segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Estudo realizado pelo Sebrae aponta que 27% das Micro e Pequenas Empresas abertas no Brasil não completam 2 anos de vida

Planejamento é o segredo para ter uma empresa financeiramente saudável, explica o diretor-geral da Fradema Consultores Tributários

Segundo o estudo “Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil”, elaborado pelo Sebrae, em outubro de 2011, 27 de cada 100 Micro e Pequenas Empresas abertas no Brasil não completam dois anos de vida. Os motivos são diversos: falta de planejamento e estudos de mercado, estratégias erradas, público-alvo equivocado, falta de capital de giro, entre outros.


Empresa financeiramente saudável é aquela que é capaz de honrar seus compromissos nas datas de vencimento, obtendo um fluxo de caixa positivo, com entradas e saídas programadas.

O planejamento deve levar em conta os imprevistos que apareçam no meio do caminho, por conta disso, na hora de abrir seu próprio negócio, vale consultar um especialista em economia e finanças para orientar de forma decisiva todas as etapas administrativas.

Além disso, é imprescindível saber diferenciar o caixa da empresa com o próprio bolso. Sendo assim, é fundamental possuir contas separadas de pessoa jurídica e física, e também determinar um pró-labore, isso é, um salário fixo mensal a ser retirado, que entrará automaticamente na lista das despesas da empresa. O caixa do empreendimento deve ser utilizado apenas para pagar compromissos empresariais, visto que as retiradas feitas pelos donos são tributáveis, gerando, além de um problema fiscal, abalos no capital de giro da empresa, se esse for insuficiente.

“Desta forma; chamamos atenção dos empresários de pequeno porte quanto à necessidade de uma consultoria, pois essa poderá orientar o empresário a não cometer erros de estratégia e também evitar elevados valores de auto de infração do Fisco Municipal, Estadual e Federal. Nesta mesma sequencia, o empresário ao entrar no caixa da empresa, fazendo gastos pessoais sem planejamento, pode levar a empresa a insolvência, quando então passará a não ter mercadorias para repor estoque, logo, a inadimplência acontecerá naturalmente”, explica Dr. Francisco Arrighi, diretor-geral da Fradema.

Pesquisas de sobrevivência e mortalidade de empresas, realizadas recentemente, mostram que a taxa de mortalidade das empresas até o terceiro ano de atividade é de 53%. Um dos principais fatores dessa mortalidade é a dificuldade na gestão empresarial, causadora de 11% dos fechamentos, com destaque para problemas de planejamento e gestão estratégica. Para reverter essa situação, segundo a pesquisa, uma das providências a adotar é a profissionalização das empresas e, se necessário, a contratação de consultoria especializada.

“Recentes estudos realizados no Brasil demonstram que 90% das empresas são familiares. Todavia, somente um grupo familiar unido e com objetivos determinados no planejamento estratégico de longo prazo estará preparado para tomar decisões sem atropelos”, diz Arrighi.

Atualmente, há uma forte tendência, entre os especialistas em gestão de empresas familiares, para recomendar que os membros da família sejam reunidos num Conselho de Administração ao qual a diretoria profissionalizada responderá.

“Apesar disso, notamos que, no estudo realizado pela nossa empresa Fradema, a família surge como ponto fraco, sendo que apenas 23% das empresas que mais crescem têm um conselho familiar separado da administração. Esse aparente paradoxo pode ser explicado pelas dificuldades das PME empresas, quase sempre familiares, aceitarem a mudança para profissionalizar a administração. Corroborando com essa conclusão, estudos do Sebrae mostraram que 33% das empresas que abriram seu capital ao mercado de ações tiveram que investir em gestão profissional e o fizeram com êxito”, diz Dr. Francisco

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) oferece empréstimos às Pequenas e Médias empresas para pagamento em longo prazo. Também o Banco do Brasil e CEF, especialmente com a diminuição de taxas de juros oferecem o Projer e outros cujas condições financeiras são vantajosas para as PME’s. Trata-se de notícia alvissareira e uma oportunidade para as empresas ampliarem seus negócios, bastando à apresentação de um projeto equilibrado e com bom retorno dos investimentos. As dificuldades para preparar e apresentar um bom projeto são superadas utilizando-se um profissional da área ou uma consultoria.