sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Riachuelo quer dobrar de tamanho nos próximos 4 anos

Nos próximos quatro anos, a Riachuelo promete repetir o que ela fez em suas quase sete décadas de existência: abrir 170 lojas. Este é exatamente o número de pontos de venda que a varejista tem em operação hoje.

Para cumprir sua meta de dobrar de tamanho até o final de 2016, a companhia espera manter um ritmo de pouco mais de 40 inaugurações por ano. "Temos 44 contratos de lojas assinados para 2013. Mas para que todas elas saiam do papel, os shoppings precisam cumprir seus prazos de inauguração", diz Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.

A companhia investirá R$ 450 milhões por ano até 2016. O montante será aplicado na abertura de lojas, logística, tecnologia e também na construção de novas fábricas. Para este ano, a empresa espera inaugurar mais uma unidade fabril. O local escolhido foi Fortaleza (CE).



Do total de R$ 1,8 bilhão que a companhia deve aplicar no período, metade virá de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o empresário, a expansão acelerada só está sendo possível devido à queda da informalização no setor. "O governo tem apertado o cerco contra as empresas informais. E, claro, a competição pelos consumidores ficou mais justa para as companhias legais, que pagam seus impostos", afirma.

Como na maioria das grandes varejistas, os serviços financeiros seguem ganhando espaço na Riachuelo. Desde 2010, a Midway, financeira do grupo, passou a oferecer aos clientes seu cartão próprio com as bandeiras Visa e Mastercard.

A base total de cartões (que também incluiu os plásticos sem bandeira de cartão de crédito) chegou a 21,2 milhões em setembro de 2012 (último dado dilvulgado pela companhia), sendo que deste total 458,5 mil unidades foram emitidas no terceiro trimestre do ano passado.

"Já temos 1,6 milhão de unidades de cartões com bandeiras", afirma Flavio Rocha. O plano da Riachuelo é emitir um milhão destes cartões de crédito a cada 12 meses. O ticket médio do plástico chegou a R$131,16 no terceiro trimestre de 2012, crescimento de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Perspectivas

O empresário acaba de ser eleitor presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), cargo no qual deve permanecer nos próximos dois anos. Para o executivo, as perspectivas para o segmento varejista são muito boas.

"Mas os lojistas não podem contar apenas com o incentivo à demanda, pois este tipo de crescimento não se sustenta no longo prazo", afirma.

Segundo dados do IDV, a expectativa é que as vendas de fevereiro cresçam 6,1% e as de março avancem 6,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Brasil Econômico