Atenta aos hábitos de consumo da nova classe média, a rede Imaginarium desenvolveu um novo formato para expandir e, assim, alcançar uma maior clientela por todo o Brasil: encolher para crescer. Lema elaborado por Carlos Zilli, diretor executivo da empresa, a ideia é reduzir o espaço da loja, assim como o seu investimento inicial, e dobrar o número de unidades. A meta é inaugurar mais cem estabelecimentos até 2015 - 25 só neste ano, um plano ousado para uma empresa que, com 21 anos de funcionamento, possui um portfólio de 113 lojas e 20 quiosques.
A rede, que faturou R$ 145 milhões no ano passado, com alta de 23% em relação a 2011, comercializa uma categoria genérica de produtos em relação ao varejo tradicional: artigos de presente, de uso pessoal e de decoração. Por isso, o sucesso da marca se deve menos ao tipo de material oferecido e mais ao conceito com o qual ele é trabalhado. Trata-se do fundesign, ideia que consiste em dar uma nova face, com humor, inovação e criatividade, tanto as mercadorias como ao ambiente da loja.
Com a ascensão dos novos consumidores ao público alvo do varejo, o objetivo agora é disseminar esse conceito por todo o território brasileiro e a todos os grupos sociais. "A classe C está consumindo com voracidade. A compra da Imaginarium é motivada pelo design e pela emoção que cada produto carrega. Hoje, o novo consumidor também investe seu dinheiro nisso. Por isso, a rede investe na democratização do fundesign em novas regiões da capital", afirmou Zilli.
As próximas inaugurações devem acontecer nas cidades de Manaus (AM), Teresina (PI), Salvador(BA), Campo Grande (MS) e Bauru (SP). Em 1987, foi fundada a primeira loja em Teresópolis (RJ). Três anos depois, o grupo optou pelo modelo de franquias, o que tornou possível a expansão pelo Brasil afora.
"O sistema de franquias permite uma expansão mais rápida e com menos custo de investimento, pois se administra o capital de terceiros. Por sua vez, traz consigo também a responsabilidade de conceder retorno a este aporte, além de uma série de obrigações e transparência similares às quais tem uma empresa de capital aberto", explicou Gilberto Carvalho, gerente de marketing da rede.
Enquanto o formato tradicional de franquia demanda um investimento de R$ 212 mil a R$ 350 mil, sem incluir no preço o ponto comercial, o modelo compact, o mesmo que a companhia tem utilizado para ampliar seu portfólio, custa um total de aproximadamente R$ 210 mil, com o valor do projeto arquitetônico, previsão de obra civil, equipamentos e estoque inicial já inclusos. O foco do último projeto é direcionado para lojas de shopping center, ruas de grande fluxo e municípios, cuja população seja de no mínimo 150 mil habitantes.
Com tamanho médio de 35 m², o modelo compact já foi implantado em duas unidades, que foram inaugurados este ano, no estado do Rio de Janeiro, uma na capital e a outra em Campo dos Goytacazes.
Além dessas unidades, shopping centers de São Paulo (SP), voltados principalmente para a classe C, como o Aricanduva, Shopping D e o Metrô Itaquera, receberam as mais recentes inaugurações da empresa.
Para atender melhor esse novo consumidor, que está cada vez mais exigente, a Imaginarium lança novas campanhas 14 vezes ao ano, que envolve a personalização de vitrines, fachadas, interior das lojas, ações de marketing e ponto-de-venda.
Fonte: DCI (via Mercado & Consumo - GS&MD)
