sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Suspeita de furto e abordagem podem virar problema para varejista

Solução está em treinamento adequado e investimento em equipamentos de inteligência

O caso de uma mulher flagrada por câmeras de segurança furtando produtos de um empório de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, chamou a atenção dos especialistas em prevenção de perdas: com várias passagens pela polícia, ela é também suspeita de chefiar uma quadrilha especializada em ações do mesmo tipo dentro de supermercados, bares, restaurantes e grandes eventos. O episódio traz à discussão uma das maiores preocupações dos varejistas: como abordar suspeitos de furto sem causar constragimentos e outros imprevistos? A resposta para esse problema está no treinamento adequado dos funcionários, aliado ao uso inteligente dos equipamentos de segurança eletrônica.

De acordo com a pesquisa “11ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro”, a mais recente feita pelo Provar, com 103 varejistas, os furtos feitos por pessoas não ligadas à operação (funcionários e fornecedores) responderam por 77% das ocorrências. A pesquisa também revelou que, em 2010, o varejo registrou quase R$ 8 milhões em furtos, tanto internos quanto externos. Algumas lojas usam a segurança eletrônica para inibir o furto e não abordam o autor, mesmo quando é possível fazer um flagrante: é que muitas vezes o autor abre processo por danos morais e a defesa pode custar mais caro do que o produto furtado.

Gilberto Vasconcelos, diretor-geral da Plastrom Sensormatic, explica que esse risco é comum, mas pode ser drasticamente reduzido com o treinamento adequado dos funcionários da área de prevenção de perdas da empresa. “A Plastrom Sensormatic tem diversos tipos de consultoria que podem, por exemplo, ensinar a melhor maneira de abordar um furtador, sem que ele sofra constrangimentos. A empresa oferece treinamento conceitual e prático nas áreas de prevenção de perdas, auditoria operacional, auditoria de processos, consultoria em prevenção de perdas e segurança empresarial”.

Vasconcelos diz que os treinamentos aliados às soluções oferecidas pela Plastrom Sensormatic auxiliam o varejista a reduzir suas perdas e aumentar o lucro da loja, sem prejudicar a qualidade do atendimento ou gerar contratempos. “Temos, por exemplo, uma solução inteligente que filma e grava todas as ações no checkout de maneira organizada, registrando os fluxos de pessoas com informações detalhadas e separadas por ponto de atendimento, dia, hora, produto ou qualquer segmentação desejada pelo gestor do varejo. Tudo isso dificulta uma possível fraude no caixa e ajuda o lojista a gerenciar e acompanhar o atendimento ao cliente”.

Para 2012, a Plastrom pretende investir mais de 20% de seu faturamento em novas soluções para o varejo brasileiro e também na nacionalização de produtos que hoje ainda são importados da parceira Tyco International. “Já estamos com três produtos inéditos para o Brasil e pretendemos trazer outras novidades para o mercado, sempre pensando no conceito de store performance, ou seja, em como melhorar a gestão da loja e aumentar as vendas”, completa o executivo.