sábado, 23 de março de 2013

Exposição é remédio, ambientação é cura

Pode a exposição suprir a necessidade de uma boa ambientação? Na minha opinião, não.


Olá a todos

Andando por alguns shoppings e centros de compras, ainda me surpreendo pela quantidade de lojas sem qualquer tipo de posicionamento ou estratégia definida, onde embora as marcas existam, prevalece ainda o domínio da exposição do produto sobre a criação da atmosfera. São manequins sem expressão, preços colocados de qualquer maneira, prateleiras e expositores “padrão”, e atendimento sem qualquer vestígio de personalidade.


Não é raro encontrar exemplos, até mesmo em grandes e consolidadas redes, onde é possível encontrar displays e até mesmo pequenos corners totalmente desconectados com o ambiente de exposição da loja. O resultado dessas ações por vezes até podem entregar resultados iniciais, mas muitas vezes são exatamente esses resultados iniciais que mascaram as grandes possibilidades aos gestores ou proprietários.

O varejo não vive mais seu papel de intermediário. O varejo hoje assumiu o papel de principal contato do consumidor com a marca. E quando iniciamos essa relação de branding no varejo, temos que levar em consideração que o consumidor busca hoje no varejo muito mais do que apenas o produto, busca um ambiente inspirador, um lugar para estar, para experimentar, para se divertir, para inspirar e só no fim, quem sabe, para comprar. Se hoje é válido que a maioria das compras é feita por impulso, precisamos muito mais do que apenas um bom display ou uma loja “arrumada” para atrair esse novo consumidor, precisamos de um ambiente de total imersão, ou seja, uma atmosfera ou ambiente de vendas ou que esteja totalmente conectado com o que esse consumidor gosta, acredita e consome.

É fato que hoje uma loja precisa se conectar com seu público, buscando criar uma verdadeira atmosfera, uma ambientação correta e alinhada com as expectativas e desejos de seus consumidores. Nesse sentido, é a atmosfera que deve criar a exposição, não o contrário. A velha frase faz sentido nesse caso, nesses casos citados acima, parece que o rabo é que está balançando o cachorro.
Foco no macro, não no micro. Pense nisso.

Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
Falando de Varejo
@falandodevarejo