compra, que verificou a intenção de gastos para o fim de ano de diversos consumidores ao redor do mundo.
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Com esse índice, os brasileiros se posicionam entre os mais otimistas do mundo, ficando acima da média da América Latina, que chegou à marca de 15%. O Peru é o segundo país da região com maior intenção de aumento das compras, com 16%. Na contramão, os mexicanos são os mais pessimistas, pois 45% disseram que vão gastar menos que em 2010. Nos Estados Unidos somente 6% planejam aumentar os gastos no fim de ano. Já na Europa, com a forte crise econômica, a média não superou 5%.
Dentre os que pretendem gastar mais, além do Brasil, aparecem Indonésia, Vietnã e India, com índices de 24%, 23% e 21%, respectivamente.
Entretanto, o que se pretende comprar é uma surpresa. Foi-se o tempo que a alegria dos brasileiros estava dentro de casa. O ranking de prioridades apresenta viagens em 29% das citações, seguida da compra de roupas (26%), eletrônicos (25%) e livros (24%).
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De acordo com Mário Ruggiero, diretor comercial da Nielsen, com a desaceleração do crescimento dos bens de consumo de massa, como a cerveja e o refrigerante, e um investimento maior em entretenimento, como as viagens, o consumidor brasileiro busca ‘experiência’ e as viagens de férias são um dos indicadores dessa tendência. "A viagem é um símbolo de ascensão social. As pessoas hoje já têm a possibilidade de pensar o que era inimaginável até pouco tempo atrás, como viajar para o exterior. É um símbolo de migração para outros tipos de consumo", afirma o executivo.
Apenas o Chile também elegeu as férias como primeira opção. Mexicanos, argentinos, colombianos, venezuelanos e peruanos são unânimes na compra de roupas. Com exceção da Argentina e Venezuela, os eletrônicos também estão entre os três principais desejos de consumo dos latino-americanos neste fim de ano.
Em comparação com os países do BRIC, a Índia desponta com 21% da população que pretende gastar mais, mesmo índice que o Brasil. A China e a Rússia apresentam certa estabilidade com, respectivamente, 66% e 64% da população que disseram que vão gastar os mesmos valores que em 2010.