sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Varejo 3.0: Estamos prontos?

Olá a todos.

Para os varejistas e amigos do varejo que visitaram ou acompanharam através da mídia especializada as novidades da NRF (National Retail Federation – um dos mais importantes eventos do varejo mundial) deste ano, muito se falou sobre o novo varejo, o chamado 3.0.

O varejo 3.0 tem como principal característica a convergência ou fusão total entre todos os canais da empresa, sejam eles físicos ou virtuais, móveis ou de qualquer outra maneira que se apresentem ao consumidor.

Na cabeça do consumidor de hoje, a marca é uma só.

Não importa se você compra na loja online e retira o produto na loja física, se a loja física lhe dá um desconto via celular toda vez que você adquire uma nova mercadoria, se a compra pode ser complementada no varejo físico através de uma compra online, tudo está integrando, não havendo espaço para empresas que tem imagens, posicionamentos e até mesmo preços diferentes em seus canais. Mais do que não entender, o consumidor não deseja isso.

Entretanto, minha intenção nesse artigo não está em explicar o que já está sendo explicado, nem tampouco debater sobre o que já vem sendo apresentado em palestras, cursos e veículos desde o final do mês passado. Minha intenção é frisar nossa necessidade de alcançarmos o básico no ponto-de-venda.

Eu entendo que analisando o Brasil e o varejo de grande escala, saindo dos grandes centros e das grandes cidades, ainda estamos muito longe de um varejo conectado, 2.0, quanto mais ainda se comparado à um varejo sinérgico com todos os meios digitais e sociais hoje já tão presentes em nossa cultura de consumo.

O grande varejo brasileiro, aquele varejo pulverizado difícil de catalogar e mensurar que todo mundo
conhece, e que compõe o grande número de todo segmento, vive ainda em sua maioria a cultura de balcão, uma cultura que pouco avançou, e que pouco avançou não por conta de uma ineficiência ou falta de perspectiva por conta do varejista, mas porque simplesmente seu consumidor ainda assim o deseja que permaneça, por um bom tempo.

Mesmo se nos voltarmos ainda aos grandes centros, mesmo em redes de grande porte, há ainda muita lição de casa à fazer, Entre as quetões  que preocupam os consumidores, mais do que finalizar sua compra através de tablets ou etiquetas de RFID com caixas de autosserviço, estamos falando de atender bem, vender bem, e tantas outras coisas que no dia a dia nos deparamos e até mesmo nos surpreendemos.

Acredito que o amigo leitor irá concordar que ainda se surpreende quando encontra um bom atendimento, quando deveria ser exatamente o oposto.

Proponho um desafio: Quem se habilita a ter o melhor atendimento do país? Quem se habilita a realmente vender bem, e não apenas vender muito (uma coisa irá gerar outra, com certeza, mas o contrário nunca funciona da mesma forma)? Quem se habilita a ao invés de pronunciar que tem o melhor ou menor preço, comprar a briga de ter o melhor atendimento?

Eu quero relembrar um vídeo que demonstra o quanto ainda temos a aprender com o varejo 1.0:

Um grande abraço e boas vendas.

Caio Camargo
@falandodevarejo