quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Comércio varejista de BH fecha o ano de 2011 com crescimento de 7,31%

Mercado de trabalho em ampliação, queda na taxa de desemprego, evolução da renda em Belo Horizonte e expansão da participação das classes C, D e E no mercado de consumo são alguns dos fatores que contribuíram para que o comércio varejista de Belo Horizonte fechasse o ano de 2011 com crescimento de 7,31%. “Ao longo de 2011 o ambiente econômico passou por dois momentos distintos e como o comércio tem rápida capacidade de adaptação às novas circunstâncias do mercado conseguiu superar as dificuldades e obteve resultados positivos”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. “No primeiro semestre as medidas macroprudenciais que visavam conter a inflação em alta acabaram freando o ciclo de expansão do crédito e consumo”, afirmou. “A partir do segundo semestre o agravamento da crise externa acabou alterando a postura contracionista do governo, que passou a adotar medidas de estímulo ao consumo”, completou.

Os setores que apresentaram crescimento em 2011 foram: tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+14,58%); produtos farmacêuticos (+10,37%); supermercados e produtos alimentícios (+7,67%); ferragens, material elétrico e de construção (+4,94%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+4,12%); papelarias e livrarias (+3,13%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo e fotográfico, computadores e periféricos e artigos de borracha (+1,37%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Dez.11/Dez.10) houve crescimento de 6,09%. Para o presidente da CDL/BH, o crescimento real da renda e a maior inclusão das classes C, D e E potencializaram o consumo. “Estas classes passaram a ter acesso a produtos em maior quantidade e qualidade”, disse Falci. Nesta base de comparação os setores que apresentaram crescimento foram: tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+17,05%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+12,25%); supermercados e produtos alimentícios (+9,10%); ferragens, material elétrico e de construção (+6,20%); produtos farmacêuticos (+5,06%); papelarias e livrarias (+4,84%) e artigos diversos (+0,81%).

Na comparação com o mês imediatamente anterior (Dez.11/Nov.11) o crescimento foi de 8,12%. “O forte desempenho do setor pode ser atribuído ao período de festas de fim de ano onde tradicionalmente as vendas disparam”, explicou Falci. “As vendas de bens não duráveis e semiduráveis, mais essenciais e de menor valor tiveram destaque nas vendas natalinas”, completou. Os setores que apresentaram crescimento nesta base de comparação foram: papelaria e livraria (+22,73%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+15,40%); supermercados e produtos alimentícios (+11,24%); produtos farmacêuticos (+8,40%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+7,65%); artigos diversos (+5,45%); ferragens, material elétrico e de construção (+1,54%), veículos novos e usados (+0,49%).

Expectativas para 2012 – Para este ano a CDL/BH projeta crescimento de 8,0% a 8,5% para o varejo de Belo Horizonte. De acordo com o presidente da CDL/BH o comércio deve acompanhar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, mesmo que tal crescimento seja moderado em virtude dos reflexos da crise. “O primeiro semestre, provavelmente, crescerá em um ritmo menor devido às incertezas do mercado que podem afetar o nível de confiança dos empresários e consumidores. Em função dessa desaceleração da economia, o governo já adotou medidas que visam estimular o consumo, como redução do IPI, IOF para linhas de financiamento ao consumidor, queda na taxa de juros, entre outros, e que devem surtir efeitos mais significativos na economia no segundo semestre. Contamos ainda com a retomada do mercado de trabalho, após desaquecimento no final de 2011. O ministério do Trabalho já sinalizou que adotará ações com o objetivo de estimular a geração de emprego e renda. O incremento na renda deve ser fortalecido com o aumento de 14,13% do salário mínimo. A inflação mais baixa também deve contribuir para um cenário mais positivo em 2012. Um ambiente interno mais fortalecido e medidas de incentivo ao consumo devem impulsionar o varejo esse ano”, explica Falci.