quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Varejo aposta nas vendas de Natal e estima alta de 9,2% em novembro

IAV-IDV também aponta expectativa de alta de vendas de 9% em dezembro e 7% em janeiro

Apoiado na expansão do mercado de trabalho neste final de ano e da renda, o setor varejista tem apresentado resultados de vendas satisfatórios em 2012 e, mesmo com a previsão de um crescimento da atividade econômica menos vigoroso e a manutenção de um cenário externo conturbado, o setor deve apresentar taxa de crescimento igual ou ligeiramente superior a 2011, que foi de 6,7%.


Nestes dois últimos meses de 2012, em virtude das vendas de Natal, o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), aponta alta de 9,2% em novembro e 9% em dezembro, na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Já para janeiro de 2013, a expectativa é de que haja um aumento de 7%, também em relação ao mesmo mês deste ano.

De acordo com os associados da entidade, em outubro houve alta de 4,5%, em comparação com as vendas do mesmo período do ano anterior. Assim como ocorreu em setembro, o crescimento nas mesmas lojas também foi negativo (2,16%), o que comprova que o aumento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas. O IAV-IDV ainda aponta para a retomada de crescimento real nas mesmas lojas a partir deste mês, com taxa de 0,18%, ampliando-se progressivamente até 2,19% até janeiro de 2013.

Apesar de apontar forte desaceleração em outubro, o varejo de não-duráveis continua a se destacar, com alta de 8,9% em novembro. Para os dois próximos meses, os associados também estimam taxas de dois dígitos, com 13,2% de crescimento em dezembro e 12,2% em janeiro. É importante lembrar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nos indicadores de varejo do IBGE, pois contribuem entre 40% e 50% no índice da Pesquisa Mensal do Comércio.

Já o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que tem apresentado desempenho mais comedido em relação aos não-duráveis nos últimos meses, tende a apresentar desempenho melhor nos meses subsequentes em relação à media anual. Os associados apontam expansão entre 7,2% e 9,7% de novembro a janeiro.

No varejo de bens-duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), fortemente influenciado pela expansão de crédito, as taxas de crescimento de novembro a janeiro devem ser de 5,3% a 9,3%. Vale lembrar que o governo prorrogou o prazo da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até 31 de dezembro de 2012 para a linha branca, móveis e laminados, luminárias e papéis de parede. Assim, espera-se que o desempenho do segmento continue pelo menos em linha com o observado até o momento.

De acordo com o presidente do IDV, Fernando de Castro, a confiança do consumidor e o bom índice de geração de empregos explicam esta previsão de aumento de vendas para este final de ano. O próprio varejo é um gerador deste crescimento, pois as atividades de varejo e atacado lideraram a criação de empregos em setembro, com aumento de 199 mil (4,8%) em comparação a setembro de 2011, e manterão este mesmo nível de geração de empregos nos próximos meses. Este é um fator importante que tem impulsionado a atividade econômica e as vendas no varejo. “Por isto, continuamos com a expectativa de que o varejo registre taxa de crescimento superior à do ano passado. Já no âmbito externo, os agentes econômicos tentam entender os possíveis desdobramentos a respeito das transições políticas das duas grandes potencias econômicas globais, China e Estados Unidos. No país asiático, a passagem do bastão do bem-sucedido economicamente líder Hu Jintao para Xi Jinping segue em pauta, enquanto o reeleito de Barack Obama inicia a negociação do abismo fiscal da maior dívida pública daquela potência econômica mundial”, analisa Castro.

Sobre o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas)

Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.

Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, estas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.

Sobre o IDV

O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) representa 37 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, além do desenvolvimento do varejo ético e formal.

Conheça as empresas associadas: Bob´s, BR Home Centers, C&A, C&C Casa e Construção, Decathlon, DPaschoal, Drogasil, Droga Raia, Fnac, Fototica, Grupo Dimed-Panvel, Grupo Pão de Açúcar, Insinuante, Itapuã Calçados, Kalunga, Leo Madeiras, Leroy Merlin, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Lojas Cem, Lojas Leader, Lojas Renner, Lojas Riachuelo, Lojas Marisa, Magazine Luiza, mmartan, O Boticário, Paquetá, Pernambucanas, Polishop, Quero-Quero Casa e Construção, Ráscal, Telhanorte, Tok&Stok, Walmart, Zelo e GS&MD- Gouvêa de Souza.