quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Novembro registra pior desempenho em vendas de veículos importados em 2012


Desde fevereiro, sempre comparado a igual período de 2011, as associadas à Abeiva apresentam queda mensal em vendas pela 10ª vez consecutiva. Em novembro, o emplacamento de carros das empresas associadas à entidade totalizou 8.137 unidades, número 46,1% menor na comparação com o mesmo período de 2011. Em relação ao último mês de outubro, as vendas declinaram 9,9%. No acumulado de 2012 a queda nos emplacamentos é de 33,5%.

As empresas filiadas à Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores encerraram o mês de novembro com 8.137 unidades emplacadas. O número é 9,9% menor na comparação com o mês de outubro, quando a entidade registrou 9.032 unidades emplacadas. Em relação a novembro de 2011 a queda é de 46,1%. Naquele mês, a Abeiva emplacou 15.098 unidades.



Com 119.896 veículos emplacados no acumulado entre janeiro e novembro de 2012, as associadas à Abeiva também amargam queda de 33,5%, ante o mesmo período do ano passado, quando as marcas pertencentes à entidade emplacaram180.215 unidades. Em paralelo, o total de vendas no mercado interno registrou alta de 6,3% com 3.291.295 unidades emplacadas este ano contra 3.096.540 nos primeiros onze meses de 2011. Este resultado até novembro de 2012 foi parcialmente influenciado pelo estoque de veículos disponível de 2011 no ano de 2012, sem o impacto do aumento do IPI de mais 30 pontos percentuais, no 1º semestre. Sem este estoque, as sucessivas quedas de vendas teriam sido mais significativas, podendo ter sido algo ao redor de 50%.



Ao analisar o comportamento de vendas, isoladamente do mês de novembro ante outubro deste ano, as associadas à Abeiva registraram baixa de 9,9% e o mercado interno também decresceu 9,1%. Na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011, enquanto o mercado de veículos importados caiu 46,1%, o mercado nacional caiu apenas 2,7%.



“Lembramos que em novembro continuamos com influência positiva da redução do IPI, mas no caso dos importados com a adição dos 30 pontos percentuais, anunciada pela presidente em outubro. Sem esta redução, emboraínfima, o desempenho poderia ter sido ainda pior. Novembro se apresentou como o pior mês do ano para as associadas à Abeiva. Além disso, o setor registrou a sua 10ª queda consecutiva de vendas. A situação do setor oficial de importação é extremamente grave”, analisa Flavio Padovan, presidente da entidade, para quem “agora, nos preocupa também a perspectiva do encerramento da redução do IPI em 31 de dezembro de 2012, o que afetará as vendas a partir do mês de janeiro de 2013”.



“A situação requer uma ação urgente por parte do governo pois, até o momento, os importadores sequer foram beneficiados com a cota de 4.800 veículos, sem os 30 pontos de aumento do IPI, medida anunciada pelo governo no mês de outubro último. Nossos associados estão encontrando dificuldades na aprovação da utilização da cota de 2012. Houve uma concentração de pedidos de habilitação junto ao MDIC. Pelo prazo disponível, não vamos ter tempo hábil para nos beneficiarmos das cotas proporcionais para 2012, ou seja, utilizar os 3/12 da cota de 4.800 veículos, até o final de dezembro de 2012. Necessitamos de mais agilidade por parte do governo na ampliação deste prazo de utilização para 2013, para não sermos novamente penalizados”, argumenta Padovan.



A um mês do encerramento do ano e com as vendas em queda, a Abeiva teme não atingir a projeção em vendas que já havia sido reduzida no mês passado, de 130 mil unidades, para o fechamento do ano de 2012. “A provável totalização deste ano deve significar queda entre 35% e 38% em relação ao desempenho de2011, quando o setor emplacou quase 200 mil unidades. Com a queda no volume do setor, nos defrontamos novamente com a redução da rede de concessionários, postos de trabalhos e arrecadação de impostos, porém o governo está ciente desta situação e já deve ter avaliado que medidas restritivas no comércio internacional tem uma influência negativa na captação e entrada de novos investimentos”, conclui.