quinta-feira, 22 de março de 2012

Comércio varejista de BH: base forte de comparação leva setor a abrir o ano com queda de 0,42%

De acordo com o termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) as vendas do comércio varejista da capital apresentaram queda de 0,42% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Para a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, a queda é resultado da base de comparação forte.

“Aproveitando o aquecimento da economia de 2010, janeiro de 2011 teve um desempenho atípico para a época onde a atividade varejista não sentiu quase nenhuma desaceleração de seu ritmo”, disse. “Mas no segundo semestre de 2011 a economia brasileira passou a sentir os desdobramentos da crise nos Estados Unidos e Europa e começou a perder fôlego nas vendas, impactando diretamente nas vendas de janeiro”, completou.




Nesta base de comparação (Jan.12/Jan.11) os setores que apresentaram maior crescimento foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+3,63%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+1,03%).

Na comparação com o mês imediatamente anterior (Jan.12/Dez.11) o índice real de vendas apresentou queda de 1,18%. “Esta queda é fortemente influenciada pelas contas de início do ano como IPTU, IPVA e matrícula escolar que consomem uma parcela significativa da renda e também pelos gastos de fim de ano que geralmente começam a ser pagos em janeiro”, explicou Ana Paula.

Os setores que apresentaram crescimento nesta base de comparação foram: papelarias e livrarias (+10,62%); supermercados e produtos alimentícios (+8,10%); veículos novos e usados (+3,02%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+1,91%).

Na comparação com os últimos doze meses (Fev.11-Jan.12 / Fev.10-Jan.11) houve crescimento de 5,37%. De acordo com a economista da CDL/BH esta base traduz a tendência do comércio varejista. “Este crescimento disseminado entre os setores do varejo comprova que o comércio está bastante dinâmico e o mercado de trabalho continuará impulsionando a demanda doméstica”, disse.

Os setores que apresentaram crescimento nesta base de comparação foram: tecidos, vestuário, armarinho e calçados (+7,25%); produtos farmacêuticos (+7,23%), ferragens, material elétrico e de construção (+6,32%); supermercados e produtos alimentícios (+4,40%); papelarias e livrarias (+4,36%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (+1,60%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo e fotográfico, computadores e periféricos e artigos de borracha (+0,74%).